China e EUA colaboram para impulsionar desempenho das exportações de carne bovina

Publicado 25.11.2025, 11:52

De janeiro a outubro, o Brasil exportou 2,5 milhões de toneladas de carne bovina in natura, volume 16,6% maior que no mesmo período de 2024. O faturamento total no período alcançou US$ 13,1 bilhões, representando um crescimento de 37,7% na comparação anual.

Como resultado, houve uma alta de 18,1% no valor médio da tonelada exportada, que totalizando US$ 5,32 mil. 

Até a terceira semana de novembro, foram exportadas 238,2 mil toneladas, volume 4,4% superior ao registrado em novembro de 2024. A média diária ficou em 17,0 mil toneladas, aumento de 41,7% na comparação anual.

Entre os principais destinos da carne bovina brasileira em 2025 estão China, Estados Unidos, México, Chile e Filipinas.

China

A China segue como o principal destino da carne bovina brasileira. Em 2025, o país importou 1,3 milhão de toneladas, o equivalente a 53,6% de todo o volume exportado pelo Brasil, um aumento de 21,8% em relação a 2024.

Somente em outubro, foram enviadas 187,3 mil toneladas, o maior volume já exportado para o país em um único mês. Nunca a China comprou tanto quanto neste ano.

O faturamento total aumentou 45,9% em 2025 em relação ao ano anterior, totalizando US$ 7,06 bilhões, com avanço de 19,8% no valor médio da tonelada, que chegou a US$ 5,33 mil.

Os principais estados exportadores, de janeiro a outubro, para o mercado chinês foram Mato Grosso, responsável por 24,1% do total enviado, e São Paulo, com 23,4%.

Estados Unidos

Os EUA começaram o ano com forte ritmo nas importações de carne bovina brasileira. Em abril, o país comprou 44,2 mil toneladas, o maior volume já enviado em um único mês.

De janeiro a junho, o Brasil exportou 156,5 mil toneladas de carne bovina in natura para os EUA, volume 131,8% maior que no mesmo período do ano anterior. Entretanto, em julho, o presidente Donald Trump anunciou uma tarifa de 50% sobre as importações brasileiras, incluindo a carne bovina.

Figura 1. Volume de carne bovina in natura enviada para os EUA, em mil toneladas

Gráfico, Gráfico de linhas

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Fonte: IBGE/ HN AGRO

Mesmo assim, devido à fase atual do ciclo pecuário norte-americano, marcada por menor oferta de animais terminados e, consequentemente, menor disponibilidade de carne bovina no mercado interno, colaborou para que o país continuasse entre os principais compradores do produto brasileiro.

De julho a outubro, foram exportadas 37,7 mil toneladas, apesar da queda de 49,5% em relação ao mesmo período de 2024, os EUA foram o sexto principal destino da carne bovina brasileira no período.

Considerações finais

No dia 21 de novembro de 2025, os EUA retiraram a tarifa de 40% sobre alguns produtos brasileiros, incluindo a carne bovina. Com isso, espera-se que, nos próximos meses, os volumes importados pelo país retornem a níveis próximos aos observados antes da medida.

A decisão ocorre justamente em um período em que, historicamente, há uma redução das compras chinesas após o comportamento associado ao abastecimento para o Ano Novo Chinês, quando o país costuma intensificar as importações entre setembro e novembro.

Embora o volume comprado pelos EUA não deva se equiparar ao adquirido pela China, a retomada das compras norte-americanas deve contribuir para manter as exportações brasileiras em ritmo aquecido.

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