Depois de um período um tanto desafiador em 2020, com uma queda do PIB de quase 10% no segundo trimestre, a temporada de balanços das empresas listadas em bolsa, iniciada no último dia 15, tem sido uma das mais aguardadas pelos investidores.
Isto porque os resultados das empresas têm refletido os impactos causados pela pandemia. De acordo com dados da Bloomberg, o mercado espera uma melhora nos indicadores em relação ao 2º semestre, mas ainda nada comparado com 2019.
Vale ressaltar que durante a semana, o número de casos de coronavírus voltou a chamar a atenção na Europa e Estados Unidos. Países como França e Alemanha já decretaram novos lockdowns e isso trouxe impactos negativos para os mercados globais. Só o Ibovespa chegou a recuar mais de 6% entre os dias 26 e 29 de outubro.
Com praticamente metade dos resultados divulgados, é preciso que o investidor fique atento por dois motivos: oportunidades e riscos. As recentes correções do Ibovespa abriram “brechas” nos preços de bons ativos. Por outro lado, o ambiente de incertezas causa maior volatilidade no mercado.
Mas, afinal de contas, o que esperar dos próximos balanços e o que fazer?
Bom, em primeiro lugar, alguns players importantes do setor bancário ainda divulgarão os resultados no mês de novembro. De acordo com analistas, provavelmente haverá um aumento no lucro dessas empresas, mas os números devem vir abaixo do que foi observado em 2019.
Por outro lado, o varejo ainda permanece com algumas incertezas, sobretudo, por conta do aumento no número de casos de coronavírus. É esperado que o setor se recupere de forma gradual ao mesmo tempo que empresas de e-commerce continuem apresentando resultados expressivos nas vendas. Contudo, teremos que aguardar os próximos desdobramentos da pandemia para ter um cenário mais claro desenhado.
Por último, ainda temos os números de empresas importantes nos setores de incorporação e energia. Nestes casos, analistas esperam um reflexo da crise nos resultados de uma forma branda, mas significativa.
De qualquer forma, é importante que o investidor monitore as ações das empresas mais consistentes e busque bons preços pelos ativos. Neste momento, é fundamental investir em bons negócios, com bons gestores, e focar no longo prazo.