Calendário Econômico: Reunião do Copom, produção industrial e balanço da Petrobras
- A quarta-feira promete ser uma verdadeira montanha-russa para os investidores, com potencial para fortes oscilações e grandes oportunidades.
- Durante o pregão, todas as atenções estarão voltadas para cada palavra do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell.
- E, quando o sino de fechamento soar, começarão os fogos de artifício: o trio de gigantes da tecnologia (Microsoft, Alphabet e Meta) divulgará seus aguardados resultados trimestrais.
A quarta-feira deve reunir dois dos principais catalisadores de volatilidade do ano: a aguardada decisão do Federal Reserve sobre juros e a coletiva de imprensa do presidente Jerome Powell, seguidas pelos balanços de três gigantes da tecnologia — Microsoft (NASDAQ:MSFT), Alphabet (NASDAQ:GOOGL) e Meta (NASDAQ:META) — logo após o fechamento dos mercados.
Com o S&P 500 próximo das máximas históricas, sustentado pelo otimismo em torno da inteligência artificial e pela desaceleração da inflação, essa combinação de política monetária e resultados corporativos tem elevado o VIX, o índice de volatilidade, sinalizando a possibilidade de fortes oscilações.
Os investidores estão em alerta: o Fed sinalizará novos cortes para suavizar a desaceleração do mercado de trabalho, ou adotará uma postura mais cautelosa diante da inflação persistente? E será que as Big Techs entregarão o crescimento necessário para justificar suas avaliações elevadas? A seguir, um panorama dos principais eventos do dia e o que acompanhar.
Cenário da tarde: decisão do Fed e coletiva de Powell
O dia começa com o anúncio da decisão do Federal Reserve, previsto para as 15h (horário de Brasília). Os futuros dos Fed Funds indicam 98% de probabilidade de corte de 25 pontos-base, o que reduziria a taxa-alvo para 4,00%, representando o segundo corte consecutivo após o iniciado em setembro.
O movimento em si é apenas o prelúdio. O foco estará na coletiva de Jerome Powell, marcada para as 15h30. Espera-se que o dirigente mantenha aberta a possibilidade de novo corte em dezembro, refletindo dados recentes que mostram inflação em desaceleração gradual e mercado de trabalho em moderação, mas ainda sólido.
Uma surpresa com tom mais duro, como uma pausa nos cortes, pode levar os rendimentos dos Treasuries a subir e provocar realização nas bolsas; já uma postura mais “dovish” (flexível), alinhada ao último dot plot do Fed, tende a favorecer um rali de ativos de risco.
Balanços da noite: o trio de gigantes da tecnologia
Após o fechamento dos mercados, começa a enxurrada de balanços com Microsoft, Alphabet e Meta, que juntas valem cerca de US$ 9 trilhões. Todas divulgarão resultados no mesmo intervalo de uma hora.
Microsoft – divulgação às 17h05 de Brasília
Projeções: LPA de US$ 3,66 (+10,9% em 12 meses) sobre receita de US$ 75,3 bilhões (+14,8%); volatilidade implícita: ±4,9%.
Fonte: InvestingPro
A Microsoft segue como líder indiscutível na corrida da IA corporativa, e o mercado estará atento ao desempenho da plataforma em nuvem Azure, considerada o indicador-chave. Investidores esperam aceleração no crescimento, impulsionada pela forte demanda por serviços de IA e pela adoção dos assistentes Copilot.
Um resultado acima do consenso pode levar as ações à faixa de US$ 600, enquanto uma projeção mais cautelosa pode pressionar o Nasdaq, repetindo o recuo de 7% observado após o balanço de janeiro.
Alphabet – divulgação às 17h05 de Brasília
Projeções: LPA de US$ 2,29 (+8%) e receita de US$ 99,8 bilhões (+13%); volatilidade implícita: ±6,8%.
Fonte: InvestingPro
O relatório da Alphabet deve refletir dois vetores principais: o desempenho do Google Cloud Platform (GCP) e a resiliência do negócio de publicidade. O mercado buscará sinais de que a empresa está ganhando participação em workloads de IA frente à Amazon Web Services e à Microsoft Azure, além de acompanhar a força do Search e do YouTube, indicadores-chave para o setor de anúncios digitais.
O CEO Sundar Pichai deve destacar a eficiência da integração de IA, o chamado ciclo virtuoso full stack, com avanços do Gemini e das TPUs reduzindo custos de capital. Surpresas positivas no segmento de nuvem podem gerar alta superior a 5%, como em outubro de 2024, mas o aumento das despesas em IA pode pressionar as margens para cerca de 32%.
Meta Platforms – divulgação às 17h05 de Brasília
Projeções: LPA de US$ 6,68 (+10,8%) e receita de US$ 49,3 bilhões (+21,6%); volatilidade implícita: ±7,1%.
Fonte: InvestingPro
O foco da Meta será o desempenho do seu motor de publicidade baseado em IA. Após um “ano da eficiência” que elevou expressivamente a rentabilidade, a atenção volta-se ao crescimento da receita. Os algoritmos de recomendação de Reels e da plataforma de anúncios seguem impulsionando o engajamento dos usuários e maximizando o retorno dos anunciantes.
Um alerta sobre capex ou frustração com o crescimento de usuários pode derrubar as ações, mas forte avanço na receita publicitária e orientação otimista para o próximo trimestre podem sustentar a valorização de cerca de 30% no acumulado de 2025.
Dessa forma, a sessão promete ser um divisor de águas para os mercados: a mensagem do Fed definirá o humor macro, enquanto os balanços das Big Techs deverão confirmar se a euforia com a inteligência artificial continua fundamentada em resultados concretos.
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