Nesta semana, duas informações sobre a atividade econômica do país foram divulgadas e indicam que a economia brasileira tende a um crescimento de 2,2% em 2022. A primeira, foi o IBC-Br do Banco Central, que mostrou crescimento de 0,69% em junho e a segunda foi o Monitor do PIB da FGV, que apontou crescimento de 0,1% no mês, ambos na comparação a maio, sendo este segundo apontando crescimento de 1,1% no segundo trimestre frente ao trimestre anterior.
Apesar de os indicadores apresentarem metodologias distintas das contas nacionais calculadas pelo IBGE, a qual possui frequência trimestral, estes buscam trazer um patamar mais estrito da atividade econômica e nos trazem informações importantes da dinâmica dos setores no período, das quais influenciam nas expectativas tanto das empresas quanto dos consumidores e consequentemente dos investidores, vide o desempenho do Ibovespa nas últimas semanas.
O desempenho positivo está em linha com a evolução do mercado de trabalho, cujos dados mostraram a melhora da taxa de desemprego, mesmo em um cenário de inflação acima da meta e o aumento dos juros. Neste cenário, o saldo fica para o setor de serviços, protagonista do crescimento econômico no período.
Olhando para o futuro e para o que interessa para o investidor, a expectativa é que o setor de serviços continue crescendo frente ao cenário de estabilidade esperado no mercado de trabalho, ao passo que a indústria assim como a agropecuária devem trazer um cenário de estabilidade, influenciados tanto pelo atual patamar de juros quanto pela expectativa de desaceleração global.
Neste contexto, o que o investidor deve levar em conta a partir do cenário de atividade econômica positivo são os investimentos em setores considerados como cíclicos, ou seja, aqueles cujas performances estão correlacionadas à atividade econômica, se a economia vai bem esses performam bem e vice-versa.
Além disso, vale lembrar que o cenário econômico no país já tem como definitivo (sem considerar fenômenos exógenos) o processo de desinflação ao longo deste segundo semestre, contribuindo para o aumento do poder de compra da população e, consequentemente, para o fim do ciclo da alta dos juros.
Por fim, o cenário macroeconômico no país vai se consolidando em um patamar positivo para este ano e consequentemente carrega otimismo para o próximo ano, principalmente se considerarmos a estabilidade no preço das commodities. Ou seja, olhando para dentro e para o futuro, o Brasil está crescendo e trazendo oportunidades para os investidores em setores cíclicos contribuindo para a diversificação dos investimentos.