- A arrancada do bitcoin até os US$ 94.000 revela força, mas a resistência segue firme.
- Compras institucionais e aportes em ETFs indicam convicção crescente por trás do movimento.
- Um fechamento acima de US$ 94.250 pode destravar o caminho rumo aos US$ 100.000 — isso, claro, se a cautela não estragar o rali.
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O bitcoin rompeu sua resistência média em US$ 87.000 no início da semana e alcançou uma segunda zona crítica em US$ 94.000. Esse movimento de alta ocorreu após um período de consolidação e coincide com um renovado otimismo em relação à economia global.
Atualmente, o bitcoin parece estar consolidando em torno de US$ 94.200, região que corresponde ao nível de retração de 0,618 de Fibonacci da recente tendência de baixa. Essa mesma faixa também atuou como suporte relevante durante a alta observada no último trimestre de 2024. Por isso, a região dos US$ 94.000 permanece como ponto técnico de grande importância para a definição da próxima direção da tendência.
Um fechamento semanal acima de US$ 94.250 reforçaria a base técnica para uma continuação do movimento de valorização. A próxima meta estaria situada em US$ 99.500, onde se encontra a retração de 0,786 de Fibonacci. Por outro lado, apesar de avanços moderados nas discussões sobre tarifas globais nesta semana, ainda não há uma resolução definitiva. Assim, embora o bitcoin tenha alcançado a região dos US$ 94.000 precificando as novidades recentes, uma nova onda de alta dependerá de novos catalisadores positivos.
Um fator que traz alento ao mercado é a queda da correlação entre o bitcoin e os índices acionários tradicionais. A criptomoeda passou a apresentar um comportamento mais alinhado ao de ativos considerados porto seguro, como o ouro. Essa mudança permitiu ao ativo manter uma trajetória positiva ao longo de abril, revertendo a tendência de baixa registrada no primeiro trimestre do ano.
Confiança no bitcoin se fortalece com forte acúmulo
Desde a segunda quinzena de abril, a valorização do bitcoin tem sido sustentada por compras expressivas de grandes investidores. Dados da blockchain indicam que carteiras com saldos entre 10 e 10.000 BTC acumularam cerca de 19.000 BTC durante a recente alta de preços. Isso reflete o aumento da confiança por parte dos detentores de longo prazo.
Além disso, o volume de saques de bitcoin das corretoras também cresceu. Desde novembro de 2024, mais de 425.000 BTC foram retirados de plataformas de negociação, reduzindo a oferta circulante para o menor patamar desde 2018. Esse movimento indica menor pressão vendedora e melhora a perspectiva de alta no longo prazo.
Sinais positivos também surgem do mercado de ETFs de criptoativos, um dos principais vetores por trás do atual momento do bitcoin. Apenas nesta semana, os ETFs à vista da criptomoeda receberam um fluxo de US$ 2,2 bilhões. Esse aumento na demanda institucional elevou a liquidez e fortaleceu as expectativas de valorização.
Mercado cripto dá sinais de otimismo comedido
O mercado de criptomoedas como um todo registrou uma alta de capitalização próxima de 10% nesta semana. Com o setor caminhando para sua melhor performance semanal desde o início do ano, o movimento revela maior apetite por risco entre os investidores.
O bitcoin lidera essa onda de otimismo. De acordo com dados da CoinGlass, cerca de US$ 700 milhões em posições vendidas podem ser liquidadas caso o BTC ultrapasse o patamar de US$ 95.000. Um rompimento desse nível pode desencadear um rali mais intenso, com potencial para levar o preço à casa dos US$ 100.000.
Apesar do sentimento construtivo, o bitcoin ainda enfrenta resistência na região dos US$ 94.250. Converter esse nível em suporte será essencial para sustentar o ímpeto de alta. Caso surjam novas tensões econômicas ou geopolíticas, investidores podem realizar lucros rapidamente, provocando uma correção. Nesse cenário, o primeiro suporte relevante está localizado em US$ 90.500. A perda desse nível abriria espaço para uma zona de suporte mais sólida em US$ 87.000.
Tecnicamente, o posicionamento das médias móveis exponenciais (MMEs) de curto prazo acima das de médio prazo reforça a narrativa altista. Ainda assim, recuos pontuais são comuns em movimentos de alta desse tipo. Assim, uma queda temporária abaixo de US$ 90.000 não pode ser descartada. Caso o bitcoin permaneça acima das MMEs de curto e médio prazo, uma nova onda compradora poderá ganhar ainda mais força.
Conclusão: tendência de alta se mantém com otimismo moderado
Em resumo, o bitcoin encontra-se em uma região crítica de resistência. No entanto, os dados on-chain e os fluxos institucionais sugerem que há espaço para ganhos adicionais caso essa barreira seja superada. O aumento dos aportes via ETFs, a redução da oferta em corretoras e o acúmulo contínuo por grandes investidores sustentam uma perspectiva altista.
Embora correções no curto prazo ainda estejam no radar, a tendência geral segue construtiva. No cenário atual, o sentimento predominante no mercado cripto é de otimismo cauteloso.
***AVISO: Este artigo é meramente informativo e não constitui qualquer oferta ou recomendação de investimento.