Nvidia: A hora da verdade para a IA ou o estouro da bolha?
Investing.com - O mercado de criptomoedas reverteu o forte pessimismo que marcou o início da semana, com o Bitcoin recuperando-se de uma queda que o levou brevemente abaixo dos US$ 90 mil, um patamar não visto desde abril. A reviravolta no sentimento, que estava em profunda aversão ao risco, foi impulsionada pela divulgação de novos dados do mercado de trabalho norte-americano, que reacenderam a esperança de um alívio na política monetária. Nesta terça-feira (18), o tom de cautela deu lugar a um respiro, indicando que o preço está reagindo de forma mais aguda aos sinais de desaceleração econômica nos EUA.
A recuperação ganhou tração no período da tarde, superando a performance dos índices de ações. Por volta das 16h40, horário de Brasília, o Bitcoin era negociado a US$ 93.358,1, registrando uma alta de +1,85% no dia. As altcoins exibiram ganhos ainda mais expressivos, com o Ethereum avançando +5,88% para US$ 3.157,75, e a Solana disparando +9,36%, cotada a US$ 141,811. Todos os dados são provenientes da exchange Binance, destacando o forte retorno do apetite por risco após o susto matinal.
A principal alavanca para o movimento de alta foi a divulgação de indicadores que sugerem um enfraquecimento do mercado de trabalho norte-americano. O aumento inesperado dos pedidos semanais de seguro-desemprego, somado ao relatório da ADP que apontou cortes de vagas no setor privado, fez com que a probabilidade de um corte na taxa de juros do Federal Reserve em dezembro voltasse a ultrapassar os 50%. A expectativa de juros mais baixos beneficia ativos de risco. No entanto, o mercado ainda lida com a pressão de venda potencial, já que o processo de repagamento do extinto Mt. Gox se intensificou, com a movimentação de mais de 10 mil BTC, levantando temores de um aumento na oferta em circulação.
Diante da instabilidade, a reação dos investidores se divide entre a busca por valor e a adoção de estratégias defensivas. Embora o otimismo tenha retornado, o mercado ainda não estabeleceu uma base sólida, mantendo-se em uma faixa de consolidação. A cautela persiste, evidenciada pela ampliação de operações de proteção nos derivativos em níveis inferiores, como US$ 85 mil. Para os investidores de longo prazo, no entanto, a queda é vista como uma fase de correção necessária, reforçando a convicção na tese de escassez do BTC, especialmente após o recente marco de 95% da oferta total de moedas ter sido minerada.
"O Bitcoin despencou abaixo de US$ 90 mil, atingindo sua mínima em sete meses e eliminando todos os ganhos do ano, em um movimento que reduziu sua capitalização em US$ 600 bilhões. A queda foi impulsionada pela reprecificação das expectativas de política monetária nos EUA, com a probabilidade de corte de juros do Fed em dezembro caindo drasticamente e pesando sobre a liquidez do mercado. O sentimento de Medo Extremo (índice em 11) reflete a saída institucional recorde, com os ETFs de BTC registrando o quinto dia consecutivo de resgates, empurrando o investidor médio para o prejuízo. O foco do mercado agora está nos lucros da Nvidia e no relatório de emprego dos EUA na quinta-feira, que serão cruciais para definir se a correção será revertida ou aprofundada", foi a avaliação da Prime XBT.
"A preservação de capital deve ser a prioridade, visto que a região de US$ 100 mil pode ser utilizada por grandes players para distribuir posições durante qualquer rali de alívio. Para proteger o capital contra reversões inesperadas, o uso de stop loss posicionado acima do nível estrutural de US$ 107.850 é considerado obrigatório. É crucial aprender com o comportamento atual do mercado, que demonstra que movimentos fortes de alívio em uma tendência de baixa geralmente configuram uma melhor oportunidade de venda do que de compra. A gestão de risco disciplinada é, portanto, a chave para navegar este ambiente volátil", analisou o WarrenAI.
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