Bitcoin caminha para primeira queda de outubro desde 2018, encerrando sequência de 7 anos
Por Roberto Samora e Andre Romani
SÃO PAULO (Reuters) -A Vale reportou nesta quinta-feira lucro líquido de US$2,7 bilhões no terceiro trimestre, alta de 11% em relação ao mesmo período do ano passado, com forte desempenho de vendas em todos os segmentos de negócio, incluindo minério de ferro e cobre.
O resultado da empresa, que é uma das maiores mineradoras de ferro do mundo, veio acima das estimativas do mercado, de US$2,1 bilhões, segundo estimativa da LSEG.
"Esses resultados reforçam minha confiança no futuro da Vale e no valor que estamos criando para todos os stakeholders", disse o presidente-executivo da Vale, Gustavo Pimenta, em nota.
Na semana passada, a companhia já havia reportado sua maior produção trimestral de minério de ferro desde 2018, com aumento no volume de vendas para o seu principal produto de mais de 5%, além de melhores preços.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou US$4,4 bilhões, avanço de 21%, enquanto a receita líquida de vendas atingiu US$10,4 bilhões, alta de 9%.
Pimenta citou também que o cobre teve seu melhor resultado para o terceiro trimestre desde 2019, enquanto a empresa continuou a melhorar sua competitividade de custos no níquel.
Paralelamente, a companhia informou que reduziu estimativas de custos de projetos de cobre e níquel para 2025.
ESTRATÉGIA
A Vale destacou que sua estratégia de vendas foi bem-sucedida, com suporte do aumento na oferta de produtos blendados e concentrados, o que garantiu uma melhora de US$2/t no prêmio de finos de minério de ferro na comparação trimestral.
A estratégia se baseia na flexibilidade da cadeia de valor para entregar o que os clientes precisam, disse a Vale, maximizando valor para a empresa.
A companhia frisou que lançou oficialmente seu produto de médio teor de Carajás, que promove melhor resultado operacional e otimização do plano de lavra na sua maior mina, no Pará.
A melhoria dos prêmios contribuiu para a queda do chamado "custo all-in", afirmou a mineradora.
Os "custos all-in" do minério de ferro caíram 4% na comparação anual para US$52,9/tonelada, também favorecidos por menores custos de frete.
O indicador do fluxo de caixa livre recorrente foi de US$1,6 bilhão -- US$1 bilhão maior na comparação anual, reflexo, principalmente, da alta do Ebitda.
Já a dívida líquida expandida somou US$16,6 bilhões ao final do trimestre, afirmou a Vale, citando redução de US$0,8 bilhão na comparação trimestral em razão da forte geração de fluxo de caixa livre.
O investimento totalizou US$1,3 bilhão no trimestre, mantendo-se no caminho para alcançar o guidance de US$5,4 a US$5,7 bilhões em 2025, segundo o relatório.
A empresa também ressaltou que programa de reparação pela queda de uma barragem da Samarco, de propriedade da Vale com a BHP, continua progredindo, com R$70 bilhões desembolsados até 30 de setembro de 2025.
(Por André Romani e Roberto SamoraEdição de Pedro Fonseca)
