Dólar cai pela 5ª sessão seguida em meio à percepção de alívio sobre impasse Brasil-EUA
Após a má notícia da última sexta-feira, que veio do front do BTG Pactual, divulgando um novo relatório que reduziu ainda mais as suas estimativas de lucro para o BB neste e no próximo ano. Notem que, isso vem antes mesmo de o BB divulgar seu balanço do 2T25, previsto para 14 de agosto.
A recomendação do BTG (BVMF:BPAC11) para BBAS3 (BVMF:BBAS3) é neutra. O banco agora reduziu o preço-alvo em 12 meses de R$ 30 para R$ 24. A ação fechou em queda (-6,85%) na tarde desta sexta-feira, cotada por volta de R$ 18,35.
Particularmente, não estou aqui para concordar ou discordar do preço alvo para 12 meses, estipulado pelo BTG. Afinal, não se trata de uma estratégia Long Bias, mas a minha visão é de que - principalmente - para quem carregou ações do mesmo setor (bancário) como, BBDC4 (BVMF:BBDC4) e ITUB4 (BVMF:ITUB4) esse ano (que foi o meu caso), vejo uma chance de trade de curto prazo em BBAS3, caso o papel busque e "respeite" a região que detalhei no gráfico, visando um repique de curtíssimo prazo.
Resumindo, caso o papel pese e busque a famigerada região de suporte, por volta dos 17,66. Abrirei compra, vislumbrando recuperação até a região dos 20,00 (aprox. 13,5% de lucro em uma operação short).
Além disso, destaco o desempenho anual até aqui dos seus pares "rivais", BBDC4 (+43,07%) e ITUB4 (+32,25%). Contudo, para o BBAS3 (-20,86%). Ou seja, dá para acreditar na operação supramencionada e que tracei no gráfico, já que a relação de risco X retorno está sem igual!
Já em termos fundamentalistas, sabemos que o agro é o protagonista da deterioração “persistente e estrutural” no setor de empréstimos agrícolas, onde o BB é líder.
Dentre os desafios estruturais, destacam-se:
- O BB pode ter perdido parte de seu status de “relacionamento bancário primário” com os clientes, o que pode tê-lo empurrado para trás na linha de prioridade de pagamento para alguns produtores;
- O BB também parece depender de terceiros para o armazenamento de grãos dados como garantia, o que enfraquece sua posição na execução de garantias;
- Além disso, a Lei 14.112/20 permitiu que os produtores entrassem com pedido de recuperação judicial, o que impede o banco de exercer suas garantias hipotecárias;
- Segundo muitos gestores, muitos novos produtores começaram a cultivar soja nos últimos anos, atraídos pelos altos preços durante esse período — os chamados “aventureiros”. “Esses não são os clientes tradicionais do BB, e alguns entraram com pedido de recuperação judicial sem muita preocupação em perder o acesso a crédito subsidiado, pois podem acabar mudando para uma atividade completamente diferente”.
Conclusão, a recuperação do agronegócio pode levar tempo e se estabelecer em condições mais fracas e sem dúvidas que a deterioração nos resultados está vindo "de elevador", enquanto qualquer recuperação provavelmente irá "subir as escadas". Ou seja, lenta recuperação para o BB já parece a realidade.
Concomitantemente, há sinais implícitos de tal piora, pois até mesmo o concurso público, para ingresso no Banco, esperado para ser anunciado até o meio do ano, parece que foi "esquecido" pela presidência. Seria esse mais um indício do quão graves e persistentes podem ser os desafios futuros? Enfim, não é mesmo!?
Portanto, descorrelacionei tal "possível" operação de aspectos fundamentalistas, vislumbrando apenas o alvo da operação na análise gráfica.
Bons trades!