Haddad vê consenso por isenção de IR, mas dificuldade em aprovar compensação
- Excesso de oferta mantém viés de baixa para o petróleo, apesar das tensões geopolíticas e da demanda firme da China.
- WTI pode retestar o suporte em US$ 60; estrutura técnica favorece operações de venda até que surja sinal claro de reversão.
- Apenas um rompimento acima da resistência entre US$ 63,64 e US$ 65,27 indicaria possível retomada de força compradora nos preços do petróleo.
Os preços do petróleo têm encontrado dificuldade nas últimas semanas para apresentar sinais consistentes de alta, mesmo com o aumento das tensões geopolíticas na Europa em relação à Rússia. As preocupações dos investidores com a oferta permanecem no centro do debate, enquanto cresce o risco de nova queda diante do aumento da produção da Opep+ e da demanda enfraquecida.
Excesso de oferta mantém riscos voltados para quedas nos preços
Diversas agências de projeção de petróleo, como a Agência Internacional de Energia (IEA), soaram o alerta em suas últimas previsões. A própria IEA projeta um superávit recorde de 3,3 milhões de barris por dia até 2026. A Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA) compartilha da mesma preocupação, estimando excesso de 2,1 milhões de bpd no segundo semestre deste ano e 1,7 milhão de bpd em 2026. Outras projeções de mercado também apontam aumento da oferta.
A questão central é se esse excesso poderá ser compensado por maior crescimento da demanda. O cenário atual é muito diferente do período da pandemia, quando a demanda desabava e o excesso de oferta se intensificava devido aos lockdowns. Ainda assim, a abundância de barris deve manter pressão baixista sobre os preços até que algum fator mude esse equilíbrio.
Segundo reportagem do Financial Times, boa parte do excesso de petróleo não está visível em hubs tradicionais como Cushing ou Roterdã, mas foi direcionada à Ásia ou ao armazenamento flutuante. A China, em especial, tem acelerado seu ritmo de estocagem, possivelmente para fortalecer suas reservas diante do risco de sanções mais duras, reduzindo vulnerabilidades em uma potencial guerra comercial.
Assim, a demanda chinesa tem se mostrado firme e, combinada às sanções ocidentais contra Rússia e Venezuela, ajudou a limitar as quedas. Porém, se o excesso continuar aumentando, os preços podem sofrer correções mais acentuadas. Afinal, a IEA projeta uma desaceleração expressiva no crescimento da demanda global, apenas 700 mil bpd no próximo ano, o menor avanço fora do período da pandemia desde 2009. Caso essa estimativa se confirme, o balanço se inclinará claramente para o lado da oferta excedente.
Portanto, é essencial monitorar os estoques. Se começarem a aparecer em centros de armazenamento mais visíveis, as preocupações com excesso de oferta poderão ganhar força e provocar quedas mais abruptas no petróleo.
Análise técnica e ideias de negociação para o petróleo
Do ponto de vista técnico, a trajetória de menor resistência para o petróleo segue sendo de baixa, dado o formato predominante do gráfico. O preço se mantém abaixo das médias móveis de 21 e 200 dias, indicando de forma objetiva a tendência negativa tanto no curto quanto no longo prazo. Nesse cenário, buscar configurações vendedoras próximas às resistências faz mais sentido do que tentar capturar repiques de alta próximos aos suportes.
Até que surja um sinal claro de reversão técnica, é recomendável cautela em operações compradas. De todo modo, em tendência fraca, traders podem preferir atuar nível a nível.
No curto prazo, o contrato futuro do WTI pode avançar para novas quedas. Os preços estão se movimentando dentro de um padrão gráfico semelhante a um triângulo de continuação, o que torna cada vez mais provável uma quebra abaixo do suporte em US$ 62,00. Se isso ocorrer, os futuros podem testar novamente o nível psicológico de US$ 60,00 e até buscar as mínimas de abril, próximas de US$ 55,00.
O primeiro alvo, caso os preços rompam os US$ 62,00, será justamente a região de US$ 60,00. O comportamento do WTI nesse ponto poderá indicar se haverá espaço para outra queda em torno de US$ 5.
No lado das resistências, o primeiro nível a ser monitorado está em US$ 63,00, mas a faixa entre US$ 63,64 e US$ 65,27 é mais relevante. Foi nessa região que os preços encontraram suporte em maio de 2023 e setembro de 2024. O rompimento para baixo dessa zona crítica ocorreu no início de agosto, e desde então o petróleo não conseguiu sustentar recuperação acima dela.
Portanto, apenas um retorno consistente acima da faixa entre US$ 63,64 e US$ 65,27 poderia reverter a leitura negativa e devolver algum fôlego aos compradores. Enquanto isso não ocorrer, a perspectiva segue apontando para mais quedas no curto prazo.
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