Risco de calote
La bella luna
Boas novas do calendário lunático.
China volta da virada de ano tentando animar os mercados.
Bolsa brasileira até que sobe pouco se comparada às europeias, mas não há como reclamar de uma boa esmola.
Chineses decidiram reforçar a valorização do yuan, impondo a maior alta pontual versus dólar desde 2005.
Seria bom se fosse sustentável, mas exigirá queima de mais reservas internacionais.
Ou tem deval do yuan, ou controle de capitais.
Devo, não nego
De todo modo, esqueça a China por um momento.
Pense mesmo no Brasil.
Neste link fresquinho, publicamos nosso mais importante argumento sobre as fragilidades domésticas de 2016 em diante.
Ele sintetiza uma visão bastante crítica sobre a situação fiscal brasileira.
Não há mais como ignorar um risco de moratória.
As implicações para seu patrimônio podem ser simplesmente brutais.
Prepare-se.
Pago com déficit
Prepare-se, pois a Fazenda está querendo usar a ideia de banda fiscal para entregar um déficit de até 0,5% do PIB.
Mas isso é também bom demais para ser verdade, né?
Com as contas do jeito que estão, precisaríamos de um milagre arrecadatório para entregar um déficit de 1,0% do PIB.
É mais provável que feche em -1,5%.
Alerto: esse tipo de milagre arrecadatório nada teria a ver com o Zika virus.
Pois, conforme disse o ministro Cardoso, combate ao Zika só será possível com a ressurreição da CPMF.
Goela abaixo
Leitura obrigatória no Valor de hoje, entrevista com o Stuhlberger.
Em geral, os pontos mais debatidos têm a ver com perspectivas macro.
Sem desmerecer o top-down, gosto de atentar também para alguns insights mais específicos do Verde.
Por exemplo: Stuhlberger enfatiza a necessidade de se capitalizar a Caixa e a Petrobras (SA:PETR4) - o que custaria caríssimo.
No caso de Petro talvez dê para empurrar uma parte goela abaixo dos minoritários.
Já a Caixa não tem esse privilégio.
Ou talvez o tenha: os minoritários somos todos nós, contribuintes do Brasilzão de meu Deus.
Armação limitada
O apetite sem limites de Joesley Batista foi negado pela J&F.
Não existe interesse real em comprar Natura (SA:NATU3) ou Pão de Açúcar (SA:PCAR4).
Ignoro o futuro de PCAR, quem sabe volte para o Abilio.
Mas venda de Natura, realmente, está fora de cogitação para mim.
Especialmente para a J&F, que precisa ainda entender por que comprou Alpargatas (SA:ALPA4).