- Resultados do 1T22 serão divulgados na terça-feira, 26 de abril, após o fechamento do mercado;
- Expectativa de receita: US$68,07 bilhões;
- Expectativa de lucro por ação: US$25,70.
Quando a Alphabet (NASDAQ:GOOGL) (SA:GOGL34), empresa controladora do Google, divulgar seus resultados do último trimestre amanhã, após o fechamento, os investidores ficarão atentos qualquer sinal de desaceleração nos gastos das empresas com anúncios, no momento em que a economia americana entra em uma fase de incerteza, por causa da inflação nas máximas de quatro décadas.
A gigante dos mecanismos de busca sediada em Mountain View, Califórnia, apresentou seu último balanço em fevereiro, quando mostrou que estava a todo vapor, mesmo diante de transtornos econômicos.
A Alphabet continuou lucrando com a grande mudança provocada pela pandemia, com as pessoas fazendo mais compras pela internet e as empresas aumentando drasticamente seus orçamentos com marketing digital.
Nos últimos dois anos, o principal negócio da companhia prosperou, quando a unidade de computação na nuvem e o YouTube ampliaram seus resultados. Além disso, ao contrário da Meta Platforms (NASDAQ:FB) (SA:FBOK34) e da Snap (NYSE:SNAP) (SA:S1NA34), as vendas de anúncios do Google foram pouco afetadas pelas mudanças na política de privacidade do iOS da Apple (NASDAQ:AAPL) (SA:AAPL34), principalmente porque a empresa se apoia em seu sistema operacional Android.
Apesar de uma variedade de ventos contrários no cenário macro, vários analistas ainda preveem um crescimento robusto das vendas da Alphabet e seguem recomendando compra em suas ações.
Vários anos de criação de valor
Em nota recente, o Credit Suisse (SIX:CSGN) reiterou sua classificação de acima da média para as ações da Alphabet, dizendo que vê “sinais de um ciclo de vários anos de geração de valor com base na inteligência artificial”. A nota diz ainda:
“Mantemos nossa classificação de acima da média com base no seguinte: 1) aprimoramentos na atual monetização da publicidade de busca através de atualizações baseadas em IA/produto; 2) contribuição maior do que se esperava dos negócios não relacionados a buscas; e 3) criação de valor aos acionistas a partir de novas iniciativas de monetização, como Mapas, aba Descubra e eventual comercialização de outras apostas”.
Analistas da Canaccord, também em nota, reiteraram sua recomendação de compra na Alphabet, dizendo que esperam uma demanda saudável na publicidade digital, apesar da incerteza macro no curto prazo. A nota disse o seguinte:
“O bom momento do GOOGL deve continuar, já que as buscas continuam sendo um canal central para a publicidade do comércio eletrônico, e as integrações com as buscas estão melhorando a experiência dos usuários”.
“Essas dinâmicas, aliadas a verticais como varejo, mídia, entretenimento e viagem, devem contribuir para mais um trimestre de resultados robustos em buscas, e o Google também está se apoiando em investimentos de inteligência artificial para melhorar a experiência do usuário”.
Em uma pesquisa do Investing.com com 50 analistas, a ação do Google, que acumula queda de 17% no ano, recebeu 48 recomendações de compra, o que lhe concede uma classificação de “acima da média”.
De acordo com o preço-alvo consensual, o papel tem um potencial de alta de mais de 42% em 12 meses, a partir do preço de fechamento de US$2.392,71 na sexta-feira.
Conclusão
O Google é uma das melhores ações de tecnologia com alta capitalização de mercado disponíveis atualmente. Seus papéis estão bem posicionados para performar bem mesmo diante de uma recessão econômica, graças ao vasto alcance do seu mercado de anúncios digitais e ao seu forte crescimento em áreas da economia digital. O balanço de amanhã provavelmente refletirá esse otimismo.