Boas notícias macro podem virar más notícias para os mercados?

Publicado 29.09.2025, 13:15

A leve correção de quinta-feira em Wall Street não foi causada por fraqueza nos dados macro dos EUA; na verdade, foi o oposto. Os indicadores surpreenderam positivamente em todos os segmentos. Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram para novas mínimas do ano, confirmando que o salto recente relacionado ao Texas foi um evento pontual.

As encomendas de bens duráveis núcleo subiram pelo quinto mês consecutivo. O PIB do 2º trimestre foi revisado para cima de forma expressiva, para 3,8% — a leitura mais forte em dois anos — impulsionado por um aumento incomum no consumo. As vendas de imóveis também superaram amplamente as projeções.

Assim, as preocupações com estagflação perderam força…

Porém, os dados fortes se transformaram em más notícias para o mercado, já que os traders reduziram as apostas em dois cortes de juros até dezembro, precificando agora apenas 1,56 cortes contra 1,7 no início do dia. Essa mudança levou os rendimentos dos Treasuries de 10 anos e o dólar para cima. Com as ações já negociando a múltiplos elevados, a alta nos yields pode facilmente levar a movimentos de realização de lucros.

Ações norte-americanas dominam o ranking global

As sete maiores empresas do mundo são gigantes americanas de tecnologia, avaliadas em conjunto em mais de US$ 20 trilhões. Na prática, 22 das 25 companhias de maior valor de mercado global têm sede nos Estados Unidos.

A inteligência artificial tem sustentado o mercado

Desde o lançamento do ChatGPT em novembro de 2022, as ações ligadas à IA dispararam 181%, contra apenas 25% para o restante do S&P 500. A IA foi o principal motor do rali, respondendo por 75% dos ganhos do índice, quase 80% do crescimento dos lucros e 90% da expansão do capex. Sem esse impulso, a alta do S&P 500 teria sido bem mais modesta.

Quando a Build-A-Bear superou as “7 Magníficas”

O que é fofo, lúdico e conseguiu superar gigantes como Nvidia (NASDAQ:NVDA), Palantir (NASDAQ:PLTR) e Microsoft (NASDAQ:MSFT)? A Build-A-Bear Workshop (NYSE:BBW).

A varejista de quase 28 anos, famosa por permitir que clientes criem e personalizem seus próprios bichos de pelúcia, viu sua ação disparar mais de 2.000% nos últimos cinco anos, segundo o Washington Post. Isso significa que US$ 100 investidos no início de 2021 valeriam hoje cerca de US$ 1.600 — aproximadamente US$ 200 a mais do que o mesmo investimento em Nvidia.

Após forte queda nas vendas em 2020, a Build-A-Bear protagonizou um retorno impressionante. Em maio, reportou o melhor primeiro trimestre da sua história, com receita de US$ 128,4 milhões, alta de 11%. O sucesso vem sendo sustentado por um público inesperado: adultos em busca de nostalgia e experiências personalizadas.

Fonte: Chartr

China domina a produção de terras-raras

A China responde por quase 90% da produção global de terras-raras, o que lhe confere enorme poder sobre cadeias produtivas mundiais. O país tem histórico de usar essa vantagem como ferramenta geopolítica, restringindo exportações em momentos de tensão. Novas tarifas poderiam gerar retaliações, como atrasos em licenças, proibições ou interrupções direcionadas, elevando custos e provocando atrasos para montadoras, fabricantes de eletrônicos e produtores de ímãs.

Os impactos iriam muito além desses setores. O aumento de custos pode reacender a inflação e pressionar cadeias de suprimento já fragilizadas.

Em resposta, o G7 e a União Europeia estudam medidas para reduzir a dependência da China. Entre as opções estão tarifas ou impostos sobre exportações chinesas, além de preços mínimos e subsídios para acelerar projetos alternativos de mineração e processamento fora do controle de Pequim.

Fonte: StockMarket.news

Patrimônio de Donald Trump atinge recorde histórico

A fortuna de Donald Trump atingiu níveis inéditos no último ano, segundo a Forbes. Seus investimentos em criptomoedas, discretos até as eleições, dispararam após a vitória, adicionando cerca de US$ 2 bilhões ao patrimônio em apenas dez meses.

Além disso, uma vitória judicial eliminou uma multa de US$ 500 milhões. Seu negócio de licenciamento, que vinha em ritmo lento, também ganhou novo fôlego, gerando mais US$ 400 milhões, com desenvolvedores estrangeiros buscando parceria com o presidente norte-americano.

Fonte: Michel A. Arouet, Forbes

Banco Central da Suíça mantém juros a 0%

O Banco Nacional Suíço manteve a taxa de juros em 0%, em linha com o cenário econômico e político atual e com as expectativas do mercado. A economia do país segue relativamente firme apesar do choque tarifário norte-americano, a inflação núcleo permanece em patamar saudável e o BCE também mantém suas taxas inalteradas, sem sinais de mudança no curto prazo.

Como resultado, o franco suíço pouco se moveu contra o euro desde o fim de junho. Como projetamos menos cortes de juros pelo Fed do que o mercado precifica, vemos também menos pressão para que o Banco Nacional Suíço reduza ainda mais sua taxa. Assim, não esperamos alterações até pelo menos o fim deste ano — e possivelmente não antes de meados de 2026.

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