Governo reduz contenção de gastos de ministérios em R$20,6 bi e vê cumprimento da meta fiscal este ano
As incertezas geopolíticas e econômicas ganham novas dimensões a cada dia, confundindo analistas e investidores e desviando o foco das metodologias tradicionais utilizadas para projetar os preços dos metais preciosos, especialmente em um momento em que líderes políticos tentam direcionar os preços de diversas commodities segundo suas agendas.
No atual contexto, os preços do ouro futuro parecem refletir um cenário distorcido, no qual os principais fundamentos, como oferta e demanda, juros, inflação e médias móveis, oferecem pouca clareza sobre o próximo movimento direcional, seja no curto ou no longo prazo. O comportamento recente do metal contraria o consenso de mercado, desafiando analistas a adotar novas abordagens de avaliação.
Apesar de o ouro ter perdido parte de seu apelo como ativo de proteção em níveis historicamente elevados, os contratos futuros seguem sustentados. A crescente incerteza sobre as tarifas norte-americanas e a trajetória dos juros nos EUA ainda mantém forte a demanda por ativos defensivos.
Com a aproximação do prazo de 1º de agosto para entrada em vigor das novas tarifas impostas por Washington, os futuros do ouro permanecem em compasso de espera. O sentimento de risco também piorou com a percepção de que as negociações comerciais entre Estados Unidos e União Europeia não devem avançar, especialmente após a UE sinalizar a preparação de medidas retaliatórias em resposta a tarifas americanas acima do esperado.
Por outro lado, o governo Trump deu sinais de que dificilmente irá postergar o prazo de 1º de agosto. No entanto, na minha avaliação, essa data-limite poderá ser adiada ou substituída por uma alternativa mais sofisticada, caso o presidente norte-americano deseje reequilibrar o comércio global segundo seus próprios termos.
Atualmente, os futuros do ouro estão sendo negociados em uma faixa estreita, à espera de desdobramentos nas disputas tarifárias. Caso o impasse se prolongue e o prazo seja novamente prorrogado, o mercado poderá reagir com forte movimento vendedor, testando níveis em torno de US$ 3.000 por onça já em agosto.
Em contrapartida, alguns analistas mantêm uma visão bastante otimista, projetando que o ouro possa atingir novas máximas em US$ 3.700 por onça até 2026, bem acima do consenso atual de Wall Street, que gira em torno de US$ 3.073. Apesar disso, os padrões técnicos indicam a formação de uma tendência baixista, reforçada pela perspectiva de fortalecimento do dólar caso as incertezas se dissipem e o governo norte-americano mantenha sua política de valorização cambial a qualquer custo.
Níveis técnicos a observar
No gráfico diário, os contratos futuros do ouro enfrentam forte pressão vendedora abaixo da resistência imediata em US$ 3.421, mesmo após a movimentação volátil de ontem a partir do suporte representado pela média móvel de 9 dias (MMD 9) em US$ 3.361 e da média de 50 dias (MMD 50) em US$ 3.345.
Caso os preços percam esses dois suportes relevantes na sessão de hoje, o próximo nível crítico a ser testado é US$ 3.314.
Por outro lado, apenas uma quebra sustentada acima da resistência em US$ 3.421 abrirá espaço para que os vendedores retomem o controle com novas posições vendidas acima de US$ 3.455, posicionando o stop loss em US$ 3.477. A formação de uma doji de viés baixista no gráfico diário reforça essa leitura técnica de enfraquecimento do preço.
Além disso, os contratos futuros do índice Dólar (DXY) sinalizam um possível movimento de reversão positiva, o que tende a exercer pressão adicional sobre o ouro ao longo desta semana.
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