- O rali do bitcoin é impulsionado por ETFs, fluxo institucional e ventos favoráveis no cenário macroeconômico.
- Dados on-chain apontam realização moderada de lucros, mas os holders de longo prazo seguem firmes.
- A atividade nos mercados de futuros e opções sinaliza apostas na alta, mas também eleva os riscos de correção.
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O bitcoin subiu nesta semana, rompendo a lateralização da semana anterior e renovando máxima em US$ 111.954. A criptomoeda havia se mantido firme na região de US$ 102.000, e o movimento de alta foi sustentado por sinais técnicos, maior interesse institucional, avanços regulatórios e um ambiente macroeconômico mais favorável.
Demanda institucional sustenta o rali
O principal motor da valorização recente do bitcoin é o forte fluxo de recursos direcionado aos ETFs spot de bitcoin nos Estados Unidos. O fundo iShares Bitcoin Trust, da BlackRock (NYSE:BLK) (NASDAQ:IBIT), tornou-se o maior fundo institucional de bitcoin do mundo, acumulando mais de 636 mil BTC.
Grandes instituições financeiras, como JPMorgan (NYSE:JPM), Fidelity e Charles Schwab, passaram a incluir bitcoin nas carteiras de seus clientes, sinalizando uma transição do ativo de um instrumento meramente especulativo para uma reserva estratégica no ambiente institucional.
Além disso, as compras recorrentes da Strategy e aquisições de grande porte realizadas pela japonesa Metaplanet também têm sido vetores importantes no suporte à alta.
Postura de Trump em relação às criptos fortalece a tendência de alta
O decreto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que estabeleceu o bitcoin como um ativo estratégico nacional, ao lado do ouro, foi bem recebido pelo mercado. A realização do primeiro “Crypto Summit” na Casa Branca reforçou o sinal de apoio político ao setor de criptoativos.
O avanço na regulação de stablecoins, fruto de um acordo bipartidário, também reforça o compromisso dos EUA em oferecer um arcabouço regulatório mais claro para o mercado de criptoativos, elevando a confiança dos investidores e reduzindo o risco sistêmico percebido.
Cenário macro favorece ativos de risco
O rali do bitcoin também encontrou respaldo no ambiente macroeconômico global. O adiamento, por 90 dias, das tarifas anunciadas por Trump e a conclusão do acordo comercial entre Estados Unidos e Reino Unido estimularam uma maior inclinação dos investidores para ativos de risco.
Com isso, o bitcoin rompeu a barreira psicológica dos US$ 100.000 neste mês. O valor de mercado total das criptomoedas alcançou US$ 3,5 trilhões, embora ainda abaixo do recorde histórico de US$ 3,7 trilhões registrado em dezembro de 2024, o que evidencia a performance inferior dos altcoins frente ao BTC.
Dados on-chain indicam realização parcial de lucros
Informações da CryptoQuant apontam que 4.435 BTC foram transferidos para a Binance após a máxima histórica de ontem, sinalizando uma possível realização de lucros por parte de traders de curto prazo. Apesar disso, o fluxo líquido de 30 dias para corretoras permanece negativo, o que sugere que os investidores de longo prazo continuam mantendo suas posições.
Outros indicadores on-chain apontam alguma pressão vendedora, porém menos intensa do que nos movimentos de realização observados em 2024, o que corrobora a manutenção da tendência de alta.
Recorde de posições em aberto no mercado futuro e de opções
Dados da CoinGlass mostram que as posições em aberto nos contratos futuros de bitcoin ultrapassaram US$ 80 bilhões, atingindo novos recordes. Esse volume reflete a expectativa de continuidade na alta, embora também aumente o risco de liquidações forçadas caso ocorra uma correção mais acentuada.
No mercado de opções, a Deribit registra mais de US$ 5 bilhões em posições abertas na faixa entre US$ 110.000 e US$ 130.000. Para os contratos com vencimento hoje, o put/call ratio, que mede a relação entre opções de venda e de compra, está acima de 1, sinalizando um aumento da pressão vendedora no curtíssimo prazo.
Análise técnica do bitcoin
O bitcoin fez uma pausa momentânea entre US$ 102.000 e US$ 106.000 na semana passada, durante sua trajetória de alta. Com o início da nova semana, testou a resistência em US$ 106.000, respeitou o suporte em US$ 102.000 e acelerou o movimento de valorização a partir desse nível.
O rali se manteve ao longo da semana, embora tenha perdido tração na região de US$ 111.000. Ainda assim, os sinais técnicos continuam favorecendo a continuidade do movimento de alta. O próximo alvo no gráfico diário está na faixa entre US$ 114.600 e US$ 125.400, com resistência mais imediata em US$ 114.000.
Suportes e possíveis correções
Após aliviar durante a consolidação da semana passada, o IFR voltou a apontar para cima, reforçando a leitura de continuidade da tendência de alta. As médias móveis exponenciais (MMEs) de curto e médio prazo seguem alinhadas positivamente desde o pivô de alta formado em abril.
Não há resistências relevantes até a região de US$ 114.000, embora eventuais realizações de lucro possam gerar recuos pontuais, favorecendo testes de suporte. Nesse cenário, a MME de 8 dias, situada em torno de US$ 108.000, oferece sustentação para correções mais rasas. Se o movimento de baixa se intensificar, a faixa de US$ 106.000 pode atuar como suporte intermediário, com possibilidade de extensão até o suporte mais robusto na região dos US$ 102.000.
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