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Imagine There’s no Heaven

Publicado 01.09.2015, 20:14

Quem iria imaginar?

Bolsas no vermelho, China está de volta às manchetes sanguinolentas.

Não quero ser o chatão do já sabia, mas dissemos repetidas vezes: esta novela chinesa vai longe, trará consequências amargas.

É curioso pensar que o Bacen do país agora impôs requisitos de capital sobre instituições financeiras que fecham futuros de câmbio.

Em última instância, a medida visa amenizar a evaporação de moeda forte, pois encarece a compra de dólares.

Curioso pensar pois o Governo Chinês detém US$ 3,65 trilhões em reservas internacionais.

Alguém em sã consciência poderia imaginar a China preocupada com a sustentabilidade dessas reservas?

Pergunte a George Soros: contra fluxos convictos, não há estoque que aguente.

Estamos tranquilos

Enquanto isso, o Banco Central brasileiro está tranquilão com seus míseros US$ 370 bilhões de reservas, parcialmente subtraídos por US$ 110 bilhões de swaps.

E tem gente ainda sem entender por que o câmbio converge rapidamente aos R$ 4,00 imaginados no overshooting da Carteira Empiricus.

Aliás, fizemos atualizações importantes na Carteira Empiricus para setembro.

O portfólio recomendado desafiou condições adversas de mercado e continuou voando em agosto, representando 172% do CDI.

Em 2015, a Carteira avança 16,56%, equivalente a 198% do CDI. É notável o desempenho num ano tão difícil.

Cêis sigma? Eu não sigmo

Calculo que o estresse chinês bagunça todos os sigmas do mercado, adiando a elevação de juros nos EUA.

Não vejo como o Fed poderia iniciar a contração monetária em setembro, embora 48% dos economistas ouvidos pela Bloomberg ainda encarem este mês como cenário base.

Alguém poderia supor: mas um novo adiamento seria bom para as moedas emergentes, não?

Não. Pois os motivos que levam o Fed a adiar sua tão sonhada contração dificilmente serão favoráveis a moedas emergentes.

Saudade da tempestade

Não temos consolo externo, tampouco doméstico. Seleciono - aleatoriamente - duas frases de hoje que expressam opiniões técnicas sobre nossa situação fiscal.

1) Por Delfim Netto, no Valor: "Lembremos, de novo, que a situação fiscal é dramática e muito, muito, muito delicada! Cada passo mal pensado e mal combinado que termine em mais uma frustração, pode ser, afinal, o precipício…”.

Delfim fora criticado em 2013 por imaginar uma “tempestade perfeita”. Perto desta nova frase de 2015, estou praticamente implorando pela tal tempestade perfeita.

2) Pela Fitch: “Revisões do orçamento colocam a tendência dos superávits primários BEM ABAIXO do cenário base usado pela Fitch em abril” (o capitulado é por minha conta).

Vamos lá: cenário base usado pela Fitch implica rating BBB, com perspectiva negativa. O que seria BEM ABAIXO disso?

Terceiro Mandato

Jornais de hoje evidenciam outro problema com o Orçamento desenhado para 2016.

Enquanto o Focus prevê uma retração do PIB brasileiro de -0,40%, a peça orçamentária imagina crescimento de +0,20%. Isso é transparência e realismo pelos padrões do Terceiro Mandato...

Devo confessar: se fosse só uma tentativa de maquiar os números, não me deixaria tão transtornado.

Mas, por trás disso, desponta a antiquada crença no "poder indutor" do Estado.

O Terceiro Mandato se pauta num Estado que tem que sorrir a todo momento, e tem que gastar, gastar, gastar - para tirar a economia deste círculo vicioso.

Gastar, gastar, gastar tornou-se um vício muito, muito, muito delicado.

Repetindo três vezes, talvez o Governo entenda que o precipício perfeito está logo à frente.

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