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A Alphabet (NASDAQ:GOOGL) divulga seus resultados do terceiro trimestre após o fechamento do mercado, e o balanço carrega peso especial. O motor tradicional de receitas, a publicidade em Buscas e no YouTube, ainda responde pela maior parte do lucro, mas os investidores estão atentos a saber se o crescimento em computação em nuvem e inteligência artificial já é capaz de compensar a desaceleração gradual dos anúncios convencionais. O relatório mostrará se a transformação da companhia começa a gerar retorno efetivo ou se ainda está em plena fase de investimento.
Expectativas e referências
Os analistas projetam receita total próxima de US$ 100 bilhões, cerca de 13% acima do mesmo período de 2024, e lucro por ação (LPA) em torno de US$ 2,28, alta de 7% a 8%. A Google Cloud deve registrar vendas de aproximadamente US$ 14,5 bilhões, avanço de 30% em relação ao ano anterior. Já a receita publicitária combinada de Search e YouTube deve crescer entre 10% e 12%, ritmo sólido, embora mais moderado que o dos trimestres anteriores.
Os investimentos de capital seguem elevados e podem atingir US$ 85 bilhões no acumulado do ano, impulsionados pela expansão de data centers e infraestrutura de IA. Esse movimento pressiona as margens operacionais, e o mercado espera sinais concretos de ganhos de eficiência. O equilíbrio entre crescimento e rentabilidade será o tema central do balanço.
Cenário positivo
Um trimestre forte exigiria receita acima de US$ 100 bilhões, LPA superior a US$ 2,30 e crescimento da nuvem acima de 32%, com melhora nas margens. Nesse caso, a Alphabet demonstraria resiliência no núcleo publicitário e aceleração na estratégia de nuvem e IA, validando os investimentos recentes.
Um resultado desse porte poderia impulsionar fortemente as ações e reforçar a confiança no setor de tecnologia, comprovando que a expansão dos workloads de IA está sendo feita de forma lucrativa e sustentando o ciclo atual de investimentos em infraestrutura.
Cenário-base
Se os números ficarem em linha com as estimativas e o crescimento da nuvem permanecer na faixa dos 20% altos, a reação do mercado pode ser mais contida. Isso confirmaria estabilidade, mas não aceleração. As ações tenderiam a andar de lado ou recuar levemente, já que boa parte das expectativas positivas já está precificada.
Nesse cenário, o foco dos investidores se voltaria às projeções para o quarto trimestre e para 2026, especialmente quanto ao retorno das margens operacionais. O resultado seria interpretado como execução consistente, sem um salto de desempenho.
Cenário negativo
Um relatório decepcionante incluiria receita abaixo de US$ 99 bilhões, LPA inferior a US$ 2,23 ou crescimento da nuvem desacelerando para a faixa dos 25%. Se o alto volume de capex continuar comprimindo margens sem retorno visível, o mercado pode questionar se o negócio publicitário consegue sustentar a transição para a IA.
Nesse caso, o papel poderia sofrer forte correção, e o sentimento sobre as grandes empresas de tecnologia seria impactado, com os investidores reavaliando o retorno de curto prazo dos investimentos em infraestrutura.
O que mais vai importar
Mais do que os números, a teleconferência de resultados definirá o tom do mercado. Analistas buscarão sinais sobre tendências de engajamento nas buscas, monetização de recursos baseados em IA e ritmo de crescimento dos contratos de nuvem. Também vão querer clareza sobre quando os altos gastos de capital começarão a se refletir em maior geração de caixa livre.
Qualquer atualização sobre metas de crescimento para 2026 ou guidance de margens operacionais pode influenciar tanto quanto os resultados trimestrais em si.
Implicações mais amplas
O balanço da Alphabet representa mais do que um retrato de um trimestre: é um teste de credibilidade. A companhia precisa provar que seus investimentos agressivos em nuvem e IA estão fortalecendo um modelo de negócios mais diversificado e sustentável, sem comprometer a lucratividade.
Se entregar números sólidos e perspectiva otimista, a Alphabet poderá reafirmar sua liderança na era da inteligência artificial e justificar sua valorização atual. Mas, se os resultados ou as projeções decepcionarem, a confiança na velocidade dessa transformação poderá ser colocada em dúvida.
Este trimestre deve definir como o mercado enxerga a próxima fase da Alphabet, seja como uma empresa madura que se reinventa pela tecnologia, seja como um gigante tentando equilibrar ambição e disciplina financeira.
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