Pesou a ausência do referencial das bolsas de valores americanas no fraco volume e cautela redobrada dos investidores, devido às taxações contra a China que foram colocadas em voga pelos EUA, apesar das ‘conversas telefônicas’ da semana anterior.
A retorno dos mercados é marcado pela entrada na China na OMC contra os EUA e a elevação da temperatura nas discussões entre os países, onde na semana anterior foram ignoradas pelos investidores, de modo a dar continuidade ao fechamento menos pesado de agosto.
Neste contexto, continuamos a ser uma das moedas que mais oscila no mundo, tendo sido observada forte valorização em alguns momentos na semana passada e sofremos a maior desvalorização na sessão de ontem, sem o BC sequer ter conseguido colocar o total do leilão, com o dólar ameaçando novamente a faixa dos R$ 4,20.
Adicionando ainda mais volatilidade ao contexto, o Brexit entra nas suas fases finais de confronto com Boris Johnson, o que já leva a libra esterlina para o menor patamar desde 2016, $1,20 e afeta, junto à guerra comercial, a abertura dos mercados globais.
Parlamentares rebeldes lançam proposta para interromper um Brexit sem acordo, o que pode levar a uma eleição no Reino Unido.
Com a efetivação da taxação e para piorar, a demanda de Trump para que empresas americanas deixem a China, o que certamente poderá trazer o maior pullback e risco político de toda sua presidência, a aparência é que a guerra comercial retornou à estaca zero e sua volatilidade, aos níveis máximos.
Portanto retornamos ao contexto da falta de parâmetros de mercado e de relativização da leitura dos indicadores econômicos, pois tudo pode novamente mudar ao clique de um tweet.
Ainda assim, isso não isenta por exemplo da leitura de um ISM de manufaturas no Brasil em franca expansão (52,2 pontos), com a China ultrapassando a linha de crescimento, ou seja, notícias positivas de curto prazo.
Daí a importância da leitura dos ISM e gastos com construção nos EUA hoje e da produção industrial no Brasil, ainda que o curto prazo continue permeado de incertezas.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em queda, com os sinais negativos da guerra comercial.
Na Ásia, o fechamento foi misto, com entrada em vigor das taxações dos EUA e manutenção dos juros na Austrália.
O dólar opera em forte alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas na sua maioria, destaque ao minério de ferro em portos chineses e à prata. Exceção ao cobre.
O petróleo abre em queda, com a guerra comercial em voga.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 8,85%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,1311 / -0,61 %
Euro / Dólar : US$ 1,09 / -1,443%
Dólar / Yen : ¥ 106,09 / 0,322%
Libra / Dólar : US$ 1,20 / -2,352%
Dólar Fut. (1 m) : 4146,95 / -0,10 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 5,40 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 5,58 % aa (1,27%)
DI - Janeiro 23: 6,66 % aa (1,06%)
DI - Janeiro 25: 7,14 % aa (1,13%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,88% / 97.276 pontos
Dow Jones: -0,47% / 25.778 pontos
Nasdaq: -0,34% / 7.827 pontos
Nikkei: 0,11% / 20.479 pontos
Hang Seng: -0,19% / 25.615 pontos
ASX 200: 0,45% / 6.501 pontos
ABERTURA
DAX: 1,504% / 11906,48 pontos
CAC 40: 1,481% / 5466,86 pontos
FTSE: 2,551% / 7270,46 pontos
Ibov. Fut.: 1,01% / 101190,00 pontos
S&P Fut.: 1,253% / 2901,30 pontos
Nasdaq Fut.: 0,764% / 7620,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,44% / 76,61 ptos
Petróleo WTI: -1,55% / $53,92
Petróleo Brent:-3,25% / $57,11
Ouro: -0,72% / $1.531,64
Minério de Ferro: -0,42% / $84,64
Soja: -0,74% / $14,96
Milho: 0,14% / $358,50
Café: -0,37% / $93,60
Açúcar: -0,36% / $11,35