Seguro morreu de velho
Contra tudo e contra todos, aconteceu. Valeu ou não valeu a pena tanto bater na tecla dos seguros por aqui?
Enquanto, neste espaço, transmiti a ideia geral, não faltaram recomendações concretas em diversos dos produtos da Empiricus. Merece destaque a ideia do Felipe no Palavra do Estrategista de 26/10/2016:
Não se trata — e nunca se tratou — de qualquer pretensão de prever o futuro: não temos bola de cristal e, ao contrário de outros por aí, não fingimos ter. Nossa busca é, sempre foi e sempre será por assimetrias.
E continuaremos assim.
Cancelaram o “Apocalipse Now”
Cheguei a ver bolsas americanas em alta mais cedo. No momento em que escrevo estas linhas, ligeira baixa. Nada, nem de longe, semelhante ao “previsto” por 11 em cada 10 “formadores de opinião”.
Leitura, ainda que preliminar, é de que tom de Trump no discurso da vitória já aponta para postura mais moderada na presidência.
A única catástrofe, até aqui, foi nas redações dos principais jornais de lá e daqui. Não é por acaso que essa indústria está em crise…
Como disse ainda ontem: há uma batalha pela sua atenção, e a qualidade dos competidores piora a cada dia.
O que fazer? Atenha-se a seu plano, tal qual conversamos ontem.
Marcha lenta
Por aqui, o próprio governo trata de administrar expectativas com relação à retomada da economia. Quem sinaliza que retomada pode ficar para o segundo semestre de 2017, agora, é o próprio Temer.
O último Focus traz mediana crescimento de PIB em 2017 de 1,2 por cento. Talvez seja mesmo por aí — quiçá até menos. Já havíamos aventado essa possibilidade por aqui, ressalto, com base nas impressões que colhemos de nossas conversas com empresas.
Seguimos na direção certa, mas a passo mais lento. Não chega a ser grande problema, exceto para cases que subiram muito cedo na expectativa de retomada mais intensa.
Enquanto isso...
Enquanto todos olham para o macro global, vale atenção no IPCA de outubro, divulgado na manhã de hoje.
Em termos absolutos, ritmo de alta dos preços nos últimos 12 meses recuou de 7,03 para 6,86 por cento. Destaque importante para sinais de que serviços estão perdendo força - ponto de atenção de Goldfajn. Nova redução de preços de combustíveis por parte de Petrobras (SA:PETR4), mesmo que não chegue toda ao consumidor final, também há de colaborar com desinflação.
Pode, logo mais, voltar a discussão em torno do ritmo de corte dos juros por aqui. Seguem boas as perspectivas para os prefixados longos. Aproveite.
Legitimidade
Mais importante do que o acompanhamento do dia-a-dia dos mercados é pensar — e agir — com foco no longo prazo.
Hoje nosso CEO Caio Mesquita está em Brasília, para entregar as assinaturas que colhemos em apoio ao projeto da PEC 241.
160 mil indivíduos subscrevem nosso documento — sem cooptar sindicatos nem conselhos profissionais, sem ator global descolado fazendo propaganda: só no gogó. É mole?
E pensar que houve quem me escrevesse alegando que “não temos legitimidade” para falar em nome.