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Dia das Crianças: Como pensar no futuro financeiro dos filhos?

Publicado 13.10.2023, 10:00
SEER3
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Ser (BVMF:SEER3) mãe ou pai é realmente algo mágico na vida de um ser humano. Respeito quem opta por não ter filhos. Em um mundo cada vez mais desafiador, especialmente em questões materiais, é preciso ter alguns cuidados específicos e nem todos estão preparados para esta jornada. 

Um deles, sem dúvidas, diz respeito à questão da educação financeira e da relação com o dinheiro. 

Há poucos dias, iniciei uma nova jornada como mãe. Eu já tinha a Mariah e há poucos dias nasceu o Bernardo. Neste exato momento estou de licença maternidade cuidando do pequeno e refletindo sobre o futuro de ambos. 

Sem dúvidas, para mães e pais, pensar sobre as finanças dos filhos não é apenas sobre economizar dinheiro, mas também diz respeito ao cidadão que está sendo formado. 

Uma pessoa que tem conhecimento sobre investimentos consegue entender as dinâmicas de mercado, formação de preços, geração de empregos e da importância de um trabalho bem realizado. 

Ela aprende, em outras palavras, que dinheiro não dá em árvore. 

Mas não só. 

A boa relação com as finanças faz com que o indivíduo tenha um melhor funcionamento da vida pessoal e profissional uma vez que a estabilidade financeira ajuda a diminuir os níveis de estresse por alto endividamento ou outros problemas relacionados. 

Em 2022, pesquisadores de Harvard concluíram um estudo que revelou quais são os sete caminhos da felicidade. De acordo com a pesquisa, os elementos incluem espiritualidade, contato com coisas novas, dedicação a outras pessoas, exercícios físicos, positividade e álcool sem exageros. 

Mas, uma pesquisadora brasileira sobre a qual já falei neste espaço, Chrystina Barros, defende a tese de que o aspecto econômico é a base de todo o resto. 

De fato, a ideia defendida faz todo sentido ao dizer que as pessoas precisam ter algumas necessidades básicas atendidas para alcançar a felicidade, tais como moradia, educação, mobilidade, segurança e lazer. 

Repare que todas elas envolvem uma boa relação da família com o dinheiro. E isso, sem dúvidas, deveria começar bem cedo na vida das crianças, o que não se via até pouco tempo. 

Contudo, nos últimos dez anos, temos visto esta realidade mudar. 

Neste sentido, vale deixar algumas dicas para mães e pais que vieram de uma cultura familiar não necessariamente saudável com o dinheiro, mas que ainda assim desejam quebrar o ciclo negativo. 

O primeiro passo é conversar e trazer a questão financeira para a realidade da criança. Crie o hábito de falar sobre investimentos e negócios, dê bons exemplos e se mostre disponível para falar sobre este e quaisquer outros assuntos. 

Aqui é preciso observar a idade do pequeno. Aos quatro anos, talvez uma brincadeira simples de “Dono de Restaurante” que faz a comida e cobra o cliente seja a mais adequada. 

Caso seja mais velho, ali por volta dos dez anos, a explicação sobre como as empresas nascem, crescem e lucram, com exemplos na própria bolsa de valores, podem ser interessantes. 

Em todo o caso, é preciso ter criatividade e disponibilidade para a criança. 

Outra dica é falar sobre sonhos e objetivos. Um brinquedo do desejo do seu filho, seja uma bicicleta, uma boneca ou um vídeo game, pode ser usado como exemplo para que ele aprenda a conquistar coisas na vida. 

Dê pequenas tarefas e as remunere de acordo com a evolução da atividade em questão. Coloque um tempo para que aquela meta seja alcançada e, claro, tente fazer isso da forma mais lúdica possível. 

Falar de números e negócios nem sempre é do interesse dos pequenos e precisamos nos lembrar disso. 

Vale ressaltar que atividades remuneradas devem ser secundárias. Lição de casa, arrumar a cama, o quarto e outras obrigações não devem entrar nos acordos uma vez que isso pode gerar uma dinâmica negativa dentro da família por razões óbvias.  

Por fim, como eu disse mais acima, nada educa mais do que os exemplos, sejam eles bons ou ruins. 

Uma família que conversa sobre economia e investimentos, planeja seus próximos passos com responsabilidade, sem dúvidas, estará educando pessoas que vão gerar muito valor para a nossa sociedade. 

É preciso pensar a partir do micro: qual tipo de ser humano eu estou criando para o mundo?

Pense nisso e até a próxima!

Bons negócios!

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