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Cinco Maiores Riscos para o Mercado de Câmbio Nesta Semana

Publicado 12.11.2019, 10:02
Atualizado 02.09.2020, 03:05
USD/BRL
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Kathy Lien, diretora executiva de estratégia de câmbio da BK Asset Management

A segunda-feira iniciou de forma lenta uma semana agitada para o mercado de câmbio. O mercado de títulos dos EUA estava fechado por causa do Dia dos Veteranos, mas o mercado acionário estava aberto, permitindo que as ações continuassem sendo negociadas nas máximas históricas. A realização de lucro no feriado não foi a única razão para o declínio do mercado: o humor com o comércio azedou novamente depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que não havia tomado uma decisão quanto à remoção das tarifas sobre produtos chineses. No fim de semana, seus comentários contraditórios continuaram, quando o presidente declarou que as tratativas estavam avançando “muito bem”, mas os EUA só fechariam um acordo com a China se fosse adequado aos americanos. Peter Navarro, diretor de comércio, também declarou que a remoção de tarifas não faria parte da primeira fase do acordo comercial. Em suma, as manchetes positivas da semana passada criaram um falso otimismo nos mercados. No atual estágio, poucos investidores devem estar surpresos com o fato de que as idas e vindas dos eventos comerciais ainda são o maior risco no mercado de câmbio nesta semana.

Além do comércio, estes são os cinco maiores riscos para as moedas:

  1. Depoimento semestral do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, ao congresso americano sobre a política econômica e monetária (quarta-feira);
  2. Pronunciamento do presidente dos EUA, Donald Trump, no Clube Econômico de NY (terça-feira) e constante foco no comércio;
  3. Decisão de taxa de juros do Banco Central da Nova Zelândia (quarta-feira, horário local);
  4. Relatório de emprego na Austrália (quinta-feira, horário local);
  5. Vendas no varejo dos EUA (sexta-feira).

Além de tudo isso, o mercado está em alerta para uma decisão sobre as tarifas norte-americanas sobre automóveis europeus. A expectativa dos europeus é que elas não serão impostas, mas, quando se trata de decisões de Trump, nunca se sabe.

O depoimento semestral do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, ao congresso americano é um dos eventos mais importantes desta semana, mas Powell não será o único banqueiro central a se pronunciar. Temos eventos agendados para praticamente todos os formuladores da política monetária nos EUA, que também devem se pronunciar sobre a economia. Não é segredo que, após três rodadas de afrouxamento neste ano, o Federal Reserve não realizará mais cortes em dezembro. Powell também deixou claro, no mês passado, que o último movimento foi preventivo, uma mensagem que esperamos seja ecoada pelos formuladores da política monetária norte-americana ao longo desta semana. Também ouviremos Jens Weidmann, governador do Bundesbank; Adrian Orr, governador do banco central da Nova Zelândia; Stephen Poloz, governador do Banco do Canadá; Michele Bullock e Guy Debelle, governadora assistente e vice-governador do banco central da Austrália, respectivamente.

As moedas que apresentaram o melhor desempenho nesta segunda-feira foram a libra esterlina e o dólar neozelandês. Apesar de o PIB do Reino Unido ter ficado aquém das expectativas, assim como os números de comércio e produção industrial, a libra esterlina saltou depois que Nigel Farage declarou que o partido do Brexit não contestaria os assentos vencidos pelos conservadores na última eleição. Trata-se de uma excelente notícia para Boris Johnson, primeiro-ministro britânico, que agora tem uma chance muito maior de vender a eleição de dezembro. A vitória não está garantida, pois pode ser que não se forme maioria absoluta no parlamento, mas esse anúncio conseguiu ofuscar completamente os dados mais fracos desta semana. Dito isso, os últimos números refletem o impacto negativo do Brexit. O crescimento do PIB foi menor do que o esperado no terceiro trimestre e desacelerou na comparação ano a ano. A produção industrial continuou caindo, e o déficit na balança comercial aumentou mais do que o esperado. Os números do mercado de trabalho do Reino Unido devem ser divulgados hoje, e o risco é de queda após os PMIs registrarem um crescimento mais fraco no emprego dos setores de manufatura e serviços.

Economistas esperam que o Banco Central da Nova Zelândia (RBNZ) reduza as taxas de juros na quarta-feira, mas o mercado está precificando apenas uma chance de 60% de flexibilização. De qualquer forma, acreditamos que o dólar neozelandês deve se desvalorizar antes do anúncio da política monetária, mas a moeda subiu forte ontem depois que o banco central do país recomendou a manutenção das taxas de juros. Acreditamos que, mesmo que o RBNZ deixe as taxas inalteradas, a incerteza vigente na região deve manter o sentimento “dovish” na instituição, e o risco para o NZD é de queda.

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