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Reservas cambiais: o que dizem os dados recentes
Composição global das reservas
Segundo o relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), via sua base COFER (Currency Composition of Official Foreign Exchange Reserves), as reservas cambiais oficiais globais alocadas chegaram a cerca de US$ 12,54 trilhões no primeiro trimestre de 2025, ante US$ 12,36 trilhões no fim de 2024.
Dentro desse total:
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O dólar representa aproximadamente 57,74% das reservas globais alocadas.
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O euro aparece na sequência, com cerca de 20,06%.
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O renminbi chinês (yuan) tem participação menor — cerca de 2,12%.
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Outras moedas (incluindo o iene japonês, libra esterlina, franco suíço etc.) compõem o restante.
Esses percentuais mostram duas coisas: primeiro, que o dólar continua dominante, em um patamar muito superior ao das outras moedas de reserva; segundo, que há uma contínua, embora lenta, busca por algum grau de diversificação.
Os maiores “caixões” de reservas
Alguns países têm reservas impressionantes, tanto em seus totais globais (que incluem ouro, moedas estrangeiras, direitos especiais de saque — SDRs — etc.) quanto nas reservas líquidas de câmbio. Aqui os dados mais recentes:
Em resumo, mesmo que o dólar apresente momentos de enfraquecimento diante de políticas monetárias mais flexíveis ou da busca de diversificação por parte de alguns países, sua posição como principal moeda de reserva do mundo permanece inabalada. A enorme participação nas reservas internacionais, a profundidade do mercado financeiro americano e a confiança institucional dos Estados Unidos sustentam o papel do dólar como eixo central do sistema financeiro global. Assim, o que se vê não é um processo de substituição, mas sim de ajustes marginais. O dólar continua sendo, em essência, a âncora que dá equilíbrio aos fluxos de capital e o porto seguro ao qual investidores e nações recorrem quando a incerteza domina os mercados.