Caro(a) Trader
Apesar dos indicadores de PIB na Europa, Brasil e Japão e balança comercial chinesa divulgados na terça-feira, o mercado estava mesmo aguardando o ADP, divulgado nesta quarta, para dar uma movimentada. O ADP mostrou potencial do número do payroll na sexta vir forte e ajudou a aumentar as apostas na elevação dos juros na reunião do FOMC na semana que vem. Claro que é preciso ainda aguardar a divulgação do nonfarm payroll nesta sexta para ver se não teremos surpresas. Semana que vem, também será recheada de indicadores, com dados importantes na Alemanha, França, Reino Unido, Europa, China e Estados Unidos. Pode ser interessante conferir a agenda econômica. O ponto alto da semana poderá ser a divulgação da taxa-alvo de fundos do Fed, decidido na reunião do FOMC, mas importante até do que a taxa em si, poderão ser as indicações se haverá mais de três aumentos de juros nos EUA este ano. O payroll desta sexta poderá balizar muito a força da decisão de quarta que vem.
Hoje, daremos uma olhada no que aconteceu com o Milho desde o dia 10/02 quando escrevi no artigo:
“O milho está em tendência de alta iniciado no fundo formado na região do US$ 312,00. Tracei em vermelho um canal desta tendência, desde o fundo, e os preços tem feito o zig zag acima do limite inferior do canal. No momento atual, suas cotações se aproximam do limite superior. Não há sugestões de entrada de compra nestes patamares. Caso houver uma correção e acreditar-se na continuidade da tendência, a região de preços acima do limite inferior e acima do suporte na região dos US$ 355,00, indicado pela seta amarela, poderá ser um ponto de entrada. O primeiro ponto de stop poderá ser no mesmo suporte, dos US$ 355,00. Observar que, se a correção acontecer sem romper a região dos US$ 370,50, poderá indicar um cansaço da tendência com a formação de um topo duplo.”
Observar que, naquele dia, falávamos do contrato de milho com vencimento em março. Agora, já estamos sobre o contrato de maio. O racional da tendência permance o mesmo, porém os patamares de preço são diferentes. No gráfico, a primeira seta amarela da esquerda para a direita indica o dia da última análise, 10/02. A segunda seta mostra o dia 27/02, que foi o dia de vencimento do contrato de março e último para rolagem. Observar que, entre estas datas, se configurou uma zona de suporte importante, indicada entre as duas linhas pontilhadas, região de US$ 367,50 a US$ 366,50. Acima destes valores, poderemos ter diferentes possibilidades para quem acredita na continuação da alta dos preços. Primeira possibilidade de entrada pode ser algum candle de alta indicando um pivô, podendo o stop ficar abaixo da mínima deste candle ou no suporte indicado. O ideal pode ser filtrar a entrada usando um gráfico de 60 minutos, onde a tendência pode se inverter para alta no curto prazo. Outra possibilidade é o teste do suporte, se respeitar, pode se dar entrada, indicado pelo primeiro sinal de “check” da esquerda para direita. E uma terceira possibilidade pode ser quando se aproximar da linha inferior vermelha do canal de alta, indicado pelo segundo sinal de “check”. Esta última possibilidade pode ser a mais forte, por ter o suporte e a linha como barreira para baixo e, se mantiver a configuração, a média de 72 períodos que está na cor laranja no gráfico. Se perderem a linha inferior e o suporte entre US$ 367,50/US$ 366,50, os preços podem começar a azedar, buscando a próxima região de suporte nos US$ 361,50.
Até a próxima semana e bons trades.
Por Leo Felipe Senger (Equipe Youtrading)