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Publicado 10.09.2019, 13:06
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Investidores globais avaliam e tomam decisões num mundo absolutamente conturbado com eventos de desfechos improváveis. O fato tem agregado larga volatilidade aos mercados de risco, com espasmos de aversão e seguidas de propensão ao risco. Tudo “ao sabor” da alternância de noticiário positivo e negativo. Na semana de 2 a 6 de setembro, as notícias foram mais positivas, determinando mercados em valorização.

A semana de 9 a 13 de setembro começa com boas indicações sobre as discussões entre os EUA e a China sobre comércio bilateral. Steve Mnuchin, secretário do Tesouro dos EUA, declarou que entende a ida dos chineses para Washington como sendo “sinal de boa fé” para negociar e diz ter “acordo conceitual” com a China sobre fiscalização das regras de comercialização. Mnuchin não enxerga possibilidade de recessão no horizonte e a economia americana segue brilhante. Mesmo com juros comparativamente maiores que em outros países. Porém, os indicadores de conjuntura seguem mostrando alguma desaceleração. O movimento indica que perto da provável reeleição de Trump a situação pode piorar.

Na China, o governo pode comprar mais produtos agrícolas dos americanos, demonstrando boa vontade em seguir nas negociações comerciais, ao mesmo tempo em que o governo vai estimular mais investimento em infraestrutura e em empresas de alta tecnologia. O mundo espera flexibilização monetária e conta com a possibilidade de novas reduções no depósito compulsório bancário. O PIB da China em 2019 está girando pouco acima de 6%.

No Reino Unido, quem afirma o que acontecerá com o Brexit está mal informado ou “chutando” o desfecho. Lembrando que o Brexit é a saída do Reino Unido da União Europeia. Em 9 de setembro, o Parlamento entra em recesso mas os deputados aprovaram medida que impede o Brexit sem acordo. O primeiro ministro Boris Johnson diz que conseguirá o tal acordo até 18 de outubro, às vésperas do prazo fatal para o Brexit, que é em 31 de outubro. No meio do caminho, desde que assumiu em julho, Johnson sofreu quatro derrotas seguidas. A última derrota ocorreu no final de semana (de 6 a 8 de setembro) com a saída de sua ministra do Trabalho.

Além disso, o partido que defende o fim do Brexit (liberal democrata) ganhou força com adesões de parlamentares. Boris Johnson ainda não teve pedido de voto de desconfiança por conta de a oposição não ter os votos necessários. Johnson não quer solicitar novo adiamento à União Europeia, mas pode ser levado a isso, pelas dificuldades em negociar. A União Europeia diz que devem apresentar novos fatos para que seja possível. Permanecem os problemas com relação a fronteira entre as Irlandas do Norte e Sul.

Temos ainda a mesma percepção de desaceleração econômica global, mesmo considerando taxas de juros praticadas no mundo negativas ou bem próximas disso. Mas os investidores no mundo seguem esperando por flexibilizações monetárias por parte dos principais bancos centrais (alguns bancos centrais já reduziram juros). Destaque para as reuniões de meados de setembro do Banco Central Europeu (BCE) e do FED, que dão como certa redução de no mínimo 0,25%. No caso do BCE, como já trabalham com juros negativos de 0,40%, os investidores esperam programa de compra de títulos mais forte e de ações de empresas.

Ainda temos problemas de composição de gabinetes de governo na Espanha e na Itália, mas parece ter um desfecho melhor com a coalizão que está sendo montada. Ainda temos o Irã que, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), foi confirmada novas centrífugas para enriquecimento do urânio e todas as sanções impostas pelos EUA e empenho da Europa em conseguir manter o pato nuclear.

No Brasil, a situação inspira cuidados com a aprovação da reforma da Previdência, seguida da reforma Tributária (ainda mais complexa de ser aprovada). Seguida da reforma Administrativa com redução do tamanho do Estado e de programa mais agressivo de desestatização.

Tudo junto permite que investidores mais afeitos ao risco possam operar com viés de curto prazo, capturando os desequilíbrios que ocorrem nos diferentes segmentos do mercado. Tendo ainda que absorver mais propensão ao risco. Posicionamentos de mais longo prazo decorrem obrigatoriamente da percepção de cada investidor ou gestor sobre o que acontecerá com essas variáveis, mas também podem ser chances para lucros extraordinários. De nossa parte, mantemos otimismo com os mercados, já que os investidores no mundo estão migrando para a renda variável como forma de remunerar melhor o capital investido.

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