- Resultados do 4T2021 fiscal serão divulgados na quarta-feira, 10 de novembro, após o fechamento do mercado;
- Expectativa de receita: US$18,82B;
- Expectativa de lucro por ação: US$0,52
Está ficando difícil para a maior empresa de entretenimento do mundo impressionar os investidores. Neste ano, apesar da reabertura dos seus parques temáticos e cinemas após os bloqueios provocados pela pandemia, em 2020, as ações da Walt Disney Company (NYSE:DIS) (SA:DISB34) estão performando mal.
O que está pesando sobre a ação é a desaceleração do crescimento do seu serviço de streaming de vídeo, que concorre diretamente com a Netflix (NASDAQ:NFLX) (SA:NFLX34).
Ontem, a DIS fechou a US$175,11, acumulando uma queda de 1% no ano.
No mesmo período, a Netflix se valorizou mais de 25%. O serviço de streaming Disney+, que se tornou o principal vetor de crescimento da empresa californiana durante a pandemia, registrou forte crescimento durante os lockdowns, com seu número total de assinantes disparando para 116 milhões até o fim de julho.
Após seu lançamento em novembro de 2019, o serviço deu à empresa o impulso necessário no momento em que as vendas em seus cinemas e parques temáticos afundavam. Mas essa expansão, de acordo com o CEO Bob Chapek, não será linear, ou seja, é esperado que haja algum abrandamento quando a empresa divulgar seu último balanço hoje.
Esse período mais lento, em nossa visão, oferece uma boa oportunidade para que investidores de longo prazo acumulem ações da Disney. Com seus parques temáticos, cinemas e cruzeiros voltando a operar após as restrições da Covid-19, a Disney tem muitas alternativas para surpreender os investidores.
Retorno do crescimento de negócios tradicionais
Chapek disse aos investidores, em julho, que as reservas dos parques temáticos estavam fortes, apenas da variante Delta. A expectativa da Disney é dotar plenamente seus resorts de pessoal, após dezenas de milhares de demissões feitas em 2020. Todos os parques temáticos da Disney ao redor do mundo estão abertos, com alta no número de visitantes e gastos com atrações. A receita da divisão disparou quatro vezes durante o trimestre do verão.
Como seus negócios tradicionais estão gradativamente atingindo os níveis pré-pandemia, a unidade de vendas diretas para o consumidor da Disney, que abrange o segmento de streaming, também está reduzindo perdas. Analistas do JPMorgan disseram, em nota, que consideram possível uma surpresa de alta no longo prazo, graças à robusta oferta de conteúdo e ao lançamento de novos mercados.
A nota ressaltou que as ações da Disney podem subir com os investidores reconquistando a confiança nessa trajetória, após dois trimestres de crescimento mais lento no número de assinantes. Entretanto, uma surpresa de alta pode vir do crescimento internacional e da boa oferta de conteúdos da empresa.
Para manter os atuais assinantes contentes e trazer novos para a sua plataforma, a Disney colocou em produção dezenas de filmes e programas de televisão para o serviço. No próximo ano, a empresa continuará se expandindo para novos mercados externos que ainda não têm acesso ao Disney+.
Em nota recente aos clientes, o Wells Fargo disse que as preocupações dos investidores com a projeção de assinantes era exagerada, e a companhia ainda pode atingir sua meta de 260 milhões de assinaturas até 2024. Analistas do Goldman Sachs (NYSE:GS) (SA:GSGI34), que estão entre os mais otimistas com as ações da Disney, acreditam que o forte processo de produção de novos conteúdos originais da empresa e outras medidas proativas devem contribuir para o crescimento do número de assinantes.
Conclusão
A Disney continua sendo uma opção atraente para investidores de longo prazo, graças à posição de domínio da companhia na indústria de entretenimento.Qualquer fraqueza nas ações da Disney após a divulgação dos resultados é uma oportunidade de compra, em nossa visão, principalmente com o retorno do crescimento do setor de parques e cinemas. Além disso, a empresa se consolidou como a maior fornecedora de entretenimento por streaming, atrás apenas da Netflix.