Os preços do café arábica oscilaram com certa força nos últimos dias. Segundo pesquisadores do Cepea, a onda de frio que atingiu as lavouras desta variedade nas regiões de Mogiana Paulista e do Cerrado Mineiro trouxe apreensão entre agentes do mercado, contexto que resultou em alta nos valores do grão no começo da semana passada. No entanto, à medida que as temperaturas foram subindo, a possibilidade de novas geadas foi descartada, e as cotações passaram a cair, também conforme levantamentos do Cepea. De qualquer forma, preocupações relacionadas à oferta mundial apertada voltaram a impulsionar os valores mais ao final da semana.
ARROZ: Indicador segue na casa dos R$ 117
Os preços do arroz em casca seguem firmes no mercado do Rio Grande do Sul, sustentados principalmente pela demanda de outros estados, como São Paulo, Santa Catarina e Goiás. Segundo pesquisadores do Cepea, no geral, a “queda de braço” entre compradores e vendedores continua limitando as comercializações no spot bem como, variações expressivas nas cotações. A média do Indicador CEPEA/IRGA-RS (58% de grãos inteiros, com pagamento à vista) vem se mantendo na casa dos R$ 117/saca de 50 kg. De um lado, produtores seguem relativamente retraídos para novas negociações, mas atentos às necessidades de caixa diante da proximidade de vencimentos de custeio, ainda conforme pesquisadores do Cepea. Indústrias, por sua vez, permanecem focadas na paridade de importação, em processo de ajuste também após as grandes variações de preços no atacado nos meses anteriores.
ALGODÃO: Pluma fecha abaixo dos R$ 4/lb
Levantamento do Cepea mostra que os preços do algodão em pluma estão em queda e já operam abaixo dos R$ 4 por libra-peso, o que não era observado desde o final de julho. Segundo pesquisadores do Cepea, a maior disponibilidade interna e os enfraquecimentos das cotações externas e da paridade de exportação são os fatores de pressão. Ainda conforme pesquisadores do Cepea, a liquidez no spot continua sendo limitada pelos desacordos quanto a preço e/ou qualidade dos lotes disponibilizados. Além disso, com boa parte da safra 2023/24 comprometida, cotonicultores seguem focados no cumprimento de contratos a termo.