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Prévia do Fed: Dilema de Powell, Elevar os Juros e Mostrar Confiança na Economia

Publicado 18.12.2018, 08:01
Atualizado 02.09.2020, 03:05

A mídia tem dado muita atenção ao ineditismo das críticas abertas que o presidente norte-americano Donald Trump tem feito à política do Federal Reserve. O que não é de surpreender, já que muito do que Trump faz marca um distanciamento em relação aos seus antecessores.

Mesmo assim Trump persiste. Na segunda-feira, um dia antes do início da reunião de política do Fed, ele tuitou:

“É incrível que, com um dólar tão forte e praticamente nenhuma inflação, o exterior explodindo ao nosso redor, Paris em chamas e a China desacelerando, o Fed ainda esteja considerando aumentar outra vez a taxa de juros.”

Na semana passada, Trump afirmou que seria imprudente por parte do Fed elevar a taxa de juros com a economia em franco desaquecimento e a inflação sob controle.

Essas críticas veementes e constantes colocam o Fed em uma posição embaraçosa e igualmente inusitada. Se o banco central deixar de elevar a taxa de juros na reunião, mesmo que acredite que essa seja a melhor opção, ficará a impressão de que Trump coagiu os formuladores da sua política.

Portanto o Fed, assim como o Banco Central Europeu fez na semana passada, deve tomar medidas de aperto monetário por causa da política de independência do banco central, apesar de os dados econômicos possivelmente sugerirem uma pausa, independente de qualquer compromisso prévio assumido pela instituição.

Esse dilema foi criado, em parte, pelo próprio Fed, que tem demonstrado muita confiança ao prever aumentos graduais na taxa de juros em seus prognósticos. Se o Fed estivesse seguindo as ponderações opacas e misteriosas dos diretores do banco central antes da crise, não estaria nesse limbo, servindo de alvo para o presidente.

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O presidente do Fed, Jerome Powell, já declarou que os prognósticos do banco serão menos taxativos, mas será difícil fazer as pessoas acreditarem nisso. Os formuladores da política do Fed sempre afirmaram que as decisões do banco dependiam dos dados, porém eles têm aderido à sua agenda independentemente dos números. A inflação permaneceu inflexivelmente baixa, mas eles elevaram a taxa de juros como se os preços estivessem disparando.

Agora o foco são as mudanças na agenda do Fed. Os analistas esperam que o gráfico de pontos a partir do qual os dezessete formulares da política do Fed preveem a taxa de juros aponte para uma desaceleração no ritmo das elevações no próximo ano, de duas ou três para uma ou duas.

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, conseguiu a façanha de reconhecer uma possível desaceleração da economia e, ao mesmo tempo, expressar sua confiança no crescimento para dar continuidade ao aperto, quando o BCE decidiu encerrar as aquisições de ativos. Powell terá que mostrar destreza similar.

No entanto, sua tarefa é mais difícil, pois o Fed está apertando os parafusos monetários um pouco rápido demais. Eles não só estão aumentando os juros, como também reduzindo a acomodação monetária ao diminuir sua posse de títulos a uma taxa de US$ 50 bilhões por mês.

Esse duplo golpe é demais, argumentou o ex-governador do Fed, Kevin Warsh, em um artigo publicado no jornal The Wall Street Journal nesta semana, em parceria com Stanley Druckenmiller, principalmente em vista do atual momento que, na opinião deles, é tarde demais. Neste ponto tardio do ciclo econômico, seria melhor fazer uma coisa ou outra, acreditam eles.

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Powell afirmou que o Fed continuará reduzindo suas posses de títulos até que seu balanço geral alcance cerca de US$ 2,5 trilhões, uma queda em relação aos atuais US$ 4,14 trilhões. Mas os analistas agora estão prevendo que o Fed fará pelo menos uma pausa nesse processo de aperto monetário ao redor de US$ 3,8 trilhões, na segunda metade de 2019.

Por isso, Powell terá uma difícil missão quando assumir o palco na coletiva de imprensa de quarta-feira. Ele terá que fazer com que o aumento de juros soe plausível apesar das críticas de Trump, reconhecer que a economia está desacelerando, mas expressar confiança nela, e atenuar o prognóstico, fornecendo um novo, com referência a um ritmo mais lento das elevações da taxa de juros. É duvidoso que ele consiga transmitir alguma confiança no aperto quantitativo, mas isso pode ajudar.

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