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Carros Elétricos Estão Cada Vez Mais Convencionais

Publicado 16.02.2022, 13:19

Caro leitor,

No último domingo, tivemos a grande final da liga profissional de futebol americano, o Super Bowl LVI.

Na disputa para saber quem seria o melhor time da temporada, quem levou a melhor foi o Los Angeles Rams, que venceu o Cincinnati Bengals nos minutos finais por 23 a 20, conquistando pela segunda vez o campeonato mais popular na terra do Tio Sam.

Para ter uma ideia da dimensão do negócio, a audiência média (considerando tanto TV como serviço de streaming) foi de 112,3 milhões de espectadores, ficando atrás apenas da final de 2015, quando ultrapassou a marca de 114 milhões — a vitória do New England Patriots sobre o Seattle Seahawks é, até hoje, o evento mais assistido da história da TV americana.

Não à toa, as empresas veem no jogo uma oportunidade única de colocar as suas marcas em evidência, buscando espaços de propaganda para divulgar seus produtos e serviços.

Mas isso não é nem um pouco barato: para obter 30 segundos de tempo de TV neste ano, os anunciantes teriam que estar dispostos a pagar a bagatela de US$ 6,5 milhões, um recorde. Como comparação, o mesmo tempo para publicidade em horário nobre com abrangência nacional custa em média US$ 115 mil, de acordo com dados da Nielsen Media Research.

Ou seja, aqueles que decidiram abrir a carteira para se expor a milhares de potenciais consumidores têm que estar muito convictos de que os produtos e serviços mostrados são relevantes para seus negócios. Nesse quesito, a indústria automobilística chamou atenção.

Dos sete modelos anunciados no domingo, seis eram de veículos elétricos. Apesar do domínio de marcas conhecidas, como GM, Toyota e Kia, até mesmo a startup Polestar aproveitou a onda para apresentar seu novo modelo Polestar 2 ao grande público.

E não estamos falando de produções simples, apenas mostrando o veículo e suas especificidades. A BMW contratou nada mais, nada menos do que as estrelas globais Arnold Schwarzenegger e Salma Hayek para divulgar o seu modelo iX.

Apesar desses gastos enormes com publicidade, a participação desses modelos ainda é pequena em relação ao mercado total. Segundo a consultoria Canalys, em 2021 apenas 9% do total de veículos de passageiros no mundo inteiro eram elétricos.

Só que é possível ver o interesse cada vez maior dos usuários por esse tipo de veículo. No ano passado, foram vendidos 6,5 milhões de veículos elétricos e híbridos, um crescimento de 109% na comparação com 2020. Já o mercado global de carros de passeio apresentou um aumento de apenas 4% em relação ao ano anterior.

Analisando por regiões, entretanto, os Estados Unidos ainda estão muito distantes dos mercados chinês e europeu. Enquanto no gigante asiático foram vendidos 3,2 milhões de veículos elétricos no ano passado e na Europa, 2,3 milhões, as vendas nos EUA foram de somente 535 mil unidades — ou 4% dos novos carros vendidos em 2021.

A Tesla (NASDAQ:TSLA) (SA:TSLA34), do bilionário Elon Musk, segue sendo a principal empresa do segmento, representando cerca de 60% das vendas nos EUA e com uma participação de 14% no mercado global. Em segundo lugar vem a alemã Volkswagen (DE:VOWG), com um market share de 12%.

Só que a dinâmica atual dos mercados, em que vem aumentando semana após semana a expectativa para a taxa de juros americana, vem punindo principalmente essas empresas de alto crescimento como a Tesla — não à toa, as ações da companhia se desvalorizam cerca de 25% desde suas máximas, e ainda assim estão sendo negociadas por um múltiplo Preço/Lucro muito acima do mercado.

Por outro lado, as empresas centenárias do setor ainda precisam adaptar as suas linhas de produção e cadeias de suprimentos para conseguirem entregar as promessas de terem a grande parte (se não a totalidade) de seus negócios provenientes de veículos elétricos. Mesmo que algumas dessas companhias estejam muito baratas no mercado em termos de múltiplo, o ponto aqui é saber quanto tempo demorarão para conseguir entregar resultados satisfatórios para seus acionistas.

Neste caso, acho que seja válido apostar no desenvolvimento desse mercado de maneira diversificada, reduzindo o potencial de ganho, mas também diminuindo drasticamente o risco. Uma forma é por meio do Global X Lithium & Battery Tech ETF (NYSE:LIT) , no qual o investidor terá acesso a mais de 40 empresas que atuam no setor, desde a mineração e o refino de lítio até a produção da bateria, primordial para que essa tecnologia seja cada vez mais acessível.

Ainda que demore um pouco para que isso pegue no tranco aqui no Brasil, você não precisa esperar para posicionar o seu portfólio para essa tecnologia, que tem ficado cada vez mais convencional mundo afora.

Um abraço

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