Usiminas tem perda contábil bilionária e operacional dentro do esperado no 3º tri
Os resultados da Netflix definitivamente não foram o que o mercado esperava para abrir esta temporada de balanços. Embora a questão de litígios tributários certamente tenha impactado — especialmente nas margens —, a verdade é que a empresa não conseguiu entregar o nível de crescimento ao qual os investidores se acostumaram nos últimos anos.
Isso é relevante não apenas pelo que os números internos dizem sobre a gigante do streaming, mas também porque sugere que muitos dos ventos favoráveis que impulsionaram uma temporada de resultados excepcional no segundo trimestre podem ter enfraquecido parcialmente no terceiro trimestre.
Primeiro, parece que o efeito cambial positivo que persistiu ao longo do trimestre não se traduziu em maior poder de compra em dólar, indicando um ambiente mais desafiador do que o esperado para aquisição de novos usuários — especialmente considerando o foco crescente da Netflix em assinaturas com anúncios em mercados de menor renda.
Em segundo lugar — e talvez o mais importante —, os números também indicam que o poder de aumento de preços da Netflix pode estar atingindo um pico de curto prazo. Isso não é um bom sinal, dado o forte crescimento de EBITDA atualmente embutido nas expectativas do mercado para as ações. Também lança dúvidas sobre o consumo discricionário no período, mesmo diante de uma inflação mais controlada.
Por fim, parece que o mercado publicitário, apesar de ainda saudável, também pode estar se aproximando de um pico de curto prazo. Embora a confirmação venha apenas com os resultados da Meta e da Alphabet na próxima semana, esse já é um sinal inicial de que o ciclo de negócios pode estar entrando em uma fase mais cautelosa. Se isso se confirmar, tanto os lucros do quarto trimestre quanto as projeções para 2026 se tornarão cada vez mais dependentes do ciclo de cortes de juros do Federal Reserve (Fed).
