O início do ano é uma época estratégica para os investidores. Especialmente quando falamos daqueles que estão dando os seus primeiros passos nesse mundo ou possuem uma quantidade limitada de capital, não há espaço para erros, o que torna a alocação de recursos uma tarefa que demanda assertividade e mitigação de riscos. Os fundos podem ser a resposta para ambas as demandas.
Essas opções de investimentos se democratizaram ao longo dos anos e são excelentes para quem possui pouco capital. Com o crescimento da oferta de alternativas no mercado e a presença de tickets de entrada mais baixos (entre R$ 1 mil e R$ 5 mil), muitos desses produtos tornaram-se extremamente viáveis e atrativos.
Com cerca de R$ 100 no bolso, os pequenos investidores já conseguem escolher algum tipo de fundo, iniciando a tão sonhada diversificação da carteira e aumentando a proteção do seu patrimônio. Além disso, os custos envolvidos nesses investimentos normalmente incluem taxa de gestão, custódia e administração, que são descontadas com Taxa de Administração e variam, normalmente, de 0,30% a 2% ao ano em média. A depender da categoria, a contratação de um gestor também pode envolver a cobrança de um percentual de prêmio pelos resultados alcançados.
Qual é o fundo ideal para iniciantes?
Renda fixa, multimercados ou até mesmo ações - as opções de fundos para se investir são inúmeras. Escolher uma delas envolve diversas questões, que vão desde as tributações até os objetivos individuais de cada investidor.
Tratando-se de iniciantes, não há dúvidas de que a alternativa ideal parte do princípio de alguém que aloca uma reserva de emergência de pelo menos um ano de salário em papéis com menor volatilidade. Isso significa que selecionar uma categoria com uma boa performance vem antes da projeção de resultados ambiciosos.
Os fundos de renda fixa pós-fixados são excelentes escolhas nesse sentido, já que possuem uma boa rentabilidade, com uma tendência de oscilação menor. O Tesouro RendA+ também é acessível e carrega uma ideia de longo prazo, sendo criado justamente levando em consideração o pequeno investidor que quer poupar para garantir uma renda complementar no futuro.
Apesar disso, vale frisar que as estratégias adotadas para o gerenciamento dessas alternativas são tão importantes quanto os produtos em si. Um fundo passivo, por exemplo, tende a replicar algum índice, como CDI ou Ibovespa, sem ter atuação ativa do gestor. Já os fundos de gestão ativa exigem mais atividade e envolvimento.
Por isso, é imprescindível que o investidor entenda o seu perfil e não tome decisões de acordo com a euforia do mercado. E acredite: essa missão se torna muito mais fácil recorrendo à assistência de um time de gestão especializado.
Buscando assistência especializada
Ter ajuda de profissionais experientes para investir em fundos é essencial para entender qual é o melhor produto para cada indivíduo. Compreender quais são as classes de ativos disponíveis no universo de investimentos e, a partir disso, fazer escolhas coerentes ao apetite a risco é o que garante uma diversificação eficiente da carteira.
São esses especialistas que vão, por exemplo, conseguir explicar com clareza que a renda fixa é uma ótima opção, mas pode trazer riscos atrelados ao crédito (seja do setor público ou privado), no qual o cotista pode perder uma parte do recurso se o emissor do papel não pagar a dívida. Ou ainda esclarecer a importância de olhar para a liquidez e para o mercado quando os assuntos são ações e multimercado.
Aliás, os fatores macroeconômicos e a própria economia global são determinantes para a rentabilidade, movimentos acompanhados constantemente por esses times. Atualmente, com a Selic podendo chegar a 15% em 2025, como projeta o Boletim Focus, vivemos um momento oportuno para os pequenos investidores agirem. Porém, as incertezas que cercam tanto o cenário brasileiro quanto o mundial podem trazer uma volatilidade negativa aos portfólios dessas pessoas no futuro.
Previsibilidade e precisão são indispensáveis quando o tema é dinheiro. Todo cuidado é pouco e, felizmente, há instituições e pessoas que entendem isso.
Portanto, é desnecessário entrar nesse mundo sozinho. Mais do que escolher as oportunidades certas, afastar problemas em potencial é o passo mais inteligente que qualquer investidor pode dar.