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Logística Avança em ESG, Mas Longe do Ideal

Publicado 16.03.2022, 14:45
Atualizado 09.07.2023, 07:32

O conceito ESG tem potencial para impactar todas as dimensões envolvidas nas atividades empresariais uma vez que se propõe a alavancar melhores práticas ambientais, sociais e de gestão do próprio negócio. O setor logístico não foge à regra. Porém, observa-se que muitas empresas do setor ainda mantêm distância do tema, o que não é bom para elas nem para a cadeia de suprimentos como um todo, pois a eficiência do modelo ESG em outros setores da economia depende, em parte, de sua aplicação também nas operações logísticas.

Essa despreocupação de boa parte das companhias logísticas foi constatada pelo estudo internacional intitulado “Estado da Sustentabilidade da Cadeia de Abastecimento 2021”, elaborado pelo Centro do MIT para Transporte e Logística, em parceria com o Conselho de Profissionais de Gestão da Cadeia de Abastecimento (CSCMP). O levantamento mostra que o ritmo dos investimentos da chamada agenda ESG para o setor não está sendo compatível com a velocidade com a qual o tema tem ganhado relevância nos fóruns mundiais e na mídia.

Segundo o relatório, feito a partir de entrevistas com 2.400 profissionais da área, a porcentagem de empresas que investiram em Sustentabilidade da Cadeia de Suprimentos em 2021 atingiu 58,7%, o que representou um crescimento de apenas 1,4% em relação ao ano anterior. Neste cenário, os maiores volumes de recursos foram destinados a questões como a proteção dos direitos humanos (10%), diversificação de fornecedores (9,8%), bem-estar e segurança (7,1%) e economia de energia (6%).

Exemplos sobre a importância de uma gestão sustentável não faltam. O cuidado com o meio ambiente, representado pela letra ‘E’, na sigla ESG, deve trazer evolução em termos de transportar com a máxima eficiência e usar a energia mais limpa possível.  Já no caso da dimensão social, a expectativa é de que o ‘S’ traga evoluções como a melhoria das condições de trabalho para os profissionais, redução de acidentes nas estradas, valorização da diversidade, o combate à exploração sexual de crianças e adolescentes nas estradas, a redução de impactos negativos para as comunidades à beira das estradas, entre outras.

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Finalmente, o ‘G’ afetará diretamente a saúde das empresas  com o fortalecimento de princípios como a ética empresarial, construção de Códigos de Conduta formais, Transparência Tributária e outros instrumentos de controle que colocam a constituição de conselhos profissionais de administração agindo com transparência e responsabilidade para transmitir  de forma clara a intenção da companhia em evoluir nas práticas ESG como  prioridade.

É verdade que implantar um modelo de gestão nos moldes ESG não é tão simples. Uma das principais dificuldades no Brasil é questão da insegurança jurídica para os negócios. Isto porque apesar de oferecerem toda a jornada de atividades necessárias para a execução do trabalho logístico, as empresas deste setor acabam sendo enquadradas em segmentos separados desta esteira como "Transportadora Rodoviária de Carga", ou "Armazém" ou empresa de "carga e descarga" entre outras denominações. Isso acaba gerando uma diversidade de enquadramentos tributários.

Neste sentido, uma das primeiras ações precisa ser um esforço concentrado de sensibilização do Congresso Nacional pela votação do Projeto de Lei 3757/20 que regulamenta a atividade de operador logístico no Brasil. A proposta estabelece um marco legal para o setor com regramento jurídico que elimina as diversas Classificações Nacionais de Atividade Econômica (CNAE) às quais as empresas são submetidas. Paralelamente a este esforço deve ser feito um profundo diagnóstico da atividade para identificar tanto os gargalos quanto as alternativas para eliminá-los.

É preciso ter em mente também que o setor logístico é a espinha dorsal de qualquer iniciativa empresarial ou governamental a respeito de aplicação de um sistema de logística reversa. A logística reversa é uma ferramenta que visa o direcionamento das embalagens pós-consumo e de materiais, como pilhas, pneus e lâmpadas, para a reciclagem ou para a obtenção de energia. É parte essencial da chamada economia circular e que vem ganhando importância maior a cada ano.

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Em janeiro o Governo Federal publicou no Diário Oficial (DOU) o Decreto Presidencial que regulamenta a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e cria o Programa Nacional de Logística Reversa. O novo decreto tem o objetivo de modernizar e tornar mais eficiente a forma com que o país lida com o lixo, exigindo dos setores públicos e privados transparência no gerenciamento de seus resíduos.

Em março de 2021 a Coalizão de Economia Circular da América Latina e do Caribe lançou um documento conjunto com uma visão de como deve ser uma economia circular na região e tem a intenção de criar alinhamento e cooperação entre os países e governos, bem como orientar projetos futuros. Na América Latina e no Caribe, 127 milhões de toneladas de alimentos (mais de um terço do que é produzido) são perdidos e desperdiçados todos os anos, enquanto cerca de 47 milhões de pessoas sofrem de fome na região.

São aspectos que estão entrelaçados com as três dimensões do conceito ESG – ambiental, social e governança - e que precisam ser considerados com seriedade para além do marketing. Certamente, se isto ocorrer, o potencial de colaboração do ESG será absolutamente decisivo para mitigar impactos ambientais e sociais e tornar mais eficiente a gestão das companhias.

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