Desde que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a nova política tarifária em 2 de abril — apelidada por ele de “Dia da Libertação” — o Bitcoin tem sido o ativo com melhor desempenho, tanto em termos absolutos quanto relativos, quando comparado aos principais mercados globais. Considerando os dados até o fechamento da última sexta-feira (6 de junho), a criptomoeda superou amplamente os demais ativos rastreados por um conjunto de ETFs. O dólar norte-americano, por outro lado, teve desempenho negativo e figura como o pior da lista.
O ETF iShares Bitcoin Trust (NASDAQ:IBIT) acumula alta próxima de 20% desde o início de abril, bem à frente do segundo melhor resultado — ações de mercados desenvolvidos fora dos EUA (VEA), que avançaram 10%. Já o ouro (GLD) teve valorização em torno de 6%, enquanto o dólar (UUP) recuou mais de 3% no período em que os EUA implementaram a mudança drástica em sua política comercial.
As ações americanas (VTI) mostram desempenho intermediário, com alta de 6,2% desde o chamado “Dia da Libertação”, enquanto um portfólio de títulos públicos dos EUA de médio prazo (IEF) teve queda de 1,2%.
Autoridades dos Estados Unidos e da China se reúnem hoje em Londres para discutir divergências ainda pendentes após o anúncio de um acordo preliminar no mês passado, que ajudou a reduzir as tensões comerciais entre os dois países. Embora não se espere um avanço decisivo, o simples fato de haver diálogo já é visto como um sinal positivo para o humor dos mercados nesta semana. No entanto, os riscos de longo prazo permanecem elevados e os desdobramentos ainda são imprevisíveis.
“Estados Unidos e China estão travando, neste momento, uma batalha existencial,” afirmou Rebecca Harding, CEO do Centre for Economic Security, em entrevista à CNBC. “Vai muito além de comércio ou das negociações em curso. Trata-se de como cada país conduz sua economia. Isso está apenas começando e, na prática, é uma disputa pela hegemonia no século XXI.”
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