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Governo Sem Recursos, Setor Privado Sem Motivação Para Investimentos, E Então?

Publicado 17.07.2019, 07:30
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Pois é, de repente é crescente a convicção de que a Reforma da Previdência em si tem pouco potencial para alavancar a retomada da atividade econômica!

Afinal, a evidência é que a Reforma aprovada tira o governo do roteiro do “buraco negro”, caminho da inadimplência consequente do agravamento gradual previsto da crise fiscal, mas nem de longe promove disponibilidade de recursos públicos para serem direcionados para investimentos, que, como consequência, gerariam emprego, renda e consumo.

O setor produtivo, a quem caberia então investir, não tem motivação para investimento pois detém enorme capacidade ociosa que precisa ser exaurida antes de qualquer novo aporte de recursos para reaquecer a atividade.

Em tempos idos, o governo acionaria a máquina de produzir moeda e faria os investimentos e daria tração para a retomada da atividade, mas foi exatamente isto que provocou o quadro preocupante gerador da crise fiscal atual, que para ser contornada teve como ato primeiro a Reforma da Previdência.

Então, ressalta que o cenário de momento registra um hiato paralisante, ficamos na euforia da aprovação da Reforma, mas sem consequências efetivas de impacto na economia do país, portanto, tudo permanece no mesmo lugar, só que agora com o conforto de que o governo, o país, terá atenuada a crise fiscal, mas com o desapontamento de que pouco muda na atividade econômica.

O fato é que a eloquência teórica em torno da Reforma e seus efeitos não se confirmam na prática.

Como sair deste marasmo? A solução mais plausível é a ativação imediata das privatizações por parte do governo como fonte geradora de recursos para investimentos na infraestrutura, ativando a geração de emprego e renda, que, como consequência, impulsionaria a dinamização do mercado interno e promoveria a redução acentuada da capacidade ociosa do setor produtivo, motivando-o, então, a novos investimentos.

Este contexto pontifica a perspectiva de um período com o país sem atratividade ao capital estrangeiro, mesmo com a implementação da Reforma Tributária, sendo imprescindível as privatizações para “gerarem caixa ao governo”, e este quadro, sem dúvida, terá impactos nas perspectivas para a Bovespa e para o preço do dólar no nosso mercado.

O país tem inúmeros dados benignos, tais como, inflação baixa (consequente da inércia da atividade econômica), juro baixo com viés de queda, CDS baixo referendando baixo risco, mas está sem meios de reativar a atividade econômica de imediato e as projeções postas de forma severa pelo BC e governo, além da mediana do Boletim Focus, para o 2º semestre e para o PIB do ano, acabam sendo fatores indutores ao pior cenário, tal qual a Lei de Murphy.

Desta forma, pelo menos no curtíssimo prazo não há razões fundamentadas para que a Bovespa acentue valorização sustentável, pois se a economia não deslancha não há por que as ações se valorizarem, exceto eventualmente as ligadas a commodities exportáveis cujos preços dependem do mercado internacional.

No câmbio, o país registra fluxo cambial negativo e as perspectivas não são favoráveis para que ocorra reversão deste quadro no curto prazo face à baixa atratividade já salientada e nem mesmo ao capital estrangeiro especulativo, pois a diferença de juro interno e externo inibe as operações de “carry trade”, por isso temos destacado que, embora tenhamos projetado o preço do dólar em R$ 3,75 ao final do ano, neste momento este nível de preço não é sustentável e nem razoável.

Evidentemente, não se espera subida exacerbada do preço do dólar, até porque o país é bem defendido neste quesito com suas contas externas em ordem e déficit em transações correntes equilibrada, mas, no nosso entender, galgará preço na faixa de R$ 3,80/3,90 até que o país readquira atratividade.

Este parece ser o sentimento que motiva os investidores estrangeiros a voltarem a aumentar suas posições compradas no mercado futuro de dólar.

O momento não sugere retomada de tendências sustentáveis, predominando a volatilidade, mas o viés sinaliza baixo otimismo e impõe muito comedimento na tomada de decisões operacionais.

Sem “tração” o mercado local fica à mercê do ambiente interno, com baixa sinergia com fatores externos.

Últimos comentários

Jamais foi de repente. E jamais foi e sera solucao para pais algum se desfazer da riqueza do pais em prol do equilibrio fiscal. Se fosse asssim Japao, EUA e tantos outros estariam privatizando tudo ao inves de acumular dividas em um circulo fechado que passa pelo BC PRIVADO, ou seja, em ultima instancia, cuida dos interesses dos seus proprietarios, othe seven big brothers
Fato! Como crescer sem depender de investimentos do governo. Visualizo um nicho de mercado, invisto com recursos proprios e mantenho preço compativel e conpetitivo. Porque temos que depender do estado, fonte de corrupcao desenfreada. Investir nesse paîs para quê?
Concordo, mas como diminuir o ócio, ou seja, estimular o consumo, com a taxa de desemprego ainda tão alta? A expectativa que o governo JB gerou na sociedade está atrapalhando tbm esse crescimento, pois estão esperando que ele resolva td em no máximo 6 meses e isso é inviável. Os efeitos do governo dele só terão sucesso quando chegar no chão de fábrica (população comum). Aí vejo chances de crescimento mais acelerado. Não sou economista, mas como cidadã, vejo dessa forma.
discordo em parte. A diminuição do ócio do setor produtivo já irá estimular o crescimento da economia, aumentar o PIB etc... Ao acabar com a capacidade ociosa, os investimentos irão impulsionar ainda mais e atrair capital estrangeiro.
Concordo, mas como diminuir o ócio, ou seja, estimular o consumo, com a taxa de desemprego ainda tão alta? A expectativa que o governo JB gerou na sociedade está atrapalhando tbm esse crescimento, pois estão esperando que ele resolva td em no máximo 6 meses e isso é inviável. Os efeitos do governo dele só terão sucesso quando chegar no chão de fábrica (população comum). Aí vejo chances de crescimento mais acelerado. Não sou economista, mas como cidadã, vejo dessa forma.
com uma reforma tributária que gere economia para os empresários e uma perspectiva boa para o futuro já são suficientes para estimular o investimento nas empresas visando o crescimento e diminuindo a ociosidade produtiva. O Sidnei foca muito na necessidade de investimento estatal para o crescimento da economia, como se não fosse possível as empresas impulsionarem a economia sem verbas do governo. Se fosse assim realmente seria difícil, pq o governo para ter dinheiro só no longo prazo.
Além das privatizações, recomendaria taxação de lucros e dividendos. Tem que desestimular o mercado de capitais que drenam recursos do setor produtivo.
14h da tarde ter que ler isso é fo**
ignorar que isso é importante é parte do buraco que se enfiou o Brasil.
A reforma da previdência é só uma das CORREÇÕES. Já estão falando em reforma tributária, ou seja, o governo está corrigindo o erro. Isso é sem dúvida um fato super positivo, se vai deslanchar não se sabe, porém coisas coerentes estão sendo feitas para chegar lá.
Petista falando de economia
Petista??? Você está louco!!!
Hora de esperar a bolsa desvalorizar para comprar umas ações baratas então?
Hora de esperar a bolsa desvalorizar para comprar umas ações baratas então?
sem redução de impostos, não há como esperar crescimento orgânico
sem redução de impostos, não há como esperar crescimento orgânico
Mais um excelente artigo. Feet on the ground. Parabéns professor.
Cara pessimista, não acredita no país, se mude então.
Parece bastante coerente o texto com a realidade presente. Precisamos rezar para que durante um ou dois anos não venha nenhuma tempestade financeira do exterior, ou até mesmo uma fabricada internamente, lembram-se do Itamar quando assumiu o governo de Minas em 98? Pais esta fragil num momento de fragilidade internacional, além de não ser investiment grade, mercado parece estar alavancado acima do razoável, qualquer ventania poderá ser fatal.
Em nenhum momento vi Guedes dizendo que somente a reforma da previdência faria com que o caos causado pelo pt fosse resolvido. É um passo juntamente com vários outros que irão trazer os investimentos novamente. Lembrando que o pt gastou 14 anos pata gerar 13 milhões de desempregados, destruir a economia, fazer com que bandidos tomassem conta de tudo no Brasil, que o brasileiro não pudesse sair as ruas por falta de segurança, que o bndes "sumisse" com 500 bi de acordo com o braço direito do bandido preso no PR, que Léo Pinheiro por meio de uma carta mostrasse aos brasileiros como era feita as negociatas entre bandidos, que dh ilícito era transportado na cueca, malas, etc... que empresas públicas fossem saqueadas pelos bandidos, etc... E agora o dh emprestado pelo bndes a países amigos do bandido não pagam e o brasileiro fica como? Hoje, os crimes caíram 22%, temos várias obras de recuperação da infra sendo tocadas, vários decretos para facilitar a vida do cidadão, apreensões de drogas.
Situação está tão esquisita que quem fizer comentário realista será tachado de comunista!!!
O pré sal ainda pode ser a salvação do trabalhador brasileiro! CONTEÚDO LOCAL JÁ! Estão previstos para operar no Brasil 50 navios de produção de petróleo, sendo que 90% deles serão construídos fora e importados para o país sem pagar um centavo de imposto! Esse foi o governo Temer com o seu REPETRO! Acabou com o conteúdo local, com a engenharia nacional e com essa alavanca da economia! Um navio consome 2 bi de reais, gera 3.000 empregos por 3 anos e demanda um mundo de materiais de construção, como aço, cabos e tintas...
Pré sal continua sendo a salvação do Brasil! CONTEUDO LOCAL JÁ! Em 4 anos, estarão em operação 50 novos navios de produção de petróleo, 90% deles serão construídos fora e importados para o Brasil sem pagar um centavo de imposto (conforme REPETRO do Temer)! Cada navio construído no Brasil agrega 2 bi de reais e 3.000 empregos diretos em 3 anos de obras! Fora a demanda de materiais, como aço, cabos elétricos e tintas...
Acho estranho economistas acharem muito normal, isto por não se insurgirem, às altas taxas de juros praticadas no Brasil, que sempre acabam drenando recursos públicos e privados, esgotando sempre o sistema produtivo do País!  Levam, por conseqüência à inadimplência generalizada pessoas e empresas que acabam por perder o crédito necessário à reativação dos negócios!
Melhor comentário de todos que li, um tanto pessimista, faltou mostrar que essa é a perspectiva do pessimismo dos sociais democratas petistas comunistas mas está ok
Resumindo, não chegamos ao fundo do poço, mas estamos quase lá.
Paulo Guedes falou que saímos do fundo do poço! Basta acreditar...
Resumindo: tudo certo, nada resolvido
Resumindo: tudo certo, nada resolvido
todos nós sabemos disso, porém venderam a Reforma como a solução para o Brasil voltar a crescer, o que o governo precisa fazer é: estimular a economia, realizar investimento em infraestrutura, gerar empregos.
que tal reconhece que o governo do bolso é só bom pro bolso da família dele?
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