ARROZ:
Com o lento avanço da colheita, a disponibilidade de arroz em casca esteve baixa e o preço da saca no Rio Grande do Sul seguiu firme nos últimos dias. Na terça-feira, 19, o Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros, fechou a R$ 39,55/sc de 50 kg, ligeira queda de 0,13% no acumulado parcial deste mês – o Indicador está na casa dos R$ 39/1sc há um mês.
Segundo pesquisadores do Cepea, do lado vendedor, orizicultores seguiram retraídos, aguardando valorização do arroz em casca para voltar a negociar. Quanto à colheita, as chuvas, além de retardarem o andamento das atividades em todas as regiões do estado, também prejudicam os carregamentos dos lotes já negociados.
ALGODÃO: Com demanda firme e baixa oferta, preço sobe quase 6% no mês
As cotações do algodão em pluma seguem em alta, retomando o patamar de meados de fevereiro/16. De acordo com pesquisadores do Cepea, a sustentação vem da demanda firme e da menor disponibilidade do produto. No acumulado deste mês (até o dia 19), o Indicador CEPEA/ESALQ com pagamento em 8 dias já subiu 5,71%.
Indústrias têm procurado lotes especialmente de boa qualidade, enquanto vendedores seguem firmes nos preços pedidos. No campo, atentos à falta de chuva em várias localidades do Centro-Oeste e Nordeste, cotonicultores estão preocupados com impactos na safra 2015/16, tanto em volume quanto em qualidade.
OVOS: Descartes e calor reduzem oferta e valores voltam a subir
Os preços dos ovos voltaram a subir na última semana após as quedas registradas entre o fim de março e o início de abril. Na região de Bastos (SP), principal produtora do País, os avicultores têm conseguido descartar as galinhas mais velhas, mesmo com os valores do animal sendo considerados baixos.
Nesse cenário, a oferta de ovos tipo extra e jumbo foi ajustada. Entre 12 e 19 de abril, a cotação do ovo tipo extra, branco, a retirar em Bastos, teve alta de 5,7% passando para R$ 77,97/cx nessa terça-feira, 19. O ovo vermelho, a retirar na região de Bastos, se valorizou 5,07% na mesma comparação, passando para R$ 87,82/cx nessa terça.
Pesquisadores do Cepea indicam que o forte calor dos últimos dias, principalmente no estado de São Paulo, limita ainda mais a oferta de ovos maiores, já que a temperatura elevada tende a reduzir o consumo de ração e aumentar o de água pelas poedeiras, o que diminui o tamanho dos ovos e compromete a qualidade do produto.