A economia italiana vem sofrendo problemas financeiros que colocam em risco a posição do país entre o destino dos investimentos estrangeiros, mormente ligados ao mercado de câmbio. Entre as dificuldades mais proeminentes incluem-se a estrutura bancária e a dívida pública, agravada pela administração dispendiosa do governo italiano nos últimos anos.
Em pesquisa realizada este mês, os especialistas do FMI estimam que, num futuro próximo, o setor bancário italiano terá de resolver problemas crônicos, os quais vêm causando dificuldades a grandes investidores dos mercados financeiros. A pesquisa aponta que não mais de 15 bancos na Itália estão em condições de concorrer ou “sobreviver” na desafiante conjuntura econômica atual.
Apesar da estrutura física bancária estar se desenvolvimento, observa-se uma contração da expansão do setor, causada mormente pela utilização de ativos "tóxicos", os quaus estão constantemente reabastecendo os vários empréstimos de alto risco. A elevada quantidade de "maus" ativos tem jogado contra os traders cujo volumes negociais não são atraentes para os especuladores de tais ativos. Na verdade, somente os bancos de grandes clientes corporativos possuem interesse na absorção de tais ativos.
No que tange à dívida pública, as estatísticas de agosto mostram que 132,7% do PIB é o valor estimado do montante total da dívida pública italiana. Tal valor é comparável com aquele alcançado pela Grécia anos anteriores. Especialistas acreditam que os bancos europeus estão com baixa captação de renda a partir dos seus produtos de crédito, devido às baixas taxas de juro do BCE.
O governo italiano, diante desse cenário, vem experimentando dificuldades com seus programas de fomento financeiro, originalmente concebidos para melhorar a liquidez das organizações financeiras principais. Ocorre que o governo decidiu apoiar as instiuições de crédito que, até a segunda metade de 2016, trabalhavam com empréstimos "tóxicos" cuja taxa de retorno provou-se extremamente duvidosa. As pesquisas apontam que 15% do montante total dos empréstimos apoados acabaram por se mostrar “tóxicos”.
Os problemas bancários da economia italiana poderão representar um fator negativo para o euro no longo prazo, todavia servirão de catalisador para outras questões relacionadas à economia comunitária europeia.