🤑 Não fica mais barato. Garanta a promoção com 60% de desconto na Black Friday antes que desapareça...GARANTA JÁ SUA OFERTA

Investir no Bear Market: Resistindo às Patadas do Urso à la Hugh Glass

Publicado 11.05.2022, 11:10
Atualizado 09.07.2023, 07:32
SONY
-
IXIC
-
IBOV
-
VIX
-
7974
-
SNEC34
-

Caro leitor,

Você já deve estar cansado de escutar o quão difícil está sendo navegar os mercados atualmente.

Afinal de contas, se está aqui, você não apenas está ouvindo sobre, mas vivenciando essa situação.

Guerra na Ucrânia, lockdowns na China, impacto na cadeia de suprimentos global, inflação em terras americanas que não dá sossego…

O Ibovespa está novamente nos níveis do começo do ano depois de ter se valorizado quase 20% nos primeiros meses de 2021. Já os índices americanos amargam perdas superiores a 11% no mesmo período — o Nasdaq, por exemplo, já se encontra em bear market, com desvalorização da ordem de 25%.

E quando olhamos alguns papéis específicos, o desastre é ainda maior. Algumas das queridinhas no período da pandemia, principalmente as chamadas “emerging techs” (companhias ligadas ao setor de tecnologia que ainda não reportam lucro ou geração de caixa), veem seus papéis caírem 50%, 60%, 70%, até 90% das máximas.

Será que o pior ficou para trás? Ou ainda não faria mal um pouco de cautela ao investidor?

Ainda que ações de boas empresas também tenham sofrido desvalorizações — sete das maiores companhias do mundo perderam cerca de US$ 1 trilhão de valor de mercado nos últimos dias —, entendo que o sentimento atual pode abrir uma janela de oportunidade ainda melhor nos próximos meses.

Momentos de alta volatilidade, geralmente, são precursores de períodos conturbados para os mercados. Com o S&P 500 VIX (considerado o “índice do medo” pelos investidores) ainda em patamares elevados pelo seu histórico — acima dos 30 pontos, quando uma leitura acima de 20 até antes da pandemia já era considerado um evento fora do comum —, teríamos que ver a resolução de diversos dos problemas citados no começo do texto para que ele voltasse à normalidade.

Infelizmente, não é isso que notamos no noticiário recente.

O conflito no Leste Europeu, que deveria durar dias, já vai entrar no terceiro mês.

A China vem enfrentando novas ondas de Covid-19, impondo restrições nas maiores cidades do país e fazendo com que várias empresas ainda tenham problemas para atender à demanda por seus produtos. A Sony (SA:SNEC34)(NYSE:SONY) e a Nintendo (TYO:7974), duas das companhias mais icônicas do mundo dos games, já revisaram as estimativas de vendas de seus consoles porque seus fornecedores (em grande parte chineses) estão com dificuldades para produzi-los.

Nos Estados Unidos, nem mesmo a fala de Jerome Powell, de que um aumento de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros estaria, por ora, fora de cogitação aliviou o sentimento dos investidores. Isso logo após o comitê de política monetária americano ter decidido elevar a taxa por lá em 0,50 ponto percentual — maior aumento desde os anos 2000 — para combater a inflação no país.

Então, não seria o caso de baixar a guarda. Desde 1928, a mediana do número de dias em que o S&P 500 variou 2% (tanto para cima como para baixo) é de 8 dias em 250 pregões (um ano); somente nos quatro primeiros meses de 2022, já foi possível observar 14 desses dias voláteis.

Como comparação, em 2021 tivemos apenas sete dias em que o índice se moveu nessa magnitude.

O movimento atual, contudo, não se compara com o auge da pandemia, dois anos atrás, quando foram observados 44 dias com ganhos e quedas de 2%. Mas todos nós entendemos que aqueles eram tempos extraordinários: o índice não havia sido tão volátil desde 2008, na crise financeira mundial que devastou os mercados globais.

E caso a patada do urso atinja o principal índice acionário do mundo, as perdas ainda seriam consideráveis. Segundo o Bespoke Investment Group, considerando os 14 bear markets no S&P 500 desde a Segunda Guerra Mundial, a desvalorização média observada no índice foi de 30%, com uma duração de pouco mais de um ano entre a máxima e a mínima do período.

Nessas horas, um portfólio diversificado e um alto controle emocional são mais do que necessários para o investidor. Decisões irracionais tomadas em segundos podem colocar em risco um planejamento de anos.

Assim como no filme “O Regresso”, um ataque de urso pode tornar sua trajetória desgastante e até dolorida (embora não ao ponto de te tirar do jogo). Mas momentos como esses te dão ensinamentos necessários para que você possa atingir seus objetivos no longo prazo.

Um abraço

Últimos comentários

Carregando o próximo artigo...
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.