- Resultados do 2T2022 serão divulgados na quarta-feira, 11 de maio, após o fechamento do mercado;
- Expectativa de receita: US$20,05B;
- Expectativa de lucro por ação: US$1,19.
- Inflação
- Turbulência geopolítica
- Tecnologias disruptivas
- Aumento de juros
Quando a Walt Disney Company (NYSE:DIS) (SA:DISB34) divulgar seu último balanço trimestral amanhã, a expectativa é que a disparada da inflação, a intensa concorrência no segmento de streaming de vídeo e os custos maiores com mão de obra dificultem a capacidade da gigante mundial do entretenimento de manter uma sólida recuperação pós-pandemia. As ações da Disney fecharam o pregão de segunda-feira cotadas a US$ 106,98.
Assim como outras empresas de mídia, a Disney projetou que grande parte do seu crescimento futuro ocorreria no mercado de streaming, apostando que os consumidores iriam cada vez mais cancelar seus serviços de TV a cabo tradicional para assistir a filmes e programas televisivos pela internet.
O desempenho da Disney nesse segmento tem impressionado bastante desde o lançamento do seu aplicativo de streaming em novembro de 2019. O número total de assinantes da companhia estava se aproximando da marca de 130 milhões no fim do ano, ganhando participação de mercado da Netflix (NASDAQ:NFLX) (SA:NFLX34), que tinha 222 milhões de assinantes no mês passado.
No entanto, o ambiente pós-pandemia criou um cenário mais desafiador para o setor. O recente balanço abaixo das expectativas da Netflix acabou respaldando a visão de que a Casa do Mickey Mouse enfrentaria dificuldades para adicionar novos assinantes em seu serviço Disney+, enquanto os negócios de streaming passam por uma grande correção.
O lado positivo para a potência do entretenimento sediada em Burbank, Califórnia, são suas áreas tradicionais, como parques temáticos, cruzeiros e cinemas, que, apesar dos crescentes riscos macroeconômicos, devem continuar prosperando em meio à alta demanda por viagens e atividades de lazer.
A divisão viu suas receitas superarem US$ 7,2 bilhões durante o primeiro trimestre fiscal, o dobro dos US$ 3,6 bilhões gerados no mesmo trimestre do ano anterior. O segmento registrou um salto em seus resultados operacionais, para US$ 2,5 bilhões, em comparação com o prejuízo de US$ 100 milhões no mesmo período do ano passado.
Diversificação das fontes de receita
Neste ano, o desempenho das ações da Disney indica que a diversificação das fontes de receita da companhia a está ajudando a performar melhor do que seus concorrentes na atual queda do mercado.
Seus papéis se desvalorizaram mais de 30% em 2022, cerca de metade das perdas sofridas pela Netflix. Ambas as empresas tinham valores de mercado similares no fim de dezembro, cerca de US$ 275 bilhões.
Em uma teleconferência com investidores em fevereiro, a diretora-geral financeira da Disney, Christine McCarthy, disse que novas tecnologias, como telefones móveis para check-in de hotéis e pedidos de alimentos, reduziram custos. A executiva disse ainda que os retornos dos eventos ao vivo e dos visitantes internacionais aumentariam o movimento no futuro próximo.
A resiliência da Disney durante um dos períodos mais desafiadores para a indústria do entretenimento incentivou muitos analistas de Wall Street a manter o otimismo com a empresa. A estimativa consensual dos analistas em uma pesquisa do Investing.com com 31 casas de análise sugere um potencial de alta de 72,5% para a ação.
Fonte: Investing.com
Em nota recente, o Morgan Stanley (NYSE:MS) reiterou a classificação da Disney como acima da média, dizendo que sua divisão de parques ajudará a fortalecer sua perspectiva de lucro por ação. A nota disse o seguinte:
“Elevamos nossas estimativas para os parques e acreditamos que a Disney esteja implementando ferramentas tecnológicas e operacionais que devem impulsionar seu crescimento estruturalmente e aumentar suas margens nos próximos anos. No entanto, o streaming continua sendo uma história a ser validada, mas o sucesso não está precificado”.
O Wells Fargo também enxerga mais potencial de alta para os negócios de parques da Disney. De acordo com sua nota:
“Observando os negócios concorrentes e o desempenho operacional, consideramos que haja espaço para que as receitas e as margens subam mais do que o nosso modelo atual e o consenso”.
Conclusão
A Disney continua sendo uma das principais escolhas de vários analistas de Wall Street, graças à forte recuperação da demanda por seus parques e outros ativos de entretenimento que foram impactados durante a pandemia.
Graças a essa força, a companhia está em posição privilegiada para lidar com choques econômicos, como as altas de juros e uma recessão.
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