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Netflix: Acharam que a empresa iria quebrar

Publicado 23.01.2023, 14:01

Era 20 de abril de 2021 e não se falava em outra coisa nos mercados americanos, o fim da Netflix (BVMF:NFLX34)(NASDAQ:NFLX). No dia anterior, a empresa reportava, pela primeira vez, a perda de uma grande quantidade de anunciantes e as ações desabavam no mercado, um verdadeiro banho de sangue. 

O tempo passou e a Netflix está aí, mais viva do que nunca, se reinventando mais uma vez, mostrando o que um quadro de executivos capacitados pode fazer. Na quinta-feira, 19, após o fechamento do mercado, a empresa reportou os resultados do 4T22, que foram excelentes do ponto de vista de adição de usuários.

A Netflix começou o ano passado com uma base de 222 milhões de assinantes e terminou o ano com 231 milhões, nada mal para uma empresa que ia quebrar, segundo os especialistas de plantão.

Resultado do 4T22

Os números do 4T22 foram positivos, acima do que o mercado esperava, com destaque para: i) adiçāo de +7,6 milhões de assinantes no período, sendo que a perspectiva era de +4,5 milhões; ii) despesas gerais e administrativas aumentando basicamente em linha com inflação; iii) geração de caixa livre atingindo recorde de US$ 1,6 bilhão no consolidado do ano.

O que pouca gente fala é que praticamente todas as empresas de streaming perdem dinheiro e possuem grandes conglomerados por trás da operação, bancando a bilionária produção de conteúdo, mas o caso da Netflix é diferente e 2022 foi a prova disso.

Apenas no 4T22, a empresa gerou caixa de US$ 332 milhões e, no consolidado do ano, o montante foi de US$ 1,6 bilhão. O valor ainda é baixo, mas até pouco tempo atrás a empresa perdia dinheiro. A expectativa da companhia é que, para o próximo ano, a geração de caixa chegue a US$ 3 bilhões, praticamente dobrando de um ano para o outro.

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Vale ressaltar que a Netflix estima que os concorrentes estejam queimando cerca de US$ 10 bilhões por ano para tentar alcançar a empresa em termos de quantidade e qualidade de conteúdo.

As novidades agradam 

Novo plano mais barato e com anúncios. O plano foi lançado em novembro do ano passado, ao valor de US$ 6,99 ao mês pelo serviço, que é cerca de US$ 1 dólar mais barato do que os concorrentes Hulu e Disney+, ambos com propagandas.

Os assinantes desse plano não podem realizar o download de conteúdo para dispositivos móveis, como tablets, celulares ou computadores. Além disso, eles não terão acesso a toda a biblioteca de vídeos e séries que os usuários dos planos correntes possuem. A resolução do conteúdo será limitada a 720p.

Para nossa frustração, a empresa não abriu os detalhes da adesão ou migração de usuários para esse plano. Nos comentários do resultado, houve apenas uma menção de que a troca entre planos foi menor do que o esperado. Entretanto, a empresa destacou que as receitas advindas dos anunciantes podem ficar entre US$ 3 a US$ 4 bilhões em 2023, o que consideramos como positivo, pois em 2022 elas praticamente não existiram.

Compartilhamento de contas na mira. A estimativa da empresa é de que aproximadamente 100 milhões de pessoas tenham acesso ao conteudo de maneira ilegal e isso deve mudar muito em breve.

A empresa vai iniciar um movimento global, já neste primeiro trimestre, para coibir o compartilhamento de senhas, mas os resultados do 2T23 é que devem ser realmente afetados. A Netflix espera que a rotatividade (churn) de usuários aumente no curto prazo por conta dessa medida, com possível migração para o plano com anúncios, mas não vemos com maus olhos essa iniciativa ou possível consequência de curto prazo.

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Jogos? Temos! Como já temos acompanhado, desde o início do ano passado, a companhia tornou uma prioridade interna o crescimento do negócio de jogos mobile, cuja expansão por meio da aquisição de pequenos estúdios tem sido forte. 

Vemos como muito interessante esse movimento da empresa de ligar o mundo digital ao físico, bem como de utilizar nomes de sucesso – sejam eles fruto de conteúdo próprio da Netflix, sejam de terceiros –  para atrair novos clientes ou fidelizar a base atual.

Já estão disponíveis gratuitamente aos assinantes da Netflix um total de 50 jogos mobile e muitos outros estão em desenvolvimento, com alguns nomes atrelados a séries ou filmes produzidos pela empresa, o que tende a aumentar a aceitação por parte dos consumidores.

Reinvenção

Netflix é um caso de reinvenção. A empresa conseguiu sair do negócio de aluguel de DVDs para o streaming e agora está novamente se reinventando, mostrando que ao manter o foco no cliente, oferecendo um conteúdo de qualidade, tudo é possível. Gostamos da tese de investimento e ela está na carteira do Nord Global.

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