IGP-M sobe em novembro mas tem queda em 12 meses pela 1ª vez em 1 ano e meio, diz FGV
A ideia de distribuir pão aos pobres é antiga — remonta ao Império Romano, na famosa política do “pão e circo”.
Na atualidade, o pão foi substituído pelo dinheiro. E essa política moderna de transferência de renda pode ter dois vieses principais:
1. Um viés meramente assistencialista;
2. Um viés microeconômico, voltado à dinamização da base produtiva.
Em ambos os casos, no entanto, ela atua como fator multiplicador de riqueza. Basta observar o Brasil na primeira gestão Lula: a política do Bolsa Família transformou o Norte e o Nordeste, impulsionando o consumo e movimentando economias locais antes estagnadas.
Esse crescimento, contudo, foi sustentado principalmente pelo consumo oriundo das transferências diretas do governo central, uma forma de estímulo fiscal com forte impacto na demanda agregada.
Mas há um ponto essencial: essa política não pode ser conduzida apenas com viés político. Ela exige disciplina e planejamento macroeconômico.
Ao injetar dinheiro diretamente na economia, ocorre uma expansão imediata do consumo — um crescimento de curto prazo que pode se mostrar artificial. Para evitar o posterior desaquecimento, o governo precisa complementar o programa com políticas estruturantes, voltadas ao investimento produtivo, à capacitação e à infraestrutura, capazes de sustentar um ciclo de crescimento mais sólido e duradouro.
Atualmente, a economia norte-americana tem dado sinais de enfraquecimento. O desemprego subiu para 4,3% em agosto, o maior nível desde 2021, e o crescimento do emprego vem desacelerando. Além disso, o país enfrenta uma invasão de produtos estrangeiros e o enfraquecimento de sua indústria interna.
Diante desse cenário, Donald Trump tem buscado todos os meios para reaquecer a economia. Uma de suas novas propostas é pagar aos cidadãos norte-americanos de baixa renda um dividendo de US$ 2.000,00, financiado pela taxação global.
Ele virou comunista? Não. Apenas está usando a política keynesiana a seu favor — uma estratégia que, quando bem aplicada, pode transformar a política social em motor de crescimento econômico.