Bitcoin supera US$ 117 mil em meio à paralisação nos EUA e otimismo com "Uptober"
Investing.com -- Na terça-feira, 30 de setembro, o mercado de criptomoedas mostrou sinais de cautela, refletindo o clima de incerteza global diante da iminente paralisação do governo dos Estados Unidos. O Bitcoin operava em leve queda, ainda sustentado pela faixa dos US$ 114 mil, mas sem força para romper resistências relevantes. O ambiente geopolítico e regulatório mantém o tom defensivo dos investidores, que preferem aguardar definições antes de aumentar exposição. O movimento ocorre após um setembro volátil, mas que, historicamente, costuma anteceder períodos de valorização no quarto trimestre.
Por volta das 17h15 (horário de Brasília), os dados da Binance mostravam o Bitcoin cotado a US$ 114.219,5, em queda marginal de 0,05% no dia. O Ethereum recuava 1,49%, negociado a US$ 4.157,37, enquanto a Solana registrava baixa mais acentuada de 2,58%, a US$ 208,89. A correção atingia a maioria dos principais tokens, em linha com o desempenho misto visto em outras classes de ativos globais. O movimento reforça a ausência de fluxo consistente para além das criptos de maior capitalização.
O fator dominante no radar segue sendo o impasse fiscal nos Estados Unidos, que ameaça paralisar atividades governamentais e atrasar dados macroeconômicos cruciais, como o Payroll e o CPI. Analistas alertam que uma interrupção prolongada pode complicar a leitura do Federal Reserve sobre o rumo da política monetária, adicionando volatilidade aos mercados. Ao mesmo tempo, incertezas sobre o avanço de legislações relacionadas a criptoativos no Congresso norte-americano pesam sobre o sentimento de curto prazo. Esse contexto de “espera” limita a tomada de risco e reforça a tendência de consolidação.
Diante disso, investidores têm mostrado postura prudente, com menor apetite por alavancagem e foco em ativos mais líquidos. O volume negociado segue estável, mas sem sinais de euforia, o que aponta para uma fase de acumulação lateralizada. A dominância do Bitcoin reforça sua posição como referência, enquanto altcoins de menor porte sofrem mais com as correções. A expectativa agora é que a resolução da questão fiscal nos EUA e os próximos indicadores econômicos definam o fôlego do mercado no início de outubro.
"No balanço geral, setembro deixou claro dois pontos: o protagonismo dos fluxos institucionais como principal força de sustentação do setor e a forte dependência das criptomoedas em relação às decisões de política monetária do Fed. A combinação desses fatores explica a volatilidade do mês e deve continuar guiando os rumos do mercado no curto prazo. A virada aconteceu na segunda metade do mês. O anúncio de redução de 0,25 ponto percentual nos juros americanos não foi suficiente para manter a tendência positiva. As declarações cautelosas do Federal Reserve pesaram sobre o mercado, enquanto os ETFs passaram a registrar saídas relevantes, incluindo movimentos de retirada bilionários em apenas um dia. O resultado foi um enfraquecimento da recuperação e uma volta à consolidação em patamares próximos de US$112 mil", explicou Sarah Uska, analista de criptoativos do Bitybank.
"O Bitcoin mantém estrutura técnica positiva, consolidando-se acima das médias e testando resistências históricas, enquanto o ambiente institucional e a inovação seguem como grandes motores de médio prazo. Com volume negociado de US$ 59,02 bilhões nas últimas 24h (queda de -5,48%), observa-se leve arrefecimento no curto prazo. Porém, o Bitcoin domina 58,31% do valor de mercado total das criptomoedas, reforçando seu papel central. A oferta circulante já soma 19,93 milhões de BTC de um máximo de 21 milhões, restringindo gradualmente a liquidez disponível", analisou o WarrenAI.
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