Boi: Em um ano, preços do bezerro sobem mais que boi gordo

Publicado 04.04.2025, 09:09

Os preços do bezerro vêm registrando altas mais intensas que as do boi gordo ao longo do último ano, conforme apontam levantamentos do Cepea. Entre março/24 e março/25, enquanto o bezerro negociado em Presidente Prudente (SP) se valorizou 42%, a cotação do boi gordo subiu 35%. Representantes de leiloeiras consultados pelo Cepea têm relatado oferta bem abaixo do que consideram normal; a demanda não está aquecida, mas tem sido suficiente para motivar pequenos aumentos da reposição e sinalizar reversão de ciclo de preços dessas categorias. O cenário atual pode dificultar a decisão do pecuarista em investir na terminação intensiva, já que a reposição representa entre 60% e 70% do custo de produção de confinamentos, segundo dados do Cepea.

SUÍNOS: Aumenta competitividade frente a concorrentes

Levantamentos do Cepea mostram que, em março, os preços médios da carne suína caíram em maior intensidade que os das principais substitutas (de frango e bovina). Segundo pesquisadores do Cepea, as vendas da proteína suinícola estiveram lentas ao longo do mês, enquanto a oferta de animais para abate – e, consequentemente, de proteína no atacado – permaneceu ligeiramente elevada. Como resultado, a competitividade da carne suína aumentou frente às concorrentes. Ainda conforme o Centro de Pesquisas, na média de março, a carcaça suína foi comercializada 4,20 Reais/kg acima da proteína avícola, diferença 11,9% abaixo da observada em fevereiro. Em relação à carcaça casada de boi, ficou 9,36 Reais/kg mais cara que a suína, ampliando a diferença em 2,8% em igual comparativo. Vale lembrar que a carne suína ganha competividade à medida que reduz a diferença de preço frente à de frango e que eleva a diferença em relação à de boi.

FRANGO: Preços da carne voltam a subir neste início de abril

Os preços da carne de frango voltaram a subir na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, o impulso vem do típico aquecimento da demanda em início de mês, com o maior poder de compra da população (recebimento de salários). De acordo com agentes do setor avícola consultados pelo Cepea, há expectativa de aumento no volume de vendas nos próximos dias. O cenário tende a ser mais favorável em comparação com as últimas duas semanas, que foram impactadas pela menor liquidez.

OVOS: Médias caem em março, mas ficam acima das de um ano atrás

As cotações dos ovos encerraram março em queda no mercado atacadista da maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, a demanda se enfraqueceu na segunda quinzena do mês, reduzindo o ritmo das vendas e pressionando os valores. Porém, os preços estão acima dos registrados em março de 2024. Ainda conforme levantamentos do Cepea, a desvalorização dos ovos brancos foi mais acentuada que a do produto vermelho no mês passado. Segundo agentes consultados pelo Cepea, a oferta do vermelho está reduzida em diversas praças, o que ajudou a limitar as baixas.

CITROS: Baixa qualidade mantém pressão sobre cotações

Apesar da oferta ainda limitada, as cotações da laranja à indústria seguem em queda, pressionadas pela qualidade aquém do esperado. Segundo levantamentos do Cepea, na parcial desta semana (de 31 de março a 3 de abril), a média da laranja pera para a indústria foi de R$ 56,88/caixa de 40,8 kg, recuo de 5,2% frente à do período anterior. Agentes consultados pelo Cepea reportam que unidades de moagem do estado de São Paulo vêm recebendo pequenos volumes de frutas temporãs da variedade pera. Do lado da demanda, ainda são poucas as indústrias processando laranjas neste começo de mês – várias unidades seguem em manutenção e muitas devem entrar em operação entre o final de abril e início de maio, conforme o Centro de Pesquisas.

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