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O porquê do meu otimismo com a Bolsa

Publicado 25.10.2022, 16:28
Atualizado 09.07.2023, 07:32

O cenário desenhado

Contextualizando um pouco a respeito das diversas variáveis e eventos que temos no mundo hoje jogando contra o universo dos investimentos, temos: guerra, crise energética, inflação, juros, reversão da globalização e, localmente, as eleições.

Não, o mundo não está nada tranquilo. Nós mal saímos de um evento caótico em escala global (pandemia) e já nos deparamos com todos os ocorridos acima.

Será que acabou o rali?

Manchete do Brazil Journal: "Roberto Jefferson matou o rali"
Manchete do Brazil Journal. Fonte: Brazil Journal

Estamos a menos de uma semana das eleições em nosso país. Os eventos do último final de semana alteraram o que parecia ser um cenário “tranquilo” para investidores.

O Ibovespa caiu -3,3% logo na segunda-feira, 24, com destaque para as estatais Banco do Brasil (BVMF:BBAS3) ({18604|BBAS3}}) e Petrobras (PETR3); PETR4) caindo -10%.

China se fechando para o mundo?

Hu Jintao, ex-presidente da China.
Hu Jintao, ex-presidente da China. Fonte: Voanews

Do outro lado do mundo, na China, tivemos no final de semana uma imagem de Hu Jintao (ex-presidente da China) sendo escoltado para fora da reunião do Partido Comunista da China, imagem que reforça a centralização do poder nas mãos de Xi Jinping.

A reunião do Partido Comunista Chinês também teve o fim do limite de idade para o líder nacional, o que pode significar que teremos mais alguns bons anos com Xi no poder.

Os eventos culminaram em um derretimento dos ativos chineses ontem, com investidores globais fugindo do país. O Xi não parece ser muito pró-mercado e com isso o medo dos investidores.

Um cenário para lá de complicado

Além dos eventos recentes, tanto aqui quanto na China, temos a inflação no mundo e o aumento dos juros.

Os juros, especialmente nos EUA, ainda seguem sendo a principal pauta econômica global e eles devem continuar subindo, como já comentamos em diversos outros artigos.

Frase de Mark Twain:
Frase de Mark Twain. Fonte: Az Quotes

“A história não se repete, mas muitas vezes ela rima.” – Mark Twain

Eu gosto dessa frase (meio clichê). O passado pode ser, por muitas vezes, o melhor professor para tentarmos compreender um pouco sobre o presente e o que podemos esperar do futuro.

Olhando por uma perspectiva econômica, acho que é muito interessante pensarmos em um diagrama para nos localizarmos dentro de um contexto de ciclos econômicos:

Diagrama com crescimento econômico e política monetária.
Diagrama com crescimento econômico e política monetária. Fonte: Nord Research & Macro Compass (BVMF:PASS3)

Ao que tudo indica, estamos hoje no terceiro quadrante. Ou seja, com a economia (brasileira) ainda crescendo, mesmo diante de um forte aumento dos juros.

Enquanto isso, o resto do mundo também parece estar no terceiro quadrante, mas com o medo pairando sobre os investidores de irem para o quarto.

Claro, é uma simplificação (existem outros possíveis cenários), mas acho que é boa para nortearmos a nossa visão em termos de investimentos e buscarmos paralelos na história.

Olhando para o desempenho dos mercados no mundo, parece que é mesmo o quarto cenário que investidores estão imaginando:

Gráfico apresenta desempenho dos mercados globais em 2022.
Desempenho dos mercados globais em 2022. Fonte: Bloomberg

Neste ano, temos praticamente todos os mercados do mundo em queda. Menos o Brasil.

Isso quer dizer que estamos indo muito bem? Não, mas significa que estamos melhores que os demais.

Nossos juros subiram muito antes dos mercados desenvolvidos e provavelmente nossa inflação já teve seu pico.

Ou seja, estamos no terceiro quadrante, mas com a possibilidade de começarmos a reduzir os juros antes dos demais.

O custo de oportunidade

O grande trabalho e desafio do investidor é decidir onde alocar seus recursos. Em quais países, em quais tipos de ativos, em quais momentos.

No mundo dos países desenvolvidos, destino favorito dos investidores, temos a Europa passando por uma crise energética, a inflação segue alta e a economia desacelerando.

Nos EUA, a economia continua forte, mas como consequência, a inflação não parece ser “transitória” como era dito. Diante disso, será necessário um aperto monetário maior (ou seja, juros mais altos).

Gráfico apresenta juros futuros americanos de 10 anos.
Juros futuros americanos de 10 anos. Fonte: Bloomberg

O maior aumento de juros nos últimos 50 anos dificulta a vida do investidor nos EUA. Especialmente quando, mesmo tendo caído -21% no ano, o S&P ainda negocia a 18x lucros, acima de suas médias históricas (16x).  

Brasil: muito barato para ser ignorado

Vivemos em um país com um longo histórico de inflação. Soubemos responder rapidamente a ela, aumentando nossa taxa de juros de 2% em março de 2021 para 13,75% em setembro deste ano.

Diante desse movimento, vimos nossa bolsa ir dos 121 mil pontos em março de 2021 até atingir os 96 mil pontos em julho deste ano, e agora retomar os patamares dos 110/115 mil pontos.

Preço/Lucro do IBOV x S&P. Fonte: Bloomberg

Com os juros subindo e com as eleições já entrando no radar, o mercado precificou a bolsa brasileira a menos de 7x lucro. Isso significa que temos um Earnings Yield de 14,2% (acima do CDI).

O mercado precificou uma crise que não veio.

De fato, isso já foi parcialmente reconhecido. A bolsa brasileira é a melhor do ano (como vimos acima).

Mas sabemos que, a longo prazo, as cotações seguem resultados:.

Gráfico apresenta Preço e Ebitda do Ibov.
Preço e Ebitda do Ibov. Fonte: Bloomberg

Ou seja, enquanto as empresas do mercado seguirem entregando resultados crescentes, a longo prazo as cotações tendem a acompanhar.

Otimismo segue, mesmo com cenário global

Bolsa negociando aos mesmos múltiplos de 2002.

Coincidentemente, o cenário de eleição é parecido com o que tivemos em 2002 (temos o mesmo candidato de oposição).

O mercado brasileiro vinha sofrendo diante das incertezas que viriam com as eleições daquele ano. Ao mesmo tempo, o mundo passava por uma crise com ativos de bolsa.

Tínhamos acabado de passar pela bolha americana das empresas “dot com”, o que levou o S&P a andar de lado por quase uma década. Agora tivemos empresas de tecnologia despencando lá fora, com o novo mercado de criptoativos derretendo.

No mesmo contexto, as commodities estavam em alta no mundo (assim como hoje), o que beneficiou bastante os resultados das empresas aqui.

Uma vez passadas as eleições em 2002, tivemos uma alta em seis anos de +700%.

Gráfico apresenta IBOV desde 2002.
IBOV desde 2002. Fonte: Bloomberg

Por mais que alguns paralelos sejam parecidos, nada garante que o ciclo vai se repetir, contudo não é um padrão exclusivo às eleições de 2002.

Na verdade, quando olhamos para as seis últimas eleições que tivemos no Brasil, apenas durante as eleições da Dilma não tivemos uma sequência de 12 meses positivos:

Gráfico apresenta desempenho da Bolsa 12 meses após as eleições.
Desempenho da Bolsa 12 meses após as eleições. Fonte: Nord Research

Não existe um risco Dilma?

Sempre existe o risco de o governo tomar rumos que não sejam bons para os mercados.

Contudo, a composição do Congresso (mais de centro) nos leva a reduzir a probabilidade de um cenário catastrófico para a economia.

Basta não fazer muita besteira.

Outro vento a favor do mercado brasileiro é a comparação com nossos pares emergentes.

No evento anual da XP (BVMF:XPBR31) , a Expert, em um dos painéis que contava com a presença de Luis Stuhlberger (Fundo Verde), André Jakurski (JGP) e João Landau (Vista), uma das falas me chamou a atenção: “O Brasil está ganhando de W.O”.

Quando olhamos para os nossos comparáveis, a Rússia está fora do jogo porque não quis seguir as regras. A Ucrânia (exportadora, assim como nós) sofre com a guerra. A Argentina é um buraco que ainda procura fundo.

Por fim, a China, mencionada no início do texto, além de estar desacelerando, vem sofrendo com uma fuga de capital.

O Brasil pode ser um dos destinos.

Com commodities em alta, um risco político menor que o precificado, múltiplos historicamente baixos e as empresas ainda entregando bons resultados, o Brasil me parece um ponto fora da curva do cenário global, por isso continuo otimista.

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Últimos comentários

É fato de que o mercado está animadíssimo com o novo governo Lula, que é bem mais liberal na economia que o do farsante Bolsonaro.
...
Resposta pra sua pergunta título: Porquê eu ignoro que o provável candidato eleito , após investigação, permitiu o estorno de 6 bilhões. Também ignoro o impacto de mais estado e menos mercado tem sobre a criação de empregos/PIB e sobre o ambiente de negócios, ademais ignoro que a crise mundial continuará e que Putin pode largar uma bomba atômica em Kiev se  assimas coisas continuarem. Basicamente porquê sou jovem e inexperiente e talvez nunca tenha verdadeiramente quebrado acara no ibov, e não vi o que é a inflação por emissãode moeda sem lastro (como acontecia aqui no período milittare na argentina) faz com os mais pobres, de forma que acho exagerado esse medo do comunismo, ignoro que Venezuela e Argentina já estiveram entre as economis mais promissoras das américas, ignoro que a liberdade de expressão e de pensamento estão sendo vítimas de um judiciário aparelhado, que permitiu que o líder de uma quadrilha disputasse o pleito.
Infelizmente essa expectativa otimista depende de vários fatores. principalmente política em nosso país e o os eventos mundiais. tem que ser um dia de cada vez. não dá para confiar nesse ótimo momento.
Ótimo artigo! Mas um tanto quanto otimista demais!
Se o ex-presidiario ganhar as eleições a bolsa cairá para 60 mil pontos.
Artigo legal mas nenhuma virgula sobre possivel hard landing nas bolhas da China, EUA, EU, JP etc. Pq se arriscar com essa volatilidade num cenario turvo desse com Selic em mais de 1%am? Só louco e viciado mesmo, tenho dó não. Xô perigo no meu $$$$$ suado! Outra frase clichê: em chuva de pipa, bota bunda na parede e grita “OCUPADO”!!
Belo artigo, parabéns
disse quem não sabe escrever (desenhar o próprio nome)
Com Lula bolsa cai para 50 mil pontos em 6 meses
não é bem assim, e se bolso ganhar não espere a bolsa em 150 mil. não se esqueça que ano que vem independente de quem ganhar terá que arrumar dinheiro para bancar tanto auxilio.
Lula, caso seja eleito, nunca conseguirá 2/3 do congresso para romper o teto de gastos e terá de ser mais responsável do ponto fiscal do que Bolsonaro para não sofrer um impeachment (neste caso Alckmin assumiria e ele seria muito mais responsável do que Lula ou Bolsonaro do ponto de vista fiscal). O Henrique Meireles, futuro ministro da economia de Lula, também sabe que o teto de gastos é fundamental para conter a inflação. E fica claro que os congressistas que apoiam Bolsonaro só serão contra as medidas populistas de gastança desenfreada caso Lula seja o presidente. E com Lula o STF terá cunhão para acabar com a farra do orçamento secreto que joga bilhões no ralo da corrupção. Já Bolsanaro, caso reeleito, conseguirá romper novamente o teto pois terá facilmente os 2/3 do congresso para aprovar uma nova PEC contra o teto de gastos e gastar bilhões com o orçamento secreto e medidas populistas.
O fato de Lula, caso eleito, ter de cumprir fielmente o teto de gastos mesmo que a contragosto, é que fará os a inflação e principalmente os juros despencarem. Cenário para a bolsa será o do paraíso
 concordo , mas se bolso ganhar o paraiso será bem mais rapido
Com dólar a 5,30, exportação fica fácil. Mercado interno fraco, inflação baixa. Os juros têm campo pra ceder. A guerra ajuda os preços das commodities agrícolas. O Lula é ruim de voto e contra o livre mercado...
a população não tem dinheiro pra comprar e por isso a inflação começa a cair, assim considero difícil uma comparação com o mundo, fica fácil controlar um país sem dinheiro
assim é mole controlar falou tudo.
Amanhã cai muito mais, a não ser que alguma pesquisa aponte o contrário
e vc ainda acredita em pesquisa ?
Antes que voc~e diga que Lula já foi presidente e ibov subiu lembre da carta aberta ao povo brasileiro, nesta vez não teve carta nenhuma, ao contrário ele seguirá sua ideologia que mais se parece com uma psicose coletiva
Brother Brasil está caro DEMAIS!! Selic vai subir e este movimento é antagônico ao ambiente de negócios.
La fora dois dias seguidos subindo forte e aqui sangrou quase 10% .Voce ainda esta otimista?
Resposta pra sua pergunta título: Porquê eu ignoro que o provável candidato eleito , após investigação, permitiu o estorno de 6 bilhões. Também ignoro o impacto de mais estado e menos mercado tem sobre a criação de empregos/PIB e sobre o ambiente de negócios, ademais ignoro que a crise mundial continuará e que Putin pode largar uma bomba atômica em Kiev se  assimas coisas continuarem. Basicamente porquê sou jovem e inexperiente e talvez nunca tenha verdadeiramente quebrado acara no ibov, e não vi o que é a inflação por emissãode moeda sem lastro (como acontecia aqui no período milittare na argentina) faz com os mais pobres, de forma que acho exagerado esse medo do comunismo, ignoro que Venezuela e Argentina já estiveram entre as economis mais promissoras das américas, ignoro que a liberdade de expressão e de pensamento estão sendo vítimas de um judiciário aparelhado, que permitiu que o líder de uma quadrilha disputasse o pleito.
Melhor comentário!
temos dois líderes de quadrilha com a diferença que um ainda tem a milícia pra segurar
 tudo bem, a questão é que um dos líderes morde uma rachadinha, e uns apartamentos e casas, o outro rouba 6 bilhões. E sim faz uma p...diferença. TODAS AS ESTATAIS ERAM DEFICITÁRIAS, Petro chegou a 3 reais. O sucesso econmico de Lula se baseou no estelionato eleitoral sobre seu GADO que engoliu políticas liberais na economia, dando uma banana pro gado que foi fundar o PSOL, depois gastou e gastou e gastou, deixando a bomba no colo da imbecil da Dilma. Deu crédito pra quem não tiunha $ pra pagar, perdemos uma década, fora a corrupção/secundário.
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