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- O bitcoin chegou a US$ 124.447 antes de uma forte realização de lucros provocar rápida reversão.
- As mudanças nas expectativas em relação ao Fed e os sinais políticos continuam direcionando o sentimento no mercado cripto.
- Agora, todas as atenções se voltam para os níveis de suporte, os dados macroeconômicos e a reunião entre Trump e Putin que acontece hoje.
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O bitcoin renovou recorde ontem, alcançando US$ 124.447, em meio ao clima positivo que se manteve ao longo da semana. Entretanto, houve rápida reversão após intensa realização de lucros nesse patamar.
Os dados moderados do IPC dos EUA nesta semana reforçaram a expectativa de que o Federal Reserve inicie o processo de redução da taxa de juros. Além disso, o apoio do presidente norte-americano a um novo decreto que permite o investimento em criptoativos por meio de planos de aposentadoria 401(k) funcionou como catalisador adicional. Com esses fatores, o bitcoin manteve a trajetória de alta na primeira metade da semana, atingindo um novo pico.
No entanto, a realização de lucros ganhou força no fim do dia. Em seguida, a divulgação de um PPI acima do esperado nos EUA ajudou a mudar o rumo do mercado. A alta inesperada nos preços ao produtor aumentou preocupações e enfraqueceu as apostas em cortes de juros pelo Fed, evidenciando mais uma vez que o bitcoin segue altamente sensível às decisões da autoridade monetária norte-americana.
Declarações de Bessent ampliam a pressão no mercado
Outro fator que acelerou a queda foi a fala do secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmando que “o Tesouro não tem plano de compra de bitcoin”. Após essa declaração, a criptomoeda perdeu cerca de US$ 55 bilhões em valor de mercado em aproximadamente 40 minutos. Diante da reação negativa, Bessent recuou ainda no mesmo dia, dizendo que a aquisição de bitcoin por meios neutros ao orçamento ainda estava em avaliação.
O plano da Reserva Estratégica de Bitcoin, criado por decreto presidencial em março, segue sem avanços concretos. De acordo com os dados mais recentes, o Tesouro dos EUA detém 198.012 BTC, avaliados em cerca de US$ 23,5 bilhões.
Apesar do aumento da volatilidade no curto prazo, o bitcoin mantém a tendência de alta.
Visão técnica do bitcoin
Após atingir US$ 124.400 nesta semana, o bitcoin recuou quase 5% e encontrou suporte em torno de US$ 117.800. Hoje, a criptomoeda subiu levemente para perto de US$ 119.000, fechando o gap de preço em US$ 118.335 nos contratos futuros da CME.
O ativo segue dentro de um canal ascendente, com suportes e resistências próximas definidos por níveis de Fibonacci e linhas de tendência. No momento, US$ 119.000 (Fib 1,414) é o ponto de pivô, calculado a partir da queda observada no primeiro trimestre. Logo abaixo, US$ 117.500 é acompanhado como suporte intermediário, com base na tendência de alta e nas médias móveis exponenciais (EMA) de curto prazo. A perda desse patamar pode levar a uma retração até US$ 114.600; caso a pressão vendedora persista, a EMA de 3 meses, em US$ 111.980, pode ser testada. Fechamentos semanais abaixo desse nível aumentariam a probabilidade de um novo movimento de baixa.
Por outro lado, se o bitcoin se mantiver acima de US$ 117.500 em fechamentos diários, poderá buscar US$ 125.440 (Fib 1,618). Uma eventual quebra dessa resistência abriria espaço para novas máximas próximas de US$ 130.000, na faixa superior do canal de alta, cenário que sustentaria projeções de US$ 156.000 até o fim do ano.
Neste momento, o gatilho principal seria o início do ciclo de cortes de juros pelo Fed. Indicadores macroeconômicos que reforcem essa decisão antes de setembro podem atuar como vetor de alta. Além disso, um ambiente de menor tensão geopolítica no restante do ano contribuiria para a manutenção do viés positivo. Nesse contexto, o resultado da reunião entre Trump e Putin, que acontece hoje no Alasca, também pode gerar volatilidade relevante nos mercados de risco.
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