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Por que os Preços do Petróleo Não Foram Afetados pela Ameaça Militar do Irã?

Publicado 25.07.2019, 11:25
Atualizado 02.09.2020, 03:05

Artigo publicado originalmente em inglês no dia 25/7/2019

Quando um petroleiro de propriedade sueca que navegava pelo Estreito de Ormuz com bandeira britânica foi apreendido pelas forças da Guarda Revolucionária Iraniana no início desta semana, os preços do petróleo tiveram uma alta insignificante de 1,1%. Essa não foi a primeira vez em que os mercados petrolíferos ignoraram completamente as ameaças à distribuição do produto no Golfo Pérsico neste ano. Na medida em que os preços do petróleo continuam incólumes ao acirramento das tensões geopolíticas no epicentro do comércio petrolífero no Oriente Médio, os traders querem saber se e quando essas tensões começarão a impactar os mercados.

Gráfico Semanal Petróleo

Por que os preços do petróleo não estão reagindo à real e crescente ameaça que as forças armadas iranianas representam à passagem livre e segura de navios-tanque pelo Estreito de Ormuz? Diversos fatores estão envolvidos.

1. Previsão de baixa demanda de petróleo no futuro

Sinais de que a demanda petrolífera se enfraquecerá no futuro estão ganhando força e contribuem de forma decisiva para manter os preços do petróleo deprimidos no mercado atualmente. Indicadores macroeconômicos e a falta de otimismo de que a guerra comercial entre EUA e China será resolvida são fatores importantes que estão influenciando o sentimento do mercado neste momento e aumentam as preocupações de que a oferta de petróleo do Oriente Médio possa ser afetada.

2. O fluxo de petróleo não foi afetado até agora

O Irã não fez nada (ainda) para impedir ou ameaçar as exportações de petróleo. Nenhum dos navios-tanque que sofreram sabotagem em junho estava transportando petróleo, e o petroleiro capturado no início desta semana estava vazio. Com frequência, quando um incidente é noticiado pela primeira vez, a sensação é que o petróleo foi realmente afetado, mas graças a especialistas como TankerTrackers.com, que também acompanham de perto a área, a verdade e os fatos foram disseminados rapidamente, permitindo que traders e observadores do mercado se dessem conta de que o fluxo petrolífero não havia sido afetado. Apesar das nefastas intenções do Irã, o fato de terceiros conseguirem rastrear os carregamentos de petróleo tem se mostrado vital e tranquilizador para os traders.

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3. Risco geopolítico já precificado

O risco geopolítico já foi precificado no mercado de petróleo. Isso ficou claro na semana passada, quando os preços do petróleo caíram após a notícia de que o governo Trump e o Irã poderiam iniciar um processo de negociação diplomática. Essa notícia foi prontamente refutada, e os preços subiram novamente, demonstrando que o mercado já precificou esse tipo de risco geopolítico no Oriente Médio e somente um arrefecimento das tensões poderia provocar um ajuste no mercado.

4. Crescimento da produção de petróleo nos EUA

A produção petrolífera norte-americana é uma força significativa no mercado. Os Estados Unidos estão produzindo cerca de 12 milhões de barris por dia e exportando parte disso a clientes que desejam substituir uma parcela do petróleo do Oriente Médio. Os dados semanais da Agência de Informações Energéticas (EIA, na sigla em inglês) dos EUA sobre a produção, estoque, exportação e uso de petróleo têm tido um efeito muito mais significativo nos preços do que qualquer evento geopolítico no Golfo Pérsico. A produção e exportação norte-americana de petróleo ajudam a conter os preços, apesar das sanções ao Irã ou das ameaças da República Islâmica aos carregamentos de petróleo no Golfo.

Por quanto tempo esses quatro fatores podem manter os preços do petróleo deprimidos se a agressão iraniana continuar ou mesmo aumentar? Depende.

Uma alta sustentada nos preços agora exigiria que o cenário mudasse em mais de um dos pontos listados acima. Se, por exemplo, as negociações entre EUA e China forem promissoras e as tarifas sobre o Irã forem atenuadas – além da possibilidade de algum gargalo na indústria petrolífera norte-americana, como o fechamento de um oleoduto ou porto – os preços do petróleo poderiam subir e permanecer elevados.

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Também é possível que o Irã aumente drasticamente os ataques, criando um novo paradigma em que o mercado é obrigado a mudar suas expectativas para preços mais altos. Se o Irã vier a provocar sérios danos a um navio-tanque (ou mesmo chegar a afundar uma embarcação) transportando petróleo, provavelmente os preços do produto subiriam e permaneceriam elevados. Esse nível de ataque e distúrbio ainda não está precificado no mercado, pois a maioria dos analistas acredita que o Irã não adotaria uma postura autodestrutiva e não deseja arruinar o ambiente no Golfo Pérsico.

Os traders que acreditam que o regime no Irã se preocupa apenas com seus próprios interesses de sobrevivência devem ter cuidado com previsões de que essas tensões no Golfo Pérsico terão um impacto significativo nos preços. Aqueles que acreditam que o regime iraniano é totalmente imprevisível e talvez errático ou irracional podem estar esperando uma drástica e imprevisível escalada capaz de acabar com o atual status quo.

Últimos comentários

Que pena que falta uma indústria brasileira automobilística por energia elétrica neste PAÍS gigante por natureza.
Então devemos comprar Neo solar ?
Energia solar veio pra trazer justiça e paz ao mundo!!
Show. Parabéns.
Os Estados Unidos estão produzindo cerca de 12 milhões de barris por dia e exportando parte disso...
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