Há algumas semanas começou, no mercado, um zumzumzum de que o setor de educação seria a próxima GRANDE oportunidade do mercado.
Sim, sempre tem alguém tentando te convencer do que ele se convenceu no mercado financeiro.
Mas os balanços do 3T18 das educacionais colocaram um freio na especulação. Números ótimos, hoje, mas captação caindo forte na maioria das companhias abertas.
Por mais que as companhias reduzam sua importância, o FIES conseguiu elevar significativamente o número de interessados no ensino superior e também, não nos esqueçamos, o ticket médio.
Como era o governo que pagava, as faculdades se sentiram empoderadas em elevar preços – e vimos os problemas que surgiram com esta estratégia.
E, reportagem do Valor, comenta como as companhias tentaram reduzir os descontos para melhorar margens mas, o resultado foi a fuga de alunos.
Resultado, guerra de preços – que significa competição ferrenha. Com competição, o natural é que a rentabilidade despenque (a mesma coisa vem acontecendo com Cielo (SA:CIEL3) – CIEL3).
Sem FIES, agora o jogo ficou muito mais difícil para as educacionais.
Pacientemente, esperamos. A 8,5x Ebitda e 10x lucros, o Investidor de Valor adora Kroton (SA:KROT3), que cai enormes -44 por cento em 2018.
Chegará o momento de voltar a olhá-la com muito mais carinho. Mas não agora. Como dizem os maiores investidores: paciência é a maior virtude do investidor.
De que informações precisamos?
Já pensou nisso?
Se você mesmo não sabe de qual informação precisa, como pode avaliar se recebeu as informações necessárias para um investimento?
Como diz Charlie Munger, sempre inverta: ao invés de olhar que informações recebe, sempre imagine quais informações gostaria de receber a priori.
Faz sentido?
E ótima reportagem do Financial Times (no Valor Econômico), comenta como muita informação é tão ruim quanto pouca informação.
Então vou lhe dizer o que olho nos resultados das empresas (genericamente):
- Rentabilidade (ROE, ROIC ou outro)
- Margem (Ebitda ou de lucro)
- Endividamento (Divida Líquida/Ebitda ou Dívida líquida/ Patrimônio)
- Ebitda e lucros e a volatilidade destes números
- Geração de caixa (ou dividendos)
- Além destes, é interessante ter números específicos da companhia (ou setor), como captação, no caso das educacionais, acima.
Inadimplência para bancos, lançamentos para incorporadoras, ...
Quando entendemos como o negócio funciona, fica claro que informações precisamos para determinar a saúde deste negócio.
Para entender as informações que você precisa, ajuda ter uma estratégia clara, uma estratégia cristalina.
E, no Investidor de Valor, sabemos o que queremos ver pois, sem o menor pudor, pegamos emprestada a estratégia do maior investidor de todos os tempos (obrigado Warren Buffett).
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