ÁSIA: Os mercados de ações da Ásia fecharam em baixa na segunda-feira, depois que as negociações comerciais entre os EUA e a China terminaram sem acordo na sexta-feira.
O composto de Xangai caiu 1,21% e o Shenzhen Composite caiu 1,076%. Ambos haviam subido na sexta-feira passada estimulado por comentários otimistas de autoridades americanas depois de uma queda prematura provocada pela escalada na guerra comercial.
O Nikkei do Japão caiu 0,72%, enquanto o índice Topix, mais amplo caiu 0,53%. O grupo Softbank, um dos maiores acionistas da Uber (NYSE:UBER), caíram 3,25% após fracasso do IPO da Uber, avaliado em US $ 82 bilhões antes do IPO, bem abaixo das expectativas de US $ 100 bilhões e que encerrou seu primeiro dia com uma valorização abaixo de US $ 70 bilhões. O iene japonês, amplamente visto como uma moeda porto-seguro, foi negociado a 109,71 contra o dólar após o fortalecimento de níveis acima de 110,4 na semana anterior.
O australiano ASX 200 caiu 0,21%, em grande parte devido às perdas em alguns pesos pesados do setor financeiro. O Commonwealth Bank caiu 2,5% na segunda-feira depois da atualização de seus resultados trimestrais decepcionar o mercado. Isso levou a uma fraqueza para todo o setor.
Entre as mineradoras australianas. BHP avançou 0,5% e Rio Tinto (LON:RIO) fechou em alta de 0,6%.
Na Coreia do Sul, o Kospi recuou 1,38% e os mercados de Hong Kong ficaram fechados na segunda-feira por conta de um feriado.
Em entrevista no domingo, o assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, disse que o presidente dos EUA, Donald Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, devem se reunir na próxima reunião do G-20, no Japão.
Segundo analistas, a falta de dados econômicos e feriados em alguns países fará com que o início de semana seja lento para os mercados asiáticos, mas o risco continua com a escalada da guerra comercial EUA-China após a decisão da última sexta-feira dos EUA de aumentar as tarifas de 10% para 25% sobre os produtos chineses. Todos os olhos estão voltados para a retaliação da China.
EUROPA: Os mercados da Europa negociam em baixa na manhã de segunda-feira, com investidores monitorando a evolução das negociações entre os EUA e a China.
O pan-europeu STOXX 600 caiu cerca de 0,5% após o sino de abertura. Alimentos e bebidas foram o setor mais forte, enquanto os automóveis iniciaram o dia perdendo mais de 1,5%.
A E.On e a Centrica (LON:CNA) divulgaram lucros na segunda-feira. A primeira informou que o EBITDA caiu 8%, para 1,67 bilhão de euros (US $ 1,88 bilhão), mas superando a previsão média de 1,64 bilhão em uma pesquisa da Reuters. Suas ações sobem 0,5%. Enquanto isso, a maior fornecedora de energia da Grã-Bretanha, a Centrica, disse que enfrenta um ambiente comercial desafiador para o primeiro semestre do ano, devido ao teto nacional nos preços da energia, clima mais quente e preços fracos do gás no Reino Unido. A receita bruta aumentou 54% nos primeiros quatro meses de 2019 e manteve o guidance para o ano todo. As ações da Centrica subiram 1,7% após o sino.
As ações do banco britânico Metro Bank despencam 8% no pregão matinal depois de confirmarem que o aumento de capital de 350 milhões de libras esterlinas estava “bem adiantado” e será finalizado até o final do segundo trimestre.
Entre as mineradoras listadas em Londres, Antofagasta (LON:ANTO) cai 1,1%, Anglo American (LON:AAL) e BHP operam próximo da estabilidade e Rio Tinto sobe 0,3%.
EUA: Wall Street se prepara para um início de semana difícil. Os futuros do Dow Jones Industrial Average recuando mais de 300 pontos na manhã desta segunda-feira, com investidores esperando por contrapartidas da China, após negociações comerciais com os EUA terminarem a semana sem acordo.
Na sexta-feira, o DJIA fechou em alta de 0,44% ao subir 114,01 pontos, para 25.942,37 pontos, recuperando-se de uma queda de mais de 350 pontos. O índice S & P 500 subiu 0,37%, enquanto o Nasdaq Composite Index avançou 0,08%.
Na semana, o índice Dow Jones caiu 2,1%, a maior perda semanal desde março. O S & P teve uma queda semanal de 2,2% e o Nasdaq perdeu 3%, a maior perda para ambos desde a semana que terminou em 21 de dezembro.
As tensões comerciais que impulsionaram a volatilidade das ações na semana passada, mantém nesta segunda-feira, com investidores acreditando que um acordo entre os EUA e a China poderia levar mais tempo do que o esperado.
O principal negociador da China, o vice-primeiro-ministro Liu He, exigiu que as tarifas sobre as exportações chinesas para os EUA sejam levadas como condição para fechamento de um acordo.
Em vários tweets no fim de semana, o presidente norte-americano Trump disse que os EUA estavam em uma posição vantajosa em relação às negociações, embora o consultor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, tenha admitido no domingo que "os dois lados" sentirão dor. Seu comentário de que Trump e o presidente da China, Xi Jinping, podem se reunir na conferência internacional do Grupo dos 20 em junho não conseguiu acalmar os investidores.
Um editorial de domingo do Global Times, um tabloide chinês publicado pelo Partido Comunista, disse que "a violenta ofensiva dos EUA é irracional" e a ideia de que a China não pode suportar uma guerra comercial é "uma fantasia e um julgamento equivocado". Enquanto o The People's Daily, um jornal oficial do Comitê Central do Partido Comunista, comentou em seu editorial, que "A China tem impulsionado as negociações bilaterais com um alto senso de responsabilidade e maximizado a sinceridade, mas nunca cederá às pressões extremas dos EUA, ou comprometerá questões de princípio".
Sem dados econômicos relevantes no calendário, os investidores provavelmente manterão o foco nas questões das tensões comerciais. O presidente do Fed de Boston, Eric Rosengren e o vice-presidente do Fed, Richard Clarida, foram escolhidos para discursar em conferências separadas na segunda-feira, começando por volta das 10h da manhã.
Segundo estrategistas de mercados, qualquer boa vontade em arriscar ativos desapareceu depois da sexta-feira e a preservação do capital é o tema predominante, embora não haja pânico.
À medida que os investidores recuaram das ações, os ativos de refúgio, como o iene japonês, tiveram boas ofertas, assim como o ouro. Metais industriais como o cobre, ao contrário, tiveram baixas, enquanto os preços do petróleo subiram, depois que a Arábia Saudita afirmou que dois petroleiros foram atacados perto do Estreito de Ormuz, no início do domingo.
ÍNDICES FUTUROS - 7h45:
Dow: -1,18%
SP500: -1,23%
NASDAQ: -1,64%
OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados.