Bom dia, leitores das análises diárias do mercado de câmbio. O dólar à vista fechou o pregão de ontem cotado a R$5,6803 para venda, conforme informado pelos operadores da mesa de câmbio da corretora Getmoney.
Estavam com saudades da frase ruído fiscal? Pronto, ela voltou, ainda que não saibamos se é real, é ruído. E tá aí uma coisa que o câmbio gosta, ruído, especulação, expectativa, incerteza. O pregão até que estava calmo, mas na parte da tarde a coisa esquentou com uma especulação sobre um pacotão de medidas para aumentar a popularidade do presidente Lula, que pela leitura do mercado poderia impactar nos cofres públicos. Então o dólar puxou firme. Não adiantou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, desmentir o pacote e dizer que só tinha medidas para cumprir a meta fiscal a serem aprovadas pelo presidente Lula, porque o mercado não comprou essa narrativa.
Dados reais são que o varejo está indo bem e o PIB do primeiro trimestre deve vir mais alto. A atividade econômica forte pressiona a inflação e dá argumentos para que a taxa de juros fique alta por mais tempo. Analisando o cenário sob a perspectiva do carry trade (diferencial de juros), o real estava performando bem. Nos EUA, os treasuries caíram devido à divulgação de dados fracos da indústria e do varejo, mas isso não foi suficiente para segurar o dólar, o ruído fiscal aqui falou mais alto.
NO calendário econômico para hoje vamos acompanhar na zona do euro, antes do mercado abrir, a balança comercial de março. Teremos ainda pronunciamento de Lane, do BCE (12:00 hrs). Aqui no Brasil sairá hoje o IGP-10 de maio (08:00 hrs). Nos EUA conheceremos as construções de casas novas de abril (9:30 hrs), expectativas de inflação e confiança do consumidor de Michigan de maio (11:00 hrs).
Bons negócios a todos, muito lucro, um final de semana abençoado e Shabat Shalom aos leitores de fé judaica.