- O bitcoin recuou com força após os ataques de Israel contra o Irã ampliarem as tensões na região.
- US$ 1,2 bilhão em posições alavancadas em criptomoedas foram liquidadas, com perdas ainda mais acentuadas entre as altcoins.
- Se o suporte em US$ 103.000 for mantido, a cripto pode se estabilizar e tentar uma recuperação na próxima semana.
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A intensificação das tensões no Oriente Médio provocou forte impacto sobre os mercados de criptoativos. Após os ataques aéreos de Israel contra Teerã e instalações militares próximas a Tabriz, o bitcoin chegou a recuar 5%, atingindo US$ 102.000. As perdas foram ainda mais severas entre as altcoins, com cerca de US$ 1,2 bilhão em posições alavancadas sendo liquidadas. Após esse movimento, o bitcoin ensaiou uma recuperação e voltou a se aproximar dos US$ 105.000, sustentando-se sobre uma faixa de suporte técnico relevante.
Risco geopolítico amplia correção
O bitcoin já havia iniciado a correção a partir da região dos US$ 110.000, refletindo o aumento da aversão ao risco nos mercados globais ao longo da semana. A venda se intensificou com o ataque aéreo israelense, levando investidores a migrar para ativos considerados mais seguros. Mais uma vez, o comportamento da cripto reforça seu perfil de ativo sensível ao risco em momentos de incerteza de curto prazo.
Enquanto isso, o ouro subia para US$ 3.400 após uma semana de valorização e o petróleo avançava para US$ 76, impulsionado por temores sobre oferta. A queda acentuada do bitcoin durante o episódio fragilizou a tese de que o ativo se comportaria como uma espécie de "ouro digital". Sua elevada volatilidade e o uso intensivo de alavancagem tornam as criptomoedas particularmente vulneráveis em contextos de crise.
Bitcoin tenta estabilização após liquidação alavancada
Dados da Coinglass indicam que US$ 1,16 bilhão em posições em criptoativos foram liquidadas nas últimas 24 horas, sendo US$ 450 milhões apenas em bitcoin. A expiração de US$ 3,7 bilhões em opções de bitcoin na Deribit também adicionou volatilidade. O nível de “máxima dor”, ponto em que há maior prejuízo para posições compradas, foi definido em US$ 107.000. O fechamento do bitcoin bem abaixo desse nível favoreceu a pressão vendedora.
Apesar da queda acumulada nos últimos três dias, o bitcoin havia avançado quase 10% na semana anterior, aproximando-se de suas máximas históricas. Por ora, a correção parece contida. Caso as tensões geopolíticas diminuam, o bitcoin pode retomar rapidamente sua trajetória de alta.
No gráfico diário, o movimento vendedor recente encontrou suporte na região dos US$ 103.000, que delimita a parte inferior da faixa de consolidação das últimas semanas. Compradores atuaram nesse nível, limitando novas perdas. Se o bitcoin conseguir se manter acima desse suporte durante o fim de semana, pode continuar operando lateralmente e testar novamente a zona de resistência em US$ 111.000 na próxima semana.
Eventos geopolíticos continuarão sendo um fator determinante. Uma resposta moderada do Irã pode reduzir o nervosismo dos mercados e ser interpretada como oportunidade de recompra. Já uma retaliação mais contundente pode ampliar o movimento de venda e prolongar a fragilidade do mercado cripto.
Perspectiva técnica para o bitcoin
O viés técnico permanece pressionado. O suporte crítico a ser observado é a região dos US$ 103.000, que define o limite inferior da faixa de negociação mensal. Caso o fechamento diário ocorra abaixo desse patamar, a correção pode se aprofundar, levando o preço para a zona entre US$ 97.000 e US$ 98.000.
Por outro lado, se os compradores conseguirem sustentar o nível de US$ 103.000, o foco retorna à máxima recente em US$ 111.950. Um rompimento desse nível pode abrir caminho para o intervalo entre US$ 114.000 e US$ 125.000.
O bitcoin continua atraindo demanda institucional, sustentado por fundamentos internos robustos. No entanto, como mostram os eventos recentes, os riscos globais ainda têm peso relevante sobre o ativo, que mantém comportamento típico de ativos de risco. A queda atual reforça que o bitcoin ainda não atua como um porto seguro tradicional.
Enquanto a demanda cresce por ativos físicos como o ouro, as criptomoedas seguem oscilando em sintonia com outros ativos de risco. Ainda assim, a oferta limitada do bitcoin, sua estrutura transparente e o aumento do interesse institucional têm ajudado a conter a volatilidade e a limitar a magnitude das correções.
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