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Arm estreia na Nasdaq valendo US$ 54,5 bi: vale a pena entrar no maior IPO desde 2021?

Publicado 14.09.2023, 10:05
Atualizado 02.09.2020, 03:05
  • A Arm Holdings abrirá seu capital hoje, buscando um valor de mercado de US$ 54,5 bilhões, maior IPO desde 2021.
  • O mercado de IPOs mostra sinais de melhora, indicando um nível de atividade maior em 2024.
  • A Arm quer se aproveitar do boom no mercado de IA, mas enfrenta ceticismo, devido ao seu valuation elevado.
  • A Arm Holdings, uma empresa líder em projeto de chips, estreia hoje na Nasdaq com um dos maiores IPOs do setor de tecnologia desde 2021. A empresa fixou o preço de suas ações em US$ 51 cada, o que representa uma avaliação de mercado de US$ 54,5 bilhões.

    A Arm, cujo nome deriva de “Advanced RISC Machines”, é uma empresa britânica especializada em semicondutores e projetos de software, com sede em Cambridge, Inglaterra. Seu foco principal está no design da família de unidades de processamento central (CPUs) da arquitetura ARM.

    Além disso, a companhia projeta diversos outros chips de semicondutores, oferece ferramentas de desenvolvimento de software através de marcas como DS-5, RealView e Keil, e fornece sistemas abrangentes, plataformas, infraestrutura de sistema em um chip (SoC) e soluções de software.

    Ela é uma peça fundamental na indústria de tecnologia, ao fornecer soluções centrais para grandes empresas, como a Apple (NASDAQ:AAPL) e a Nvidia (NASDAQ:NVDA).

    Com a maior parte de seu capital pertencente à empresa japonesa Softbank (OTC:SFTBY), a Arm conquistou a confiança de gigantes do setor, como a Apple, o Google (NASDAQ:GOOGL), a Nvidia, a Samsung (KS:005930), a Intel (NASDAQ:INTC) e a Taiwan Semiconductor Manufacturing (NYSE:TSM), que já demonstraram interesse em adquirir participações na empresa.

    O valuation atual da ARM ocorre sete anos após o SoftBank ter fechado o capital da empresa por US$ 32 bilhões. Esse valor representa uma redução em relação à avaliação anterior de US$ 64 bilhões, que o SoftBank (TYO:9984) utilizou para adquirir os 25% restantes da companhia do Vision Fund no mês passado.

    No entanto, o preço da oferta de US$ 51 por papel foi fixado no limite superior da faixa esperada, que variava entre US$ 47 e US$ 51 por ação. Essa oferta deve gerar aproximadamente US$ 4,87 bilhões para o SoftBank, com a venda de 95,5 milhões de papéis, o que representa 9,4% do capital da empresa. Após o IPO, o grupo japonês ainda deterá cerca de 90% do capital da Arm, demonstrando a confiança de longo prazo do banco japonês na empresa.

    Riscos macro

    O IPO da Arm ocorre em um momento de incerteza no mercado de ofertas iniciais de ações de tecnologia, na medida em que os valuations estão caindo em relação aos patamares observados durante a pandemia, devido às flutuações econômicas e às taxas de juros em alta.

    A expectativa é que o IPO arrecade cerca de US$ 4,9 bilhões para o SoftBank, marcando a maior oferta inicial nos EUA desde que a fabricante de picapes elétricas Rivian (NASDAQ:RIVN) gerou cerca de US$ 12 bilhões no início de 2021.

    Enquanto se prepara para ser negociada com o código ARM na Nasdaq, a companhia quer se aproveitar do interesse cada vez maior pela inteligência artificial e se posicionar como um player estratégico no ecossistema tecnológico em constante evolução.

    Durante uma apresentação para investidores na última quinta-feira, a Arm destacou suas perspectivas de crescimento em diversos mercados. No setor de computação em nuvem, onde detém atualmente uma participação de mercado de 10%, a empresa prevê uma taxa de crescimento anual robusta de 17% até 2025, impulsionada em parte pelos avanços em inteligência artificial.

    Por outro lado, o predomínio que exerce sobre o mercado automotivo, com uma participação de 41%, faz com que tenha uma posição favorável para uma expansão prevista de 16% no mercado. Isso contrasta com o mercado de dispositivos móveis, que deve crescer a uma taxa mais modesta, de apenas 6%.

    Entretanto, apesar do aparente interesse de outras empresas na estreia pública da fabricante de chips, investir no IPO pode não ser a melhor ideia para investidores comuns no momento.

    Primeiramente, a Arm ainda precisa convencer os investidores de que possui um bom potencial de crescimento além do atual domínio do mercado de telefonia móvel, onde detém uma participação de 99%.

    No entanto, a retração na demanda por dispositivos móveis devido à crise econômica global tem representado um desafio recente até mesmo para o mercado principal da empresa. No último trimestre, a empresa reportou receita total de US$2,68 bilhões nos 12 meses encerrados em março, uma queda em relação aos US$2,7 bilhões registrados no período anterior entre 2021 e 2022.

    Além disso, a Arm tem uma exposição bastante significativa à China, que atualmente contribui com cerca de 25% de sua receita, o que gera uma preocupação adicional, haja vista que a economia chinesa enfrenta riscos cada vez maiores de uma desaceleração econômica mais ampla e uma diminuição na demanda, especialmente devido ao conflito econômico em curso com os Estados Unidos, que afeta diretamente a indústria de chips.

    Por outro lado, as taxas de royalties da Arm, uma fonte de receita que vem crescendo constantemente desde sua criação nos anos 90, alcançaram US$1,68 bilhão, marcando um aumento significativo em relação aos US$1,56 bilhão do ano anterior.

    Valuation esticado e concorrência acirrada

    Com um valuation inicial de US$ 54,5 bilhões, a estreia da Arm no mercado de ações parece estar em um patamar muito elevado, mesmo para a indústria de chips, conhecida por ser cara.

    A Arm está prestes a abrir o capital com um índice preço/lucro de aproximadamente 104, com base em seu relatório mais recente do ano fiscal. Para efeito de comparação, o Invesco PHLX Semiconductor ETF (NASDAQ:SOXQ), que acompanha o desempenho das 30 maiores empresas de chips dos EUA, tem um índice preço/lucro de cerca de 25.

    O valuation da Arm ficará muito próximo do valor da Nvidia, que é de 108 vezes os lucros - e isso para uma empresa que tem sido praticamente a única a impulsionar a revolução da inteligência artificial este ano, com uma previsão de crescimento de receita impressionante de 170% para o trimestre atual, graças principalmente aos seus chips de inteligência artificial.

    Além disso, a Arm também começará a ser negociada com múltiplos caros em relação às vendas.

    As ações da empresa deverão ser precificadas a cerca de 20 vezes sua receita, o que a coloca como uma opção relativamente cara dentro de sua indústria.

    Comparativamente, vários concorrentes estão alcançando taxas de crescimento que superam em três vezes as da Arm, mas estão sendo negociados a múltiplos mais conservadores, geralmente variando de 12 a 15 vezes suas vendas.

    Por exemplo, a Nvidia compartilha um múltiplo semelhante de 20 vezes com a Arm, mas os especialistas do setor preveem que a taxa de crescimento da Nvidia alcance cerca de 100% este ano.  Além disso, a Nvidia possui uma gama mais diversificada de operações comerciais em comparação com a Arm, o que a diferencia das demais.

    Além disso, como Ivana Delevska, diretora de investimentos da empresa de gestão de ativos Spear Invest, afirmou recentemente, a Arm não é competitiva na área mais importante no espaço da inteligência artificial.

    “A verdadeira oportunidade na IA e a maior parte do valor estão nas GPUs (unidades de processamento gráfico), que não é o foco da Arm. Não será realmente comparável à Nvidia, pois eles simplesmente não têm a mesma exposição às GPUs.”

    Javier Correonero, analista de ações da Morningstar, também concorda que as ações estão muito caras nestes níveis:

    “Do ponto de vista da valoração, as ações parecem muito, muito caras. Tudo teria que ser absolutamente perfeito para que eles pudessem justificar aquela valoração de US$50 bilhões,” conclui Correonero.

    Conclusão

    Não há dúvida de que a Arm estreará no mercado de ações com um valuation bem alto e, portanto, o mais prudente seria que os investidores ficassem de fora das ações da empresa por enquanto.

    No longo prazo, no entanto, acredito que vale a pena acompanhar o desenvolvimento da empresa, já que ela busca desafiar os principais líderes da indústria, com o suporte de companhias que realmente importam e de recursos acima da média da indústria.

    Quanto ao mercado de IPOs em geral, acredito que ainda seja cedo demais para declarar uma retomada. No entanto, existe a possibilidade de que estejamos vendo os primeiros sinais de um ano melhor em 2024.

    (Tradução de Julio Alves)

    ***

    Aviso: O autor tem posições compradas em Apple e Google para o longo prazo.

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