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Ômicron e Custos Maiores Devem Impactar Resultados da American Air Lines no 4T

Publicado 19.01.2022, 09:56
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  • Os resultados do 4T21 serão divulgados na quinta-feira, 20 de janeiro, antes da abertura do mercado;
  • Expectativa de receita: US$9,31 bilhões
  • Expectativa de lucro por ação: -US$1,54
  • As ações de companhias aéreas continuam sendo uma aposta arriscada, apesar da forte recuperação do ano passado no tráfego de passageiros. A rápida disseminação da variante ômicron e a escalada dos preços dos combustíveis nublaram a perspectiva de crescimento do setor, no momento em que ele começava a se recuperar de um dos declínios mais acentuados da história recente.

    AAL semanal

    Quem mais enfrenta dificuldades no setor aéreo dos EUA é a American Airlines (NASDAQ:AAL) (SA:AALL34), o que deve se refletir em seu balanço do quarto trimestre amanhã. De acordo com as estimativas dos analistas, mesmo diante da previsão de que as vendas dobrem em comparação com o 4º tri de 2020, ainda assim a companhia deve ampliar seu prejuízo durante o período.

    Em outubro, a empresa alertou que os custos maiores com combustíveis deve atrasar sua jornada até a lucratividade após as perdas geradas pela pandemia.

    Combustível e mão de obra são as maiores despesas das companhias aéreas, e a elevação persistente desses custos pode contribuir para arruinar os esforços da maioria delas de voltar a registrar lucros após o colapso das viagens durante a pandemia de coronavírus. A American Airlines gastou US$1,95 bilhão em tributos e combustível somente no 3º tri, o triplo da quantia despendida há um ano.

    Além dos custos maiores, o explosivo crescimento das infecções por ômicron nos EUA adicionou mais uma camada de incerteza. A doença e as condições climáticas ruins foram responsáveis por cerca de 20.000 cancelamentos de voos durante o agitado período de festas de fim de ano.

    Atraso na recuperação

    Na semana passada, a Delta Air Lines (NYSE:DAL) (SA:DEAI34) disse aos investidores que a rápida disseminação da variante ômicron atrasaria a recuperação das viagens em pelo menos 60 dias e contribuiria para um prejuízo no primeiro trimestre. Diante da expectativa de que os casos de coronavírus atinjam o pico nos EUA nos próximos sete dias, a tendência é que as viagens retomem sua trajetória original de dezembro na segunda quinzena de fevereiro, de acordo com informações do balanço da Delta.

    Esses riscos fizeram com que as ações das companhias aéreas ficassem sob constante pressão desde meados do ano passado. A ação da AAL acumula queda de 29% desde a máxima de junho. Ela fechou o pregão de terça-feira a US$17,90, após cair mais de 3%.

    Apesar da incerteza da pandemia e das pressões de custo, a tendência no tráfego aéreo neste ambiente de ômicron mostra que os viajantes estão muito mais dispostos a pegar voos do que no ano passado. De acordo com dados da Administração de Segurança dos Transportes dos EUA, o recente tráfego aéreo está cerca de 85% dos picos vistos antes da Covid no fim de 2019, não tão bom quanto os quase 90% registrados ao longo do fim de semana do feriado de Ação de Graças, mas melhor do que alguns investidores temiam.

    Essas encorajadoras tendências no tráfego aéreo, no entanto, não escondem o fato de que as companhias do setor têm se revelado um mau investimento há muitos anos. O fundo U.S. Global Jets (NYSE:JETS) acumula queda de 23,5% nos últimos cinco anos, período em que o S&P 500 mais do que dobrou de valor.

    JETS semanal

    Mesmo que o tráfego doméstico nos EUA se recupere no ano que vem, há poucas chances de o segmento comercial – o mais rentável para as companhias – retorne rapidamente para os níveis pré-Covid. O próximo estágio de crescimento, que dependerá da retomada das viagens internacionais e de negócios, ainda está repleto de incertezas, já que novas variantes da Covid estão surgindo, e as empresas pretendem cortar custos.

    Conclusão

    As ações das companhias aéreas são uma oportunidade de investimento atraente. Essas empresas enfrentam uma variedade de desafios, como custos maiores com combustíveis, escassez de mão de obra e a potencial emergência de novas variantes do coronavírus. Em meio a esses ventos contrários, não faz sentido ter ações de companhias aéreas quando há outras oportunidades potenciais no mercado.

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