Os preços do boi gordo seguem enfraquecidos no mercado paulista. Nesta parcial de maio (até o dia 9), o Indicador do boi CEPEA/B3 registra média de R$ 268,77, sendo 6% inferior à de abril/22 e 14% abaixo da de maio do ano passado, em termos reais. Segundo pesquisadores do Cepea, além da recuperação na oferta de animais nestes anos recentes, a suspensão dos envios de carne bovina à China entre fevereiro e março deste ano alongou as escalas de muitos frigoríficos. Quanto ao pecuarista, com a chegada do outono, as condições das pastagens começam a ficar desfavoráveis, o que já tem levado pecuaristas a elevar a oferta de animais. Agentes consultados pelo Cepea indicam que a atual tendência de queda nos preços do boi pode ser amenizada pelas exportações da proteína, que, neste mês, vêm apresentando desempenho intenso. Segundo dados da Secex, foram escoadas 42,809 mil toneladas de carne bovina na primeira semana de maio. A média diária de embarques está em 10,702 mil toneladas, contra 6,9 mil toneladas em maio do ano passado. Caso esse ritmo diário se mantenha até o encerramento deste mês, o Brasil pode exportar mais de 230 mil toneladas, o que seria um recorde.
SUÍNOS: VALORES SEGUEM EM ALTA NO MERCADO INTERNO
Os preços do suíno vivo seguem em alta nestas primeiras semanas de maio em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. Segundo pesquisadores, a sustentação vem especialmente do típico aquecimento da demanda doméstica em início de mês. Quanto às vendas externas, em abril, apesar de o volume de proteína suína escoado pelo Brasil ter recuado em relação ao mês anterior, foi recorde para o mês, considerando-se toda a série histórica da Secex, iniciada em 1997. Dados da Secex mostram que, em abril, 103,4 mil toneladas de carne suína foram embarcadas pelo Brasil, quantidade 2,3% inferior à de março – devido ao menor número de dias úteis no mês –, mas 17% acima da registrada em abril de 2022.